América Latina

Lula manifesta apoio ao México após invasão de embaixada pelo Equador para prender Jorge Glas

Governo de Daniel Noboa invadiu embaixada mexicana para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas, que permanece preso

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com Andrés Manuel López Obrador no México em 2022 - Presidência do México / AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio ao México na disputa diplomática contra o Equador após a invasão da embaixada mexicana em Quito na última sexta-feira (5). Policiais do Equador usaram a força para invadir e prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava refugiado no local desde dezembro. A invasão ocorreu no mesmo dia em que o México concedeu asilo político a Glas, decisão que aprofundou a tensão diplomática entre os dois países. 

Em telefonema com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, na tarde de terça-feira (9), Lula afirmou que o episódio representou uma "grave ruptura do direito internacional" e disse que o Brasil acompanhará a discussão sobre o tema na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) que se reunirá na sexta-feira (12) para discutir possíveis sanções ao Equador. 

Em nota à imprensa, o Planalto informou que o presidente mexicano agradeceu a solidariedade do Brasil e ressaltou que, além das discussões na Celac o México levará o tema da invasão da embaixada à Corte Internacional de Justiça.

Na terça-feira (9), López Obrador divulgou gravações do circuito interno da embaixada do país em Quito no momento em que ela foi invadida por forças policiais equatorianas.

As imagens mostram o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas sendo agredido, enquanto o chefe da chancelaria, Roberto Canseco, é também detido e agredido pelos policiais do Equador. "Não ficaremos em silêncio. Há uma campanha contra mim promovida por grupos conservadores locais e internacionais", declarou o presidente mexicano em coletiva de imprensa na terça (9).

Além da Celac e da Corte Internacional de Justiça, o caso também deve ser levado à Organização dos Estados Americanos (OEA) e ao Conselho de Segurança da ONU.

Edição: Vivian Virissimo