Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem Viver Cultura

RACISMO

Polícia Civil decide indiciar entregador e acusado de esfaqueá-lo

Everton da Silva prestou depoimentos no âmbito das investigações do caso e a respeito da conduta dos policiais militares

20.fev.2024 às 14h10
Sul 21
Luís Eduardo Gomes

Everton é levado no porta-malas e agressor (sem camisa, ao fundo), conduzido no banco traseiro - Foto: @nietzsche4speed

O entregador Everton Goandete da Silva, homem negro que sofreu uma tentativa de homicídio enquanto trabalhava no bairro Rio Branco no último sábado (17), prestou uma série de depoimentos nesta segunda-feira (19) nas polícias civil e militar no âmbito das investigações sobre o episódio e sobre a conduta dos policiais militares durante a abordagem do caso. De acordo com o advogado Ramiro Goulart, que atua na defesa do entregador, tanto Everton como o agressor, identificado como Sérgio Camargo Kupstaitis, 71 anos, foram indiciados criminalmente pela Polícia Civil.

O advogado explica que Everton prestou uma série de depoimentos nesta segunda, no âmbito do inquérito que investiga o caso em si — a suposta tentativa de homicídio e a suposta agressão por parte do entregador — e no âmbito das investigações sobre abuso de autoridade por parte dos policiais militares.

“Nesta situação, ficou muito claro que o tratamento dado ao Everton foi muito diferente ao tratamento dado ao Sérgio. E olha que, no momento em que chegou a Brigada, o Sérgio não tinha nenhum ferimento. Então, fica muito claro que houve ali um tratamento totalmente desrespeitoso, eu diria um tratamento racista, por parte daqueles agentes racistas. Eu não estou dizendo que a Brigada é racista, mas que aqueles agentes agiram com racismo institucional. Em nenhum momento perguntaram a ele o que tinha acontecido, sequer pediram a ele que se identificasse. Simplesmente algemaram, puseram contra a parede e botaram no camburão na parte de trás. Ao passo que o cidadão que desferiu uma facada contra ele, sentou no banco da frente e sem algemas”, afirma.

Goulart avalia que os depoimentos foram bons, pois Everton conseguiu esclarecer algumas situações. O advogado destaca que tomou conhecimento nesta segunda de que Everton atirou pedras na direção do agressor. No depoimento, Everton confirmou a situação, mas disse que isto ocorreu após receber a facada, sem ter provocado o agressor previamente, e que não teve o objetivo de acertá-lo, apenas “assustar”, acrescentando que elas não acertaram Sérgio.

“A partir do depoimento, ficou claro que, embora ele tenha lançado esses pedregulhos, ele não acertou. Somando a isso as imagens feitas por populares, percebe-se que o Sérgio, quando ele desceu do prédio, ele não tinha nenhuma lesão no joelho e na perna. E, quando entrou na viatura, também não tinha nenhuma lesão. De modo que, pode-se concluir que ele se autolesionou, no caminho ou quando estava sozinho, para fabricar uma lesão corporal e, com isso, conseguir que o Everton seja denunciado também por uma lesão corporal que não praticou. Mas essas questões vamos discutir no processo criminal, não no inquérito”, diz.

Ainda no âmbito da investigação criminal, ele diz que a defesa de Everton está conformada com a decisão 3ª DP de indiciar os dois como réus, porque isso permitirá discutir questão de mérito que não são possíveis em um inquérito policial. “Por mais que eu esteja conformado com a decisão da delegada de polícia, é lastimável que ela, tendo ouvido tão somente vítima e agressor, sem considerar a amplitude de provas testemunhais e visuais, chegou à conclusão de indiciamento dos dois”, diz. “É importante que nós tenhamos esse processo para que, ao final, consigamos que o Everton seja absolvido e, se as coisas acontecerem como a gente espera, o Sérgio seja pronunciado pela prática de crime de tentativa de homicídio, além da prática do crime de racismo”, acrescenta.

A respeito das apurações sobre a conduta dos policiais militares que realizaram a abordagem, Goulart afirma que a posição da defesa é que eles devem ser penalizados de alguma forma. “Eu não saberia dizer que forma é essa, mas é importante deixar claro que eles agiram com racismo, o que é um crime inafiançável”, diz.

Nesta segunda, a Brigada Militar informou que afastou temporariamente dois dos policiais que detiveram Everton. Segundo o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, “foi uma medida de precaução” e “a situação de estresse dos profissionais” será avaliada ao fim da semana.

Ramiro Goulart ainda pontua que será feita uma denúncia junto à Delegacia de Intolerância Racial em relação à forma como Everton foi tratado. “Hoje, essa questão racial não foi abordada como nós entendemos que deveria ser. Um segundo aspecto, fundamental também, o Everton será ouvido no Conselho Estadual dos Direitos Humanos para que ele possa dar a sua versão e, partir dali, a gente possa produzir uma minuta e algum encaminhamento para a Brigada Militar ou até mesmo para Estado do Rio Grande do Sul para novas situações que envolvam abordagens policiais”, afirma.

Editado por: Sul 21
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Desigualdade

Pós-graduação ‘ainda é concentrada na população branca’, aponta estudo

violação de direitos

Governo federal barra contrato com comunidade terapêutica na ‘lista suja’ do trabalho escravo 

TRUMP X BRASIL

Pix pode levar a novo tarifaço? Entenda a investigação dos EUA sobre o Brasil

Contra a repressão

Justiça suspende decisão do GDF que obrigava servidores a compensar dias de paralisação 

IMPACTO AMBIENTAL

PL da Devastação fragiliza licenciamento ambiental e amplia efeitos da crise climática

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.