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Início Cidades

Grupos armados

Comando vermelho ultrapassa milícias e assume maior território na região metropolitana do Rio

Enquanto outros grupos armados diminuíram o domínio, CV expandiu 8,4% entre 2022 e 2023, segundo GENI-UFF e Fogo Cruzado

15.abr.2024 às 19h44
Rio de Janeiro (RJ)
Redação

Ao todo, a favela registrou 1440 casos e 163 óbitos por covid, até esta terça-feira (3), segundo dados do Painel Unificador Covid nas Favelas. - Fernando Frazão/ Agência Brasil

O ano de 2023 ficou marcado pela redução do domínio de diversos grupos armados na região metropolitana do Rio de Janeiro, a não ser pelo aumento do domínio do Comando Vermelho, é o que mostra a atualização do Mapa dos Grupos Armados, lançada nesta segunda-feira (15). O Mapa é uma parceria entre o Instituto Fogo Cruzado e o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, da Universidade Federal Fluminense (GENI-UFF). 

Leia também: MPF questiona governo do RJ sobre atuação de milícias rurais contra assentamentos

Enquanto as milícias apresentaram redução de 19,3%, o Terceiro Comando Puro (TCP) redução de 13% e a facção Amigos dos Amigos (ADA) reduziu 16,7%, o Comando Vermelho (CV) foi o único grupo armado a avançar 8,4% seu domínio entre os anos de 2022 e 2023. 

Com isso, as milícias, que em 2021 e 2022 eram o grupo armado com o maior domínio territorial, foram ultrapassados pelo do Comando Vermelho que, em 2023, concentrou 51.9% dos territórios controlados por grupos armados na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Ao todo, de 2.565,98 km² de área urbana habitada da região metropolitana do Rio de Janeiro (retiradas a cobertura vegetal, áreas rurais e bacias hidrográficas), 18,2% esteve sob o domínio de algum grupo armado em 2023. Em 2008, as áreas dominadas representavam 8,8%. Isso significa que nos últimos 16 anos a área da região metropolitana do Rio de Janeiro sob controle de grupos armados dobrou (crescimento de 105.73%). 

Para Daniel Hirata, coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense, testemunhamos nos últimos anos muitos episódios emblemáticos do conflito entre os grupos armados pelo controle territorial e, agora, vemos como isso tudo faz parte da dinâmica geral do controle de territórios e populações.

"A expansão do controle territorial se faz de forma muito mais frequente em áreas não controladas anteriormente, mas não é possível ignorar o conflito aberto no Rio de Janeiro. Sabia-se que o CV estava avançando em áreas das milícias e que isto levaria a intensificação do conflito. Neste ponto, a atuação das autoridades políticas e policiais deixou muito a desejar, seja porque não ofereceu a devida proteção aos moradores dessas áreas, em parte, inclusive, intensificando os conflitos através das operações policiais, mas também porque não atua sob as bases políticas e econômicas desses grupos e nem na lógica do controle territorial armado, que como o caso Marielle mostrou, é o estrutura o poderio desses grupos", avalia.

As milícias foram o grupo que mais cresceu ao longo de todo esse período, triplicando o seu domínio territorial (+204,6%). E a ADA foi o único grupo que apresentou redução ao final do período (75,8%). CV e TCP cresceram respectivamente 89,2% e 79,1% nos últimos 16 anos. 

Em 2023, dos 466,65 km² de área do Grande Rio dominadas por algum grupo armado, 38,9% estavam sob o domínio das milícias, 7,7% do Terceiro Comando Puro, 0,8% da facção Amigos dos Amigos, e 51,9%, sob o domínio do Comando Vermelho. Com isso, em 2023, o CV retomou a liderança de área total sob o seu domínio (242,21 km²), que havia sido perdida em 2021 para as milícias. Em 2021, dos 509,35 km² do Grande Rio dominados por grupos armados, 46,5% pertenciam às milícias e 42,9% ao Comando Vermelho. TCP e ADA dominavam 8,7% e 0,9%, respectivamente.

A retomada do Comando Vermelho foi impulsionada pelo crescimento na Baixada Fluminense e no Leste Metropolitano, que somaram 85% das áreas conquistadas pela facção em 2023. Enquanto as milícias, acumularam as maiores perdas na Baixada, seguida da Capital, principalmente na Zona Oeste. 

Baixada Fluminense

Composta pelos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Seropédica, a Baixada Fluminense vem sendo marcada pela oscilação no domínio entre milícia e CV desde 2019. Nos 16 anos analisados, a milícia cresceu expressivamente (177.2%) aumentando seu território em 48,99 km². Mas a queda em 2023 (22.5%) fez com que o CV retomasse a liderança em cobertura territorial na região.

Apesar de ser apenas a terceira força em domínio territorial na Baixada, esta é a região que concentra a maioria das áreas do TCP — 38.8% na série histórica e 56.7% em 2023. Entre 2008 e 2023, o TCP quase quadruplicou seus territórios na Baixada Fluminense (aumento de 296.3%).

Capital

A capital fluminense é uma região marcada pelo predomínio das milícias. Dos 155,33 km² de área da cidade dominada por algum grupo armado em 2023, 66.2% estavam sob influência das milícias em 2023. Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro e Amigos dos Amigos concentraram 20,7%, 9,3% e 2,4%, respectivamente. 

Apesar do forte domínio, as milícias perderam território na cidade, registrando uma queda de 15,4%. O Terceiro Comando Puro reduziu 9,6% de seu território e o ADA, 16%. O Comando Vermelho foi o único grupo armado a expandir seu território na Capital, com um aumento de 9,12%.

O Mapa

Há mais de quatro décadas, amplos espaços da região metropolitana do Rio de Janeiro estão sob o domínio de grupos armados. Seria esperado que as autoridades elaborassem um mapa mostrando quais são os grupos armados que dominam enormes espaços do estado e onde eles atuam.

Essa informação é fundamental para o planejamento de ações de combate à expansão da violência urbana e para o desenvolvimento de uma política de segurança pública eficiente. Mas esse mapa nunca foi produzido pelas autoridades e este é mais um sinal do vazio de informações qualificadas que caracterizam a longa tradição da gestão pública no estado. Ou seja, ajuda a entender como chegamos a esta situação. 

É nesse contexto em que se insere a parceria entre o GENI e o Fogo Cruzado para a produção do Mapa Histórico dos Grupos Armados do Rio de Janeiro. 

Para este levantamento, foram analisadas 704.387 denúncias coletadas através do portal do Disque Denúncia que mencionavam milícias ou tráfico de drogas entre 2005 e 2023. Esses registros permitiram traçar o movimento histórico de domínio de facções e milícias sobre mais de 11 mil sub-bairros, favelas e conjuntos habitacionais da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: rio de janeiro
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