CALAMIDADE

Enchente rompe parcialmente barragem na Serra gaúcha

Governo diz que colapso vai elevar ainda mais o nível do rio Taquari e pede para moradores buscarem regiões mais altas

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Barragem da Usina Hidrelétrica 14 de Julho, em Cotiporã, rompeu parcialmetne na tarde desta quinta-feira (2) - Foto: Reprodução/Redes sociais

A cheia no rio das Antas provocou o rompimento parcial da barragem 14 de Julho, localizada entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra gaúcha. O anúncio foi feito pelo vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), em vídeo nas redes sociais. Conforme a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), o rompimento foi detectado às 13h40 desta quinta-feira (2).

Souza alerta que o rompimento parcial "deve resultar no rompimento total dessa barragem". O rio das Antas desagua no rio Taquari, e, segundo o vice-governador, a situação deve aumentar "ainda mais as enchentes e de maneira muita rápida nos municípios que estão abaixo desse ponto".

O governador Eduardo Leite (PSDB) salientou, também em vídeo, que o rompimento da ombreira direita da usina hidrelétrica não deve causar uma enxurrada, já que o nível após a barragem está semelhante ao anterior. "Mas vai ter o curso livre do rio, de Cotiporã a Santa Bárbara, depois em direção a Santa Teresa, Muçum e Roca Sales."

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Dessa forma, o governo orienta que moradores de municípios próximos, a partir de Santa Bárbara, busquem regiões mais altas.

Em nota, a Ceran informa que "o Plano de Ação de Emergência foi colocado em prática no dia 1º de maio, às 13h50, em coordenação com as Defesas Civis da região, com acionamento de sirenes de evacuação da área, para que a população local pudesse ser retirada com antecedência e em segurança".

"Nas localidades que a gente não conseguiu evacuar, pedimos, acessamos as pessoas, por contato, para pedir que busquem locais mais elevados no curso do rio", disse o governador. Ele pontuou que estão sendo empreendidos esforços para levar helicópteros para a região, mas "infelizmente as condições climáticas não têm permitido o acesso a essa localidade".

A Ceran informa ainda que as barragens de Monte Claro, em Veranópolis, e Castro Alves, em Nova Roma do Sul, encontram-se em estado de atenção e seguem sendo monitoradas.

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira