Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Cidades

17 DE MAIO

LGBTfobia é crime, não custa lembrar

Brasil registrou mais de 33 mil violações contra pessoas LGBTI+ em 2024; MG registrou aumento de 21%

17.maio.2024 às 18h49
Belo Horizonte (MG)
Lucas Wilker

Em Minas Gerais, houve um aumento de 21% nas denúncias de crimes contra a comunidade entre 2022 e 2023 - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Era um final de tarde de sábado quando o arquiteto Túlio Bernardi voltava para casa, no Bairro Floresta, em Belo Horizonte, em busca de descanso. As ruas estavam quase desertas, e enquanto poucas pessoas esperavam pelo transporte público, ouviu de um homem, que estava a poucos metros: “olha lá o viado”. 

Em um gesto de reafirmação, respondeu: “sou viado mesmo”, e continou andando, sem olhar pra trás. O que sucedeu, no entanto, foi um episódio abrupto de violência. Túlio foi atacado por três homens, que o surpreenderam com uma série de chutes e socos. Ele fraturou duas costelas, mas resistiu sem qualquer tipo de ajuda. 

:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::

“Fiquei olhando para as pessoas no ponto e ninguém fez nada. Ninguém perguntou se eu estava bem, foi um momento bem triste”, lamentou. 

Nove anos se passaram desde que o infortúnio aconteceu, mas as violações contra pessoas LGBTQIA+ ainda são um triste dado da realidade brasileira. O Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos já registrou 33.935 denúncias contra essa população apenas nos primeiros meses de 2024. 

Em Minas Gerais, houve um aumento de 21% nas denúncias de crimes contra a comunidade entre 2022 e 2023, segundo o Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Nesta sexta-feira (17), o mundo inteiro se mobiliza para o Dia Internacional de Luta Contra a LGBTfobia. 

Avanços e retrocessos

Na avaliação de Roberto Chateaubriand, psicólogo conselheiro do Conselho Federal de Psicologia (CFP), embora seja possível reconhecer os avanços e conquistas históricas  no que tange a direitos e reconhecimento da existência da comunidade LGBTI+ no Brasil, ainda há desafios gigantescos enfrentados cotidianamente por lésbicas, gays e pessoas trans no país.

“Temos o crescimento assustador do fundamentalismo religioso e de uma agenda conservadora que faz com que, a despeito da conquista de direitos, sobretudo simbolicamente, se exclui e invisibiliza sujeitos e comunidades, criando imaginariamente um mundo ideal , porém fantasioso”, observa. 

No campo da saúde mental, o psicólogo chama atenção, por exemplo, para as práticas clandestinas de conversão baseadas na ideia de que o sofrimento de uma pessoa homossexual se articula com a suposta “inadequação” de sua orientação sexual. Para ele, essas práticas desconsideram as mais variadas situações discriminação e preconceitos às quais essas pessoas estão submetidas. 

“Nos deparamos com processos de aniquilação social e subjetiva que produz dor e sofrimento às pessoas LGBT, em graus distintos, mas sempre deletérios para a saúde mental”, analisa. 

No campo político, Roberto pondera que é preciso de ações de advocacia e grupos de interesse que acompanhem e provoquem o legislativo para efetivação de direitos e rompimento de violências. 

Atuação política

Exemplo dessa participação ativa é a primeira deputada estadual assumidamente LGBTI+ de MG, Bella Gonçalves (Psol). Orgulhosamente lésbica, ela reafirma a importância da comunidade ocupar a política sem ter que “se esconder no armário” e sem receio de que a sexualidade e a identidade de gênero possam afetar sua atuação nas diversas pautas com as quais se envolve. 

“É fundamental que a gente traga luz, visibilidade, traga para a arena pública, o debate sobre a igualdade e a equidade dos direitos da cidadania LGBTI+”, aponta. 

A deputada propôs, por exemplo, o PL 1650/2023, que versa sobre a proibição da prática e a divulgação de terapias de conversão de orientação sexual, identidade de gênero e expressão de gênero ou correlatas no estado.

E o PL 1043/2023, que prevê a criação de uma política de prevenção ao suicídio e promoção do direito aos serviços de saúde mental para pessoas LGBTI+. 

Mobilizações

Para marcar o dia 17 de maio, o Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual e Identidade de Gênero de Minas Gerais (Cellos-MG), realizou um ato, na Praça Sete, em BH, para denunciar os casos de violência e assassinatos contra pessoas LGBTQIA+ e escrever o nome de vítimas de LGBTfobia em um tecido branco.

Para o presidente da entidade, Maicon Chaves, a data tem impacto para todos da população LGBTQIA+. 

“Além das supressões de direitos que a gente vive hoje, havia uma supressão da existência. A pessoa LGBTQIA+ tinha sua subjetividade apagada em nome da doença”, lembra. 

O que diz a lei?

Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a omissão do Congresso Nacional em criminalizar a discriminação por identidade de gênero e orientação sexual, e determinou oda homotransfobia no tipo penal definido na Lei do Racismo (Lei 7.716/1989), até que o Legislativo crie uma lei sobre a matéria.

Já em 2023, o STF reconheceu que ofensas praticadas contra pessoas LGBTs podem ser enquadradas como injúria racial.
 

Editado por: Leonardo Fernandes
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Artigo

O impacto da COP30 na elevação dos preços de hospedagem em Belém

solidariedade

Nakba: 77 anos da catástrofe palestina será lembrada em atividade no Rio

VIEJO QUERIDO

Entre lágrimas e punhos erguidos, Uruguai se despede de Pepe Mujica

Migração

Portabilidade de consignado para CLT entre bancos começa a valer

ARTE E CULTURA

Casa da Cultura, no Recife (PE), dá início a programação de oficinas artísticas gratuitas

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.