IBGE informa

Inflação desacelera e sobe 0,16% em março

Índice oficial de aumento de preços do país acumula alta de 3,93% em 12 meses e segue dentro da meta

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Preços dos alimentos segue pressionando inflação no início de 2024 - Agência Brasil

A inflação fechou o mês de março em 0,16%. Isso é 0,67 ponto percentual a menos do que a inflação registrada em fevereiro, quando ela subiu 0,83%.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles são referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país.

Segundo o IBGE, em 2024, o IPCA acumula alta de 1,42%. Nos últimos 12 meses, são 3,93%. O índice, portanto, segue dentro da meta estabelecida para este ano – 3%, com tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos.

Em março, dos nove grupos de produtos que compõem o IPCA, seis tiveram alta de preços. A alta, contudo, foi menor do que no mês passado, principalmente entre os grupos de produtos que têm mais peso sobre o índice.

“Essa desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março”, explicou o gerente da pesquisa, André Almeida, citando o grupo que saiu de alta de 4,98% para 0,14%.

No caso dos alimentos e bebidas, o aumento foi de 0,53% em março contra os 0,95% registrados em fevereiro. Apesar do aumento menor, a alta do preço dos alimentos foi crucial para a inflação de março. Dos 0,16%, 0,11 ponto é referente ao grupo.

“Problemas relacionados às questões climáticas fizeram os preços dos alimentos aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade”, acrescentou Almeida.

Destacaram-se as altas da cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%).

O grupo transportes inverteu o sinal e passou da alta de 0,72% em fevereiro para a queda de 0,33% em março. “Influência da passagem aérea, que já vinha de queda em fevereiro, e, da gasolina, que havia apresentado o maior impacto individual no IPCA de fevereiro e teve uma alta menor em março”, justificou Almeida.

O recuo nos preços da passagem aérea foi de 9,14%. Já a gasolina saiu de 2,93% para 0,21% de fevereiro para março.

Regionalmente, só a região metropolitana de Porto Alegre (-0,13%) registrou recuo de preços em março. Já a maior variação ocorreu em São Luís (0,81%).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,19% em março, ficando também 0,62 ponto abaixo do resultado de fevereiro (0,81%). No ano, o INPC tem alta de 1,58% e, nos últimos 12 meses, de 3,40%.

Os dados também foram divulgados nesta quarta pelo IBGE.

O INPC é o índice usado para o cálculo do reajuste do salário mínimo.

Edição: Matheus Alves de Almeida