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descaso

Após reportagem do Brasil de Fato, moradores do Cerro Corá (RJ) voltam a ter água encanada

Favela sofria com falta d'água há mais de um mês; Águas do Rio informou problema em um registro da rede de distribuição

21.fev.2024 às 16h37
Rio de Janeiro (RJ)
Clivia Mesquita

Cerro Corá - Reprodução/Redes sociais

O vai e vem de pessoas descendo e subindo para buscar baldes d'água remete à precariedade da vida na favela que não ficou no passado para os moradores da comunidade do Cerro Corá, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Até a última semana, os moradores estavam há mais de um mês sofrendo com falta d'água no alto no morro.

Leia também: Comissão da Alerj cobra Cedae e Águas do Rio melhor qualidade no abastecimento

"Teve mãe com filho na cintura carregando balde d'água. Isso é covardia. Algumas partes do morro tem água, outras partes não. Chegou cedo e agora [de tarde] não tem mais", relata a moradora Débora Pereira, de 53 anos. "Estou sofrendo e muito com esse problema da água. Tem vezes que preciso voltar nos tempos antigos e carregar água, mas eu não sou mais nova", completa.

O sobe e desce com baldes só cessou no último final de semana, após o processo de apuração desta reportagem. Em contato com o Brasil de Fato na tarde da última sexta-feira (16), a assessoria de imprensa da Águas do Rio primeiro informou que a região estava abastecida. No entanto, equipes estiveram em um endereço mencionado pela reportagem e constataram o problema em um registro da rede de distribuição. "A situação já foi solucionada, e o fornecimento de água está em fase de normalização", informou a concessionária no período da noite. Já os moradores relataram à reportagem que a distribuição da água normalizou em todas as casas somente no domingo (18). 

A favela do Cerro Corá fica localizada logo abaixo do Cristo Redentor, no bairro Cosme Velho. A região é atendida pela concessionária Águas do Rio, que assumiu após a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), em 2021 sob o governo de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com moradores, a empresa passou a cobrar uma taxa mensal de R$ 50 desde novembro, referente à tarifa social. Mas ao contrário do que era esperado, a regularização não contribuiu para uma melhora no serviço. Segundo relatos, a água não chega com força suficiente para abastecer a caixa d'água localizada no alto do morro.

Nesta quarta-feira (21), a Águas do Rio afirmou que o fornecimento de água segue regularizado para a comunidade do Cerro Corá, informação que foi confirmada pela reportagem com moradores. Segundo a empresa, a falta d'água que atingiu a região no último mês teria sido causada pela redução na produção de água tratada no Sistema Guandu.

"Vale ressaltar que, nesse mesmo período, ocorrências como reduções da produção de água no Sistema Guandu, sob gestão da Cedae, impactaram o serviço de abastecimento da Águas do Rio para a sua área de concessão", afirmou em nota a Águas do Rio. A companhia estadual é responsável pela produção de água tratada para 80% da capital e Baixada Fluminense.

Descaso

"Desde que a Águas do Rio entrou na comunidade estamos assim. Não tem mais paz, tem que acordar de madrugada para tentar fazer alguma coisa. Nunca ficamos um mês com essa falta de água, carregando água assim. Minha casa tem muita criança, tenho netos, são pilhas de roupas acumulando", desabafa Débora, que mora há 30 anos no Cerro Corá.

Além da falta d'água recorrente, a moradora ainda sofre com sequelas de uma doença crônica. "Tenho 53 anos, tenho lúpus, fiquei com sequela na perna, às vezes minha perna incha. E agora ter que carregar água na vasilha para lavar uma louça, para jogar no banheiro? Está difícil".

Diante de tantos transtornos, moradores organizaram um protesto na entrada da comunidade quando a falta d'água completou um mês. Para a representante da associação de moradores e coordenadora estadual do Levante Popular da Juventude Alcilene Figueiredo, de 32 anos, o principal problema é a falta de informação.

"Solicitamos vários vezes que venha um gestor [da Águas do Rio] falar com a comunidade, a gente tem a associação de moradores de portas abertas. Mas ninguém aparece. É um descaso total com os moradores. Eu tive famílias, mães, que vieram na minha porta por eu ser uma representante falar que não tinha água para beber", conta a consultora financeira que também é mãe de dois.

"A parte baixa do morro fica cinco dias direto sem água, pinga um pouco na madrugada e depois acaba, e a parte alta tem pessoas que me relataram ficar 15 direto sem água. São em torno de 500 famílias afetadas. Tem que descer o morro carregar água e sobe o morro pra pra fazer as suas atividades. Eu fiquei cinco dias dentro de casa sem água, eu não conseguia fazer comida, não tinha água para para dar para os meus filhos beberem", completou a moradora.

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: privatizaçao
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