Entidades de jornalistas, direitos humanos e movimentos populares mobilizam atos pelo Brasil, nesta terça-feira (20), em prol da liberdade de Julian Assange, jornalista, ativista e fundador do Wikileaks.
Intitulado como o “Dia D”, os atos estão marcados para ocorrer no mesmo momento em que o Tribunal Superior de Justiça de Londres, na Inglaterra, examina um novo recurso do australiano contra sua extradição para os Estados Unidos.
Com 52 anos, Assange está sendo processado nos Estados Unidos por ter publicado, desde 2010, mais de 700 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares e diplomáticas do país estadunidense, em especial no Iraque e no Afeganistão.
Ele foi detido pela polícia britânica em 2019, atualmente está preso na penitenciária de segurança máxima Belmarsh, em Londres. Antes disso, chegou a se exilar na embaixada equatoriana em Londres, durante o governo de Rafael Correa, cujo governo sofreu grande pressão dos EUA. Mais tarde, o presidente Lenín Moreno abandonou Correa e entregou Assange.
Em Curitiba, Professor Kico, Coordenador do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz-Paraná (Cebrapaz-PR) afirma que, dentro de uma programação mais ampla, hoje (20), às 9h30, na Boca Maldita, os manifestantes devem se reunir em solidariedade com Assange.
“Se indignar perante injustiças é uma atitude que nos faz mais humanos. Assange com o Wikileaks desnudou os crimes dos EUA. Com isso provocou a ira desmedida contra ele. Assumirmos nossa humanidade neste momento é defender o direito à informação”, convoca.
Atos acontecem hoje (20) em várias capitais brasileiras / Divulgação
