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Início Bem viver Cultura

Integração

Jornada dos Povos: Arte e cultura também são formas de luta e resistência

Programação cultural diversificada do evento em Foz do Iguaçu trouxe artistas e grupos de várias nacionalidades

28.fev.2024 às 12h29
Curitiba (PR)
Joyce Keli dos Santos

"A gente está aqui, a gente existe e a gente não vai embora, não” – Kaburé Maracatu - Foto: Instagram/ Kaburé Maracatu

Na Jornada Latino-Americana e Caribenha de Integração dos Povos, realizada entre os dias 22 e 23 de fevereiro, em Foz do Iguaçu, a política também subiu ao palco através da arte.

Fizeram parte da programação artistas e grupos culturais como o Duo cubano “Buena fé”, o grupo brasileiro “Clandestinas”, o DJ Double D, o côco de roda “Piseres de embaúba”, o maracatu “Kaburé”, a banda de ska “La faísca”, a formação haitiana “Integração compa” e o DJ Damanobeat. Com este elenco diversificado, o evento foi além das tradicionais arenas de debate e mesas redondas, apresentando manifestações artísticas que desafiam narrativas dominantes, ampliam vozes marginalizadas, reivindicam espaços e direitos.

América Latina unida

Abordando em suas letras questões sociais e políticas que permeiam a América Latina, “Buena Fé” compartilhou a importância da Jornada na promoção da integração regional com a necessidade de identificar os desafios comuns enfrentados pelos países. O duo é composto por Israel Rojas e Yoel Martínez, originários da província de Guantánamo, em Cuba.

“A América Latina tem que ser unida, sendo uma só e uma só voz. É importante eventos como esses para que se busquem consensos políticos e de ações, temos a oportunidade de conhecermos pessoas diferentes, novos movimentos de luta e de arte. O espaço é para cantarmos para o homem e seus problemas, muito mais que canções de amor, cantarmos a nossa realidade e a realidade latino-americana”, diz Yoel Martínez.


Yoel Martínez à esquerda e Israel Rojas à direita / Foto: Darwin Torres

Para os integrantes, o espaço também contribui para ampliar o alcance de sua música, já que um dos desafios postos a artistas contra hegemônicos é a tentativa constante de fragmentação, falta de reconhecimento e até mesmo cerceamento por parte de grupos dominantes.

“Observamos uma tentativa constante de divisão e fragmentação por parte dos nossos opositores. A indústria cultural faz de tudo para impedir que nossa arte, verdadeiramente contestadora e transformadora, alcance o reconhecimento merecido. Cantamos sobre temas como a miséria e a pobreza, levando em consideração as realidades sociais que enfrentamos”, destaca Israel Rojas.

Arte como forma de luta

Composto por imigrantes do Brasil, Colômbia e Chile, o grupo “Lá Faíska” encarna a diversidade que compõe a identidade latino-americana. Para eles, a arte não é apenas entretenimento, mas uma ferramenta de luta e transformação social.

“A gente entende a nossa arte e música como uma forma de luta também, sempre tentamos fazer que a música traga uma mensagem revolucionária de qualquer contexto. Seja tocando em um bar, em um evento como esse, sempre tentamos puxar uma linha política. Sentimos a necessidade de trazer esse discurso para cá, esse lado da cultura latino-americana, especificamente a cultura urbana, que tem essa estética de entender a arte revolucionária”, pontua Palki Rojas, saxofonista do grupo e natural do Chile.

Rojas explica que para Lá Faíska, a verdadeira mudança só pode ser alcançada através da mobilização popular e da organização das ruas. Eles lembram que a “luta não acabou só porque a gente escolheu um governo progressista, o povo só consegue avançar se ele próprio luta, se ele próprio se organiza”.

"Não estamos sozinhos, e jamais estaremos"

Trazendo a conexão entre o maracatu e a cultura afrodescendente da América Latina, o “Kaburé Maracatu”, cujo nome simboliza a miscigenação entre negros e indígenas, também ocupou a cena na Jornada Latino-Americana e Caribenha de Integração dos Povos.

Sara Isabel Skupien, batuqueira e integrante do grupo, destaca a importância do Kaburé como um baluarte de conhecimento e resistência. Ela enfatiza que o maracatu não é apenas um gênero musical, mas sim um conjunto de saberes que conectam com a herança afro e com a religião afro-brasileira.

“O nosso grupo já vem, faz vários anos aqui na cidade, fazendo um trabalho de estudo e de vivência dos saberes do maracatu. O maracatu, no caso, de baque virado, da tradição de Recife, de toda essa região. Eu acho que dentro da cidade, para falar de uma coisa mais específica, a gente tem um papel bem importante mesmo. Por quê? Porque o maracatu em si é um estilo de música, um gênero e um saber muito mais de que só música”, explica Sara.


Kaburé Maracatu / Foto: Instagram/ Kaburé Maracatu

A participação do Kaburé no evento é um momento significativo, pois representa não apenas uma celebração da cultura afro-indígena, mas também uma forma de resistência e crítica contra o preconceito religioso e a opressão.

“Ter lideranças de movimentos sociais é mais um recordatório, uma lembrança de que a gente não está só, de que a gente está aqui, de que a gente existe e de que a gente não vai embora, não. Então o evento é uma troca de saberes, muitos de nós somos da academia, então a gente sempre quer troca, sempre quer conhecer pessoas novas, mas mesmo para quem não é da academia, é aquela força e aquele fôlego que às vezes falta, sabe? A gente não está sozinho e a gente não vai estar nunca sozinho”, pontua a batuqueira.

Um povo, um sentimento

Ecoando as vozes guaranis, o “Foro Social da Tríplice Fronteira do Paraguai” destacou a importância da solidariedade e da resistência em meio aos desafios enfrentados pelos povos da região.

Joseto Benítez, integrante do Foro Social, ressaltou a importância de um povo unido, compartilhando os sofrimentos e aspirações de toda a América Latina, com a necessidade de fortalecer as organizações populares e avançar na luta por uma integração mais efetiva, cultural e solidária.

“Como eles dizem? É um povo, o sentimento de um sofrimento de um povo de América Latina unida. O direito fundamental da humanidade é o alimento, saúde, a terra, o teto digno para viver fundamentalmente, e o direito à educação para os jovens seguirem avançando nesse processo de articulação. De forma unificada e denunciando os atos de invasões massivas dos grandes produtores para a comunidade de camponeses indígenas nestes últimos tempos”, aborda Benítez.


As místicas realizadas ao longo da Jornada foram expressões artísticas e políticas que emocionaram o público / Foto: Secom/Unila

Para Carlos David, integrante da Coordenação do Movimento Latino-Americano e Caribenho de Meninos, Meninas e Adolescentes Trabalhadores (Molacnats), do Paraguai, o evento representou muito mais do que uma simples reunião; foi um espaço de encontro e troca entre companheiros de luta, onde experiências diversas foram compartilhadas e discutidas.

“Aqui, temos a oportunidade única de compartilhar com outras organizações as experiências cotidianas da luta social. Elevando a bandeira pela conquista dos direitos que atualmente se encontram vulneráveis, lutamos contra tentativas de supressão e pela garantia dos direitos que nos são negados”, adverte.

Narciso Berrel, líder espiritual guarani da comunidade Mulher Paraguaia Quilômetro 30, expressou gratidão aos seus companheiros de luta e àqueles que lhe deram a oportunidade de representar sua comunidade do Paraguai, ressaltando a importância da solidariedade e do apoio mútuo na jornada pela justiça e dignidade.

“Eu sou um líder religioso para levar em frente a nossa cultura. Estamos reunindo os camponeses para trabalharmos juntos neste espaço de solidariedade entre os povos, no sentido da liberdade de expressão e da liberdade da organização das comunidades e das bases. É essencial fortalecer a resistência dos companheiros indígenas e camponeses em suas comunidades, enfrentando juntos os desafios que surgem em nosso caminho”, finaliza.

Editado por: Lia Bianchini
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