IPCA-15

Reajustes nas mensalidades das escolas puxam alta na prévia da inflação de fevereiro

Índice de preços medido entre segunda quinzena de janeiro e a primeira deste mês ficou em 0,78%

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

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Mensalidades de escolas de Ensino Médio subiram 8,58%, seguidas pelo ensino funamental (8,23%) e pré-escola (8,14%) - Colégio Sesc

O aumento das mensalidades escolares e do preço da comida devem elevar a inflação do mês de fevereiro, segundo prévia divulgada nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o órgão, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,78% neste mês. Em janeiro, a taxa foi de 0,31%.

O IPCA-15 de fevereiro considera preços de produtos entre a segunda quinzena de janeiro e a primeira quinzena deste mês. Por isso, é considerado uma prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, para fevereiro.

No mês, a alta do IPCA-15 foi puxada pelos itens de educação, que subiram 5,07%. Alimentação foi o próximo grupo de destaque, que subiu 0,97%.

Em educação, a maior contribuição veio do aumento do custo dos cursos regulares, por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Eles subiram 6,13%.

As maiores variações vieram do ensino médio (8,58%), do ensino fundamental (8,23%), da pré-escola (8,14%) e da creche (5,91%). Curso técnico (6,01%), Ensino superior (3,74%) e pós-graduação (2,81%) também registraram altas.

No grupo alimentação e bebidas (0,97%), a alimentação no domicílio subiu 1,16% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cenoura (36,21%), da batata-inglesa (22,58%), do feijão-carioca (7,21%), do arroz (5,85%) e das frutas (2,24%).

A alimentação fora do domicílio aumentou 0,48%, mais que os 0,24% registrados em janeiro. Tanto a refeição (0,35%) quanto o lanche (0,79%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,32% e 0,16%, respectivamente).

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,09% e, em 12 meses, de 4,49%, acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Edição: Matheus Alves de Almeida