Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Artigo

60 anos do golpe: como foi a intervenção no Sindieletro e a perseguição aos trabalhadores

Rememorar é tecer um compromisso com a sociedade brasileira e com a democracia

11.abr.2024 às 15h53
Belo Horizonte (MG)
Victória Ferreira Cunha

- Acervo Arquivo Nacional

Em 31 de março de 1964, Delmyr Fernandes Villela recebeu uma ligação no Sindicato dos Hidrelétricos, atual Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG), alertando-o para que se resguardasse, pois um movimento dirigido por militares havia se iniciado no país e várias prisões de líderes sindicais seriam realizadas. Villela abandonou seu posto de presidente na diretoria do sindicato e se escondeu na casa do pai. Depois, tornou-se foragido da polícia política.

O líder sindical se envolveu nos mais diversos movimentos sociais do período. Tinha forte ligação com o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), do qual era vice-presidente em Minas, além de manter vínculo com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo viajado para Moscou em 1961 para participar do V Congresso Sindical Mundial. Villela foi preso em 1968, passou por tortura psicológica e teve sua vida marcada pela violência da ditadura.

Uma das justificativas usadas pelos militares para perseguir, prender e torturar opositores era a suposta relação dessas pessoas com o comunismo. No entanto, há relatos e experiências de diretores sindicais que, apesar de não possuírem vínculos partidários ou ideológicos, foram perseguidos e passaram por prisões arbitrárias. Foi o caso de Rui Diniz, trabalhador da Cia. Força e Luz, diretor sindical, preso e ameaçado diversas vezes pelos militares.

“Operação limpeza”

Como aponta o historiador Paulo Fontes, “o golpe de 1964 foi, antes de tudo e sobretudo, um golpe contra os trabalhadores e suas organizações”. Em Minas e em todo o Brasil, já nos primeiros momentos após a deposição de João Goulart, os trabalhadores e suas entidades sindicais foram diretamente atacados, dando início a uma era de repressão e contenção das lutas sociais.  As intervenções, que foram amplamente utilizadas para coagir e impedir a atuação dos sindicatos na luta por melhores condições de vida e trabalho fizeram parte da chamada “operação limpeza”.

Nessas operações, as entidades passaram a ser representadas por juntas governativas e as lideranças sindicais sofreram perseguições, sequestros e prisões arbitrárias. No Sindicato dos Hidrelétricos não foi diferente. Apenas dez dias após o golpe, a portaria 988 de 10 de abril de 1964 decretou a instauração de uma junta governativa na entidade. Em 11 de abril, os hidrelétricos sofreram a intervenção e novas eleições só ocorreram em outubro de 1965. 

A preocupação com os mundos do trabalho instituiu rapidamente mudanças na política trabalhista ainda no mandato de Castelo Branco (1964-1967), estabelecendo as principais bases de repressão à classe, por meio do arrocho salarial e das mudanças na Lei de Greve, que impossibilitaram os movimentos paredistas, importante meio de negociação da classe trabalhadora. As mudanças operaram ainda com a criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que acabou com a estabilidade no emprego, gerando uma alta rotatividade de trabalhadores no país.

No marco de 60 anos do golpe militar no Brasil, é evidente para os historiadores e pesquisadores do período que a discussão em torno dos anos marcados pela violência e repressão contribui para a construção de um país mais democrático. Por isso, enfatizamos que rememorar é tecer um compromisso com a sociedade brasileira e com a democracia, em respeito à memória, à justiça e à verdade.

Victória Ferreira Cunha é mestranda no Programa de Pós Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, integrante do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho (LEHMT/UFRJ) e professora de História na Rede Estadual de Minas Gerais.

** Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

Editado por: Leonardo Fernandes
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Direito de morar

Ocupação dos Queixadas celebra 6 anos em SP sob ameaça de despejo

Dia Nacional do Funk

No fundo, a mensagem é ‘fique longe do crime’, diz musicólogo sobre letras do funk

90 dias sem justiça

Três meses após PM matar senegalês Ngagne Mbaye, ambulantes vão às ruas de SP pelo fim da Operação Delegada

ENERGIA

Nova medida provisória tenta evitar alta na conta de luz após derrubada de vetos

MORADIA

Moradores da ocupação Porto Príncipe fecham avenida em SP contra ordem de despejo

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.