Boletim Focus

Economistas elevam previsão para o PIB de 2024 e reduzem estimativa de inflação

Expectativa de crescimento da economia nacional do ano passou de 1,52% para 1,77% em dois meses

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

Ouça o áudio:

Economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central têm melhorado suas previsões para 2024
Economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central têm melhorado suas previsões para 2024 - Agência Brasil

Economistas ligados a bancos elevaram suas previsões sobre o crescimento da economia nacional em 2024 e reduziram suas expectativas sobre a inflação. A mudança consta da última edição do Boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (5) pelo Banco Central (BC).

Para elaboração do Focus, o BC coleta semanalmente as previsões de economistas de instituições financeiras que atuam no Brasil. Com base nessas projeções, o BC divulga uma espécie de expectativa média dos banqueiros sobre os rumos da economia brasileira.

Nesta semana, eles elevaram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,75% para 1,77% – diferença de 0,02 ponto percentual.

No início do ano, eles estimavam que o PIB crescesse 1,52%. Ou seja, em menos de dois meses, a projeção deles para o crescimento da economia já mudou 0,25% ponto.

Na sexta-feira (1º), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia nacional cresceu 2,9% em 2023. No início do ano, o Boletim Focus indicava que os economistas de bancos esperavam um crescimento de 0,8%.

Inflação

O Boletim Focus desta semana também indica que os economistas reduziram sua expectativa para a inflação de 3,80% para 3,76%. O percentual diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final do ano. No começo de 2024, as previsões apontavam para 3,90% de inflação neste ano.

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, até 4,5%.

Em janeiro, pressionada pela alta dos alimentos, a inflação do país foi 0,42%, abaixo do apurado em dezembro, de 0,56%, segundo o IBGE.

A previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, segue inalterada desde o início do ano: 9% ao ano. Atualmente, a taxa é de 11,25% ao ano.

Edição: Vivian Virissimo