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Bem Viver traz cura ancestral nas mãos de mulheres indígenas no Maranhão

Programa celebra o mês de luta das mulheres com a força da cultura indígena e entrevista com a ativista Diva Moreira

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Cíntia Guajajara, antropóloga e uma das coordenadoras da Articulação das Mulheres Indígenas do Maranhão (Amima), fala sobre o conhecimento milenar da medicina indígena no Bem Viver na TV - Arquivo Pessoal

Nos territórios indígenas o cuidado é coletivo, seja do corpo, do espírito ou da terra. Por isso, se uma pessoa está doente, toda a aldeia está doente. As práticas de cura envolvem rituais de banho, defumação até a produção de xaropes e garrafadas. 

Esse conhecimento milenar tem sido repassado às novas gerações através da Articulação das Mulheres Indígenas do Maranhão (Anima), na Terra Indígena Arariboia, localizada na cidade de Amarante do Maranhão (MA). É o que explica a indígena Arariboia Cíntia Guajajara, antropóloga e uma das coordenadoras da organização.

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"A gente vem acompanhando, observando os processos desse conhecimento, desde os banhos, a importância da prevenção e da cura através das plantas medicinais, como o cumaru, a copaíba, a andiroba, a mucuíba, as raízes, as folhas, as sementes, os óleos e os leites. Cada planta tem sua importância. Esse é um conhecimento milenar, um conhecimento ancestral que a gente não pode deixar perder, porque só vem a fortalecer a nossa saúde e a nossa medicina indígena", conta a liderança.

Esta edição do Bem Viver, programa do Brasil de Fato, traz a medicina ancestral das indígenas maranhenses e celebra o mês de luta das mulheres.
 
Cíntia explica que as formas de repassar esse conhecimento acontecem naturalmente ao longo dos anos, por meio dos próprios rituais. "A gente vem repassando para a juventude na prática, através do cantos, dos nossos encontros e por prevenção mesmo. Quando a gente percebe os sintomas, a gente vem fazendo chás, xaropes, garrafadas, extraindo óleos da natureza."

Mais do que uma prática, a medicina e rituais de cura estão ligadas a identidade das mulheres indígenas e preservação da natureza.

"A medicina indígena, a medicina tradicional é importante para o nosso povo, para a nossa existência, para a nossa saúde e traz uma qualidade de vida para nós. Isso é uma forma de cuidar que a gente vem passando para os nossos jovens, é uma forma de bem viver para o nosso povo", afirma Cíntia.

E tem mais...

O programa traz um papo especial com a jornalista, cientista política, ativista e intelectual de Minas Gerais Diva Moreira. Há 20 anos, ela pesquisa e escreve sobre a temática da reparação. Ainda em 2024, no mês de novembro, pretende fazer o lançamento público de seu próximo livro Justiça racial e reparações: o caminho para a democracia no Brasil.

"Nós vivemos uma situação social, econômica, habitacional e nutricional, infelizmente, muito semelhante à que vivíamos no período da escravização. Ao longo da república, o país não teve o interesse de nos incluir, de nos considerar povo, cidadãs", avalia.

No mês de luta das mulheres, ela fala ao sobre os desafios enfrentados pelas mulheres negras, a persistência das estruturas patriarcal e racista na sociedade e a necessidade da luta pelo poder.

E tem receita para alegrar seu café da manhã. Que tal um iogurte natural? Gema Soto, da Gastronomia Periférica, ensina o passo a passo.

O médico de saúde da família, Aristóteles Cardona, traz um alerta sobre a dengue na Dica de Saúde.

E o Dia Mundial da Obesidade também é destaque do programa, assunto que demanda responsabilidades do poder público e do setor privado

No Mosaico Cultural, o Festival de Jazz em Cuba! Se preparem para uma viagem na melodia em pleno Caribe.

Quando e onde assistir? 

No YouTube do Brasil de Fato todo sábado às 13h30, tem programa inédito. Basta clicar aqui.

Na TVT: sábado às 13h30; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC.

Na TV Brasil (EBC), segunda-feira às 6h30.

Na TVCom Maceió: sábado às 10h30, com reprise domingo às 10h, no canal 12 da NET. 

Na TV Floripa: sábado às 13h30, reprises ao longo da programação, no canal 12 da NET. 

Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h, no canal 40 UHF digital. 

Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital. 

Na UnBTV: sextas-feiras às 10h30 e 16h30, em Brasília no Canal 15 da NET. 

TV UFMA Maranhão: quinta-feira às 10h40, no canal aberto 16.1, Sky 316, TVN 16 e Claro 17. 

Sintonize  

No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.  

O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.  

Edição: Marina Duarte de Souza