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Mobilização

Com 600 marmitas por dia, MAB inicia cozinha solidária em Canoas (RS)

Produção começou no último domingo (19) e é fruto da solidariedade de diversas entidades

22.maio.2024 às 11h52
Porto Alegre (RS)
Amélia Gomes

Cozinha Solidária em Canoas (RS) entregará 500 marmitas por dia para os atingidos pelos temporais - Amélia Gomes/jornalista do MAB

“Uma comida gostosa e quentinha, que alimente o corpo e aqueça o coração”. É assim que a cozinheira Maria Mathias, integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), descreve a produção da cozinha solidária de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, que entrou em operação no último dia 19. Nas panelas da cozinha, todos os dias são produzidos 30 kg de arroz, 16 kg de feijão, 80 kg de carne e 30 kg de verdura ou salada, que se transformam em 600 marmitas distribuídas em abrigos, residências e acampamentos improvisados em uma das cidades gaúchas mais castigadas pelas chuvas. 

A iniciativa, que conta com 30 voluntários, é fruto de uma parceria de diversas organizações, como  o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), a Marcha Mundial de Mulheres (MMM), o Sindicato dos Motociclistas, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), entre outras.


Para funcionar, a Cozinha Solidária em Canoas (RS) está recebendo doações via PIX / Amélia Gomes/Jornalista do MAB

A cidade de Canoas concentra a maior população de desabrigados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. De acordo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, 24,09% dos gaúchos desabrigados estão no município. Pela cidade, famílias têm se refugiado em passarelas, viadutos, carros e carrocerias de caminhões, além dos 70 abrigos abertos no município. 

Patrícia de Souza Menezes é uma delas. A cuidadora de idosos teve sua casa, localizada no bairro Mathias Velho, inundada pelas chuvas. Desabrigada, ela agora está alojada provisoriamente na casa da mãe e tem atuado como voluntária na cozinha solidária. “Eu não posso parar com o trabalho voluntário, se eu parar eu fico doente. Ajudando aqui eu estou me ajudando também porque o choro vem todos os dias. À noite eu não paro de pensar no que aconteceu e sempre quando eu acordo fico tentando entender onde estou”, desabafa.


Desabrigada, Patrícia Menezes é uma das voluntárias da Cozinha Solidária em Canoas (RS) / Amélia Gomes/Jornalista do MAB

Drica Cordonet, integrante da Marcha Mundial das Mulheres, ressalta que a participação das mulheres é um elemento fundamental para que as iniciativas saiam do papel e se mantenham em funcionamento. “As mulheres estão dominando as cozinhas solidárias e não porque seja um trabalho de cuidado – que é um lugar historicamente relegado às mulheres -, mas porque as mulheres têm maior sensibilidade da solidariedade”, pontua.

A água recua, e a cozinha avança

Para chegar a quem tem fome, a cozinha solidária conta com um apoio decisivo: a rede de distribuição dos motociclistas de Canoas. Além de entregar as marmitas, os motoqueiros também fazem uma conexão entre os atingidos e os parceiros. 


"A cozinha leva solidariedade e organização para o povo", destaca o mnotoboy voluntário Douglas Benites / Amélia Gomes/Jornalista do MAB

Douglas Benites é um dos voluntários. O motoboy afirma que, mais do que alimento, a cozinha leva solidariedade e organização para o povo. “O nosso trabalho também é entender o que as pessoas estão precisando, o que há de necessidade mais imediata neste momento. Hoje mesmo vamos levar água para uma das famílias que está recebendo marmita porque eles demandaram”, conta. 

“Conforme a água [da enchente] vai recuando a nossa cozinha vai avançando e a gente vai ocupando, enraizando e estruturando a vida do povo através da solidariedade”, completa.

Reconstrução

Além da alimentação, a retomada da vida das famílias atingidas também é uma preocupação para o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). “O direito à moradia, como será a realocação das famílias, assim como políticas sobre a tarifa de água, energia e IPTU [Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana] são questões que nos preocupam”, aponta Alexania Rossato, integrante da coordenação nacional do MAB. 

Ela acrescenta que o movimento trabalha para que “os atingidos sejam sujeitos protagonistas nessa reconstrução, que é de responsabilidade do Estado”.


Diariamente, cerca de 600 marmitas são entregues aos atingidos pelas enchentes em Canoas / Amélia Gomes/Jornalista do MAB

Como ser voluntário

Para avançar na produção, a cozinha solidária de Canoas pede ajuda. Quem é de Canoas ou região, pode se inscrever para atuar como voluntário na produção da cozinha, nas tele-entregas ou na limpeza do espaço. Para quem está fora da região, pode contribuir com qualquer quantia no PIX da campanha que subsidia a compra de equipamentos e alimentos para a cozinha.

PIX: 73316457/0001-83.
Banco do Brasil – Agência: 1230-0 – Conta Corrente: 1188806-2

* Jornalista do MAB

Editado por: Katia Marko
Tags: topico-enchentes-no-rs
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