Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Cidades

JUSTIÇA?

Tribunal do Júri decide que PM não teve intenção de matar Johnatha; decisão revolta familiares

Johnatha de Oliveira Lima, de 19 anos, foi morto com um tiro nas costas em maio de 2014 na favela de Manguinhos

05.mar.2024 às 15h09
Atualizado em 07.mar.2024 às 15h09
Rio de Janeiro (RJ)
Redação

Antes do julgamento, Ana Paula Oliveira e outras mães de vítimas pediram justiça para o caso do seu filho - Tomaz Silva/Agência Brasil

Após 10 anos do assassinato de Johnatha de Oliveira Lima e dois dias de julgamento, o 3° Tribunal do Júri da Capital decidiu que o policial militar Alessandro Marcelino de Souza deve ser condenado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O jovem de 19 anos foi morto com um tiro nas costas em maio de 2014, em Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. A sentença causou revolta em parentes, amigos e defensores de direitos humanos que acompanham o caso.

Leia também: Mães de vítimas de violência do Estado encontram no carnaval espaço de legitimação de sua luta

"A sociedade compactua com policiais assassinos. A culpa é da sociedade de os PMs continuarem matando nossos filhos. Ele já foi réu por outros homicídios. E eu aqui com a dor de ter meu filho assassinado com um tiro nas costas. Essa luta não pode ser só minha. Acabaram com a minha vida e da minha família", disse emocionada Ana Paula Oliveira, mãe de Johnatha, após a decisão.

Com a sentença, o caso agora segue para a Justiça Militar que irá decidir a pena de Alessandro Marcelino. O processo e as investigações recomeçarão. Ainda cabe recurso pelo Ministério Público.

Um ato de repúdio à sentença no caso Johnatha foi convocado para esta quinta-feira (7), em frente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ). A organização da manifestação, formada por movimentos e coletivos que têm como pauta os direitos humanos, pediu que as pessoas vestissem preto e comparecessem ao local por volta de 12h. 

Do luto à luta

O júri começou na terça (5) e terminou na última quarta-feira (6). Ao todo, nove testemunhas foram ouvidas, sendo cinco de acusação e quatro de defesa. A longa espera pela sentença deveria terminar no mês passado, mas o julgamento do policial acusado de assassinar o filho Jonatha foi adiado a pedido do Ministério Público. O resultado final foi controverso ao que o julgamento comprovou, segundo avalia a antropóloga Lucía Eilbaum, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenadora da Rede Transacional de pesquisas sobre Maternidades destituídas, violadas e violentadas (REMA).

"Johnatha foi morto com um tiro nas costas e pelas costas. O julgamento comprovou que naquele dia Alessandro Marcelino foi o responsável pelo tiro que tirou a vida do jovem de 19 anos. Comprovou também que o réu efetuou sete disparos contra os moradores que estavam nas ruas, reclamando contra o esculacho de policiais com crianças e moradores. Comprovou que não houve confronto, que a vítima não estava armada e, ainda mais, rebateu aquilo que nem deveria ser objeto do processo: que a vítima era um jovem morador, sem envolvimento algum com o crime. Contudo, a decisão final do Júri ignorou as provas e, compactuando com a criminalização dos territórios e moradores de favela, com o racismo e com a violência de estado, entendeu que o autor do disparo que matou Jhonata não teve intenção de matar e que nem sequer previu que o resultado de sua ação fosse colocar em risco outras vidas", avalia.

Ana Paula esteve cercada por outras mães que tiveram filhos mortos pela violência do Estado durante todo o tempo. Antes de começar o julgamento, elas e outros familiares e integrantes de movimentos e organizações fizeram um ato na porta do Tribunal de Justiça do Rio, no centro da cidade. 

Após a morte de Jonatha, Ana Paula foi uma das fundadoras do movimento Mães de Manguinhos, que reúne diversas mulheres de comunidades do Rio de Janeiro que perderam seus filhos para a violência de agentes do Estado. O objetivo é transformar a dor do luto em luta compartilhada.

De julho de 2016 a julho de 2023, 286 crianças e adolescentes foram atingidos por armas de fogo durante operações policiais, resultando na morte de 112 e deixando outras 174 feridas. Os dados são do Instituto Fogo Cruzado

Relembre o caso

Na tarde de 14 de maio de 2014, Johnatha foi baleado quando voltava para a casa de sua família, em Manguinhos, após deixar uma sobremesa na casa de sua avó e levar a namorada em casa. No caminho de volta, passou por um tumulto entre policiais militares e moradores que protestavam contra a truculência dos agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Os PMs responderam com disparos de arma de fogo, atingindo o jovem que sequer estar envolvido no conflito, de acordo com testemunhas que presenciaram o momento em que ele foi baleado. Johnatha foi atingido nas costas. O jovem de 19 anos foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e morreu no local. A família prestou queixa na delegacia e começou a luta pelo andamento das investigações.

O PM Alessandro Marcelino foi preso por triplo homicídio em 2013, em Queimados, na Baixada Fluminense. No entanto, foi solto e voltou a trabalhar nas ruas. Um ano depois, aconteceu o caso que levou à morte de Johnatha.

*Com informações do G1 e Agência Brasil.

Editado por: Clívia Mesquita e Jaqueline Deister
Tags: violência policial
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

ARTIGO

Aqui fala uma mãe: não tirem nosso diretor

eleições regionais

Venezuelanos vão às urnas neste domingo (25) em disputa entre projeto chavista e avanço da direita

ARTIGO

O colapso do orçamento da educação e a urgência de romper o ciclo da austeridade

GUERRA

Rússia realiza maior ataque aéreo contra Ucrânia em meio a negociações para acordo de paz

Artigo

Como Daniel Noboa venceu no Equador e o que esperar do seu novo mandato

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.