INVESTIGAÇÃO

Cinco suspeitos são presos pelo assassinato da estudante Sarah Domingues

Facção teria desavença com comerciante que estava com a jovem; ambos foram mortos no estabelecimento comercial

Brasil de Fato RS | Porto Alegre |
Polícia também apreendeu telefones celulares, capacetes dos executores e vestimentas supostamente utilizadas durante o crime - Foto: Divulgação/Polícia Civil

Cinco pessoas foram presas por suspeita de terem matado a tiros Sarah Silva Domingues, estudante de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Valdir dos Santos Pereira, dono de um estabelecimento comercial na Ilha das Flores, em Porto Alegre. A Operação Flor de Lótus foi deflagrada na manhã desta terça-feira (6) pela polícia civil, Brigada Militar e Polícia Penal e também cumpriu 10 mandados de busca e apreensão.

Em coletiva de imprensa realizada na manha desta terça, a polícia civil informou que o ataque realizado em 23 de janeiro foi a mando de uma facção e teve como motivação desavenças entre o grupo criminoso e Valdir, 53 anos, dono do estabelecimento comercial. Sarah, 28 anos, estava no local conversando com o comerciante por conta de um trabalho para a faculdade no momento do ataque.

Os tiros foram disparados em direção ao mercado por dois homens que passaram em uma moto. Ainda segundo a polícia, os criminosos estariam incomodados com Valdir. O motivo ainda não foi esclarecido. De acordo com a investigação, as vítimas não tinham ligação com o crime organizado.

Durante o cumprimento dos mandados, também foram apreendidos telefones celulares, capacetes dos executores e vestimentas supostamente utilizadas durante o crime. A polícia civil pretende usar as provas para subsidiar o futuro pedido de prisão preventiva de outros alvos.

Entre os cinco presos preventivamente, três seriam mandantes do assassinato, enquanto os demais seriam os executores. A polícia informou ainda que outras cinco pessoas estão sob investigação por suspeita de terem participado do crime.

Na coletiva, o delegado Fernando Antônio Sodré de Oliveira destacou o trabalho realizado de forma integrada. "Hoje nós, da polícia civil e Brigada Militar, estamos dando ciência à sociedade que estamos terminando a 1ª fase da investigação, prendendo os mandantes, os responsáveis e os executores dessas ações criminosas. Agora, no segundo momento, vamos prosseguir com mais elementos probatórios que foram colhidos hoje a partir das buscas realizadas", destacou.

O secretário de Segurança Pública do RS, Sandro Caron, disse que o estado agirá com firmeza e rapidez quando ocorrerem crimes graves. Afirmou também que as equipes vão concentrar esforços em atingir o potencial econômico da facção que ordenou o ataque. "Só vamos parar quando o último integrante estiver preso. Agora vamos trabalhar para aprender imóveis, carros, tirar todo o dinheiro que tiverem", assegurou.

Militante estudantil


Sarah foi morta a tiros enquanto realizada trabalho em que registrava os efeitos da última tempestade que assolou Porto Alegre / Foto: Arquivo pessoal

Militante e dirigente da União da Juventude Rebelião (UJR), Sarah era uma das principais lideranças estudantis de Porto Alegre. Também foi coordenadora do Movimento Correnteza, diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Diretório Central dos Estudantes da UFRGS, do Diretório Acadêmico da Arquitetura e membro do Conselho Universitário da UFRGS. Também foi coordenadora da Casa de Referência Mulheres Mirabal.


Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira