Genocídio

Novo ataque de Israel próximo a hospital deixa 11 mortos em Gaza

De acordo com o Ministério da Saúde da Palestina, 50 pessoas ficaram feridas

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Os ataques ocorreram um dia depois que Israel abriu fogo contra centenas de palestinos que recebiam alimentos de comboios de ajuda humanitária em Gaza - AFP

Um ataque de Israel na Faixa de Gaza deixou pelo menos 11 mortos e 50 feridos, nesta sexta-feira (1º). As forças israelenses atacaram uma tenda que abrigava palestinos que fugiram do norte de Gaza, próximo à entrada de um hospital na cidade de Rafah, de acordo com o Ministério da Saúde.  

Os ataques ocorreram um dia depois que Israel abriu fogo contra centenas de palestinos que recebiam alimentos de comboios de ajuda humanitária em Gaza, na última quinta-feira (29). O diretor do Hospital al-Awda afirmou à Al Jazeera que 80% dos feridos levados ao hospital foram baleados. 

No total, 115 palestinos morreram e 760 ficaram feridos. De acordo com o jornalista em Gaza Khadeer Al Za’anoun, a serviço da CNN, muitas das vítimas morreram após serem atropeladas pelos caminhões de ajuda humanitária enquanto tentavam escapar do ataque de Israel. "A maioria das pessoas mortas foram atropeladas pelos caminhões de ajuda durante o caos e enquanto tentavam escapar dos tiros israelenses", disse à emissora.  

Desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel, pelo menos 30.320 pessoas foram mortas e 71.533 feridas em ataques israelenses a Gaza. O número de mortos em Israel é de 1.139, quase todos no primeiro dia dos ataques do Hamas em 7 de outubro. 

Manifestações contra Israel 

Neste sábado (2), protestos em todo o mundo marcam o Dia de Ação Global por Gaza. Brasil, Argentina, Venezuela, Jamaica, África do Sul, El Salvador, Líbano, Havaí, Marrocos, Espanha, Porto Rico, Malásia, Coreia do Sul, Indonésia, Canadá, Suécia, Estados Unidos e Japão estão entre os países onde haverá mobilizações. 

Em São Paulo, a Frente em Defesa do Povo Palestino e outras organizações da sociedade brasileira árabe e muçulmana realizam o ato neste sábado (2), às 14h, na Praça Osvaldo Cruz. Em Ribeirão Preto, a manifestação acontece às 10h na Praça XV, em Fortaleza (CE) às 10h na Praça do Ferreira, e em Salvador (BA) o ato acontece também às 10h no Farol da Barra. Em Porto Alegre às 15h no Arco da Redenção e em Brasília na Esplanada dos Ministérios. 

Fazem parte da convocação para o protesto o Movimento da Juventude Palestina, Assembleia Internacional dos Povos, Internacional Progressista, ALBA Movimentos, Pan-Africanismo Hoje, Via Campesina, Marcha Mundial das Mulheres - América Latina, Confederação Sindical das Américas e Liga Internacional de Luta Popular. 

Os organizadores destacam que o ataque de Israel aos comboios de ajuda humanitária, na última quinta-feira (29), tornou a mobilização por armistício ainda mais necessária. "O momento é urgente – e devemos mostrar-nos com força total para exigir um cessar-fogo imediato", enfatizou o Partido para o Socialismo e a Libertação dos Estados Unidos na convocatória para os protestos. 

Edição: Thalita Pires