crime

Polícia Federal prende 22 pessoas suspeitas de garimpo ilegal na TI Yanomami

As operações aconteceram no entorno da comunidade de Palimiú, em Roraima

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Garimpo no rio Uraricoera, na Terra Indígena Yanomami - Bruno Kelly/Amazônia Rea/HAY

Entre 28 de fevereiro e última sexta-feira (º1), a Polícia Federal (PF) prendeu 22 pessoas suspeitas que seguiam em direção a um garimpo ilegal na Terra Indígena (TI) Yanomami. Além da PF, ação contou com agentes da Força Nacional, ligada ao Ministério da Justiça e Segurança, e da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).

As operações aconteceram no entorno da comunidade de Palimiú, em Roraima. Os suspeitos utilizavam embarcações para o deslocamento. Na interceptação, os agentes encontraram uma arma de fogo com os suspeitos e uma grande carga de mantimentos e combustível. De acordo com a PF, os materiais seriam utilizados para dar suporte à atividade de mineração ilegal. Os invasores foram levados para a superintendência da PF, em Boa Vista.

Cenário no território

Em entrevista recente ao Brasil de Fato, a ministra dos Povo Indígenas, Sonia Guajajara, comentou sobre a situação do povo Yanomami. Ela reconheceu que após uma ação do governo federal que expulsou quase a totalidade de garimpeiros, os invasores retornaram ao território. Segundo ela, o primeiro ano de gestão foi focado em ações emergenciais. 

Na última quinta-feira (29), uma comitiva com a presença da ministra participou da inauguração da Casa de Governo, em Boa Vista (RR). A estrutura será a base para atuação de 13 ministérios com foco em "coordenar e monitorar a execução do plano de enfrentamento da crise humanitária na Terra Indígena Yanomami".

De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a estrutura governamental ficará em Boa Vista até 31 de dezembro de 2026.

"Nós acreditamos que agora, com essas ações mais estruturantes e permanentes, a gente pode avançar muito mais e alcançar essa meta de reduzir, ou mesmo zerar, que é a nossa intenção, a mortalidade dos indígenas dentro do território Yanomami", disse a ministra.

Edição: Vivian Virissimo