Reivindicação

MST ocupa área do governo federal no extremo sul da Bahia em demanda por reforma agrária

O movimento ocupou uma área da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, do Ministério da Agricultura

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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O objetivo é chamar atenção para a necessidade de reforma agrária no país - Divulgação / MST

Cerca de 400 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam uma área da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), na madrugada desta terça-feira (9), no extremo sul da Bahia, em Itabela.  

A ocupação do local, que é do Ministério da Agricultura e Pecuária, faz parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária que acontece no mês de abril em repúdio ao massacre de Eldorado do Carajás. Na ocasião, foram mortos 19 trabalhadores do MST, em 17 de abril de 1996, no estado do Pará. 

O objetivo é chamar atenção para a necessidade de reforma agrária no país “como um projeto de agricultura sustentável para produzir alimentos a todo o povo brasileiro do campo e da cidade, e combater a fome, em contraposição ao agronegócio, que usa trabalho escravo e concentra a terra, espalhando mais miséria e destruição no campo”, disse o MST, em nota. 

Em nota, a Ceplac e o Ministério da Agricultura e Pecuária confirmaram a ocupação e informaram que "medidas administrativas e legais estão sendo tomadas para que seja mantido o estado democrático de direito, identificados os autores da ocupação e garantidas a continuidade das atividades de pesquisas que estão em execução". 

Também estão sendo tomadas medidas para "a preservação do patrimônio físico, científico e humano existentes no local, que incluem veículos, equipamentos e insumos para utilização na área experimental e nos laboratórios de pesquisa da Essul, além de 102 bovinos e 18 equinos utilizados nas pesquisas".

*Texto atualizado às 9h de 14 de abril para inclusão do posicionamento do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Ceplac.

Edição: Vivian Virissimo