Em assembleia realizada nesta quinta-feira (1), metroviários de Belo Horizonte (MG) deflagraram estado de greve por falta de condições para trabalhar durante o carnaval. Uma nova assembleia está marcada para a próxima quarta (7), às 17h30, para ratificar a decisão.
Segundo o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), os motivos são a falta de empregados para operar, de equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos para o pessoal da segurança, a ausência de um plano de prevenção de riscos e dificuldades na oferta de trens e viagens e com o cumprimento do horário de funcionamento. Problemas que acarretam prejuízo aos usuários.
A capital mineira espera cerca de 5,5 milhões de foliões para a festividade esse ano. Para os metroviários, a ausência desses cuidados representa um descompromisso e desinteresse da empresa com a população belo-horizontina. O Sindimetro reivindica um plano de operação mais robusto para o carnaval, com um intervalo de trens de cinco minutos e o retorno do trem acoplado, com oito carros, em caso de superlotação das estações.
No dia 25 de janeiro deste ano, trabalhadores do metrô se reuniram, em audiência pública no Ministério Público do Trabalho, para tratar das questões sobre o carnaval, mas a Metrô BH não compareceu para dar explicações.
Além da discussão sobre a greve, na assembleia desta quinta os metroviários também discutiram o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para 2024 e 2025. Entre as pautas, estavam a recomposição inflacionária no salário e nos benefícios e a manutenção dos direitos das mulheres, como licença maternidade de 180 dias e licença amamentação de dois anos.
Pane elétrica
No dia 16 de janeiro, passageiros precisaram descer em linha férrea após pane elétrica no metrô de BH. Segundo a empresa, os problemas foram causados devido a uma descarga elétrica que atingiu parte do sistema metroviário de BH.
À época, a Metrô BH colocou os trens para funcionar com um intervalo de 15 minutos nos horários de pico e 20 minutos no restante do dia.
Fonte: BdF Minas Gerais
Edição: Elis Almeida
