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Início Bem viver Cultura

ENTREVISTA

Jornal Brasil de Fato conversa com Nilson Araújo sobre a A Questão Palestina, disputa territorial, política, religiosa e humanitária em curso há mais de 70 anos

Autor esteve lançando livro sobre o assunto recentemente na capital paraibana

31.maio.2024 às 18h24
João Pessoa - PB
Redação

Reprodução - Card: Reprodução

O livro “Genocídio Isola Israel: Desafio é Criar Estado Palestino”, de autoria de Nilson Araújo de Souza, foi lançado recente na Livraria do Luiz, localizada no MAG Shopping, em João Pessoa. 

Brasil de fato conversou Nilson Araújo de Souza, que é presidente da Associação dos Escritores de São Paulo e professor aposentado da UNILA (Universidade do Mercosul sobre a complexa situação entre Israel e Palestina.

BdF/PB: Este livro foi escrito a muitas mãos. Quem são os autores do livro que se unem em prol da causa Palestina?

Nilson Araújo: Quando, sob o signo da indignação, resolvi escrever, inicialmente um artigo e posteriormente, com mais pesquisa e análise, transformá-lo num livro (“Genocídio isola Israel; desafio é criar Estado da Palestina”, editora Anita Garibaldi), achei por bem convidar para trabalharmos a quatro mãos Nathaniel Braia, um judeu que morou vários anos, estudou e se formou em Engenharia em Israel, e que havia escrito o “Apartheid de Israel”.

Essa experiência foi muito rica e gratificante. Interagimos nossas experiências e reflexões, nem sempre semelhantes inicialmente, às vezes até aparentemente opostas, mas o diálogo e o compromisso com a verdade prevaleceram e chegamos a esse resultado: um denso texto, bem documentado, que analisa as causas mais profundas do genocídio praticado pelo governo de Israel, bem como os caminhos para a criação do Estado da Palestina, única forma de conquistar e garantir a paz na região. Ao mesmo tempo, Braia e eu consideramos da maior importância, para ampliar e aprofundar a visão sobre esse trágico e perverso acontecimento, convidar um palestino para prefaciar o livro. E ninguém melhor do que Emir Mourad, secretário geral da Confederação Palestina da América Latina e do Caribe (COPLAC). 

 

BdF/PB: Por que considera que Israel está isolado?

N.A.: O governo sionista, com traços nazifascistas, de “Bibi” Netanyahu, foi longe 

demais desta vez, reproduzindo contra o povo palestino o holocausto que Hitler praticou contra os judeus durante a guerra. Lula estava certo ao relembrar essa semelhança. Netanyahu disse que iria recuperar os reféns feitos pelo Hamas, uma organização da resistência palestina, e na verdade está fazendo uma limpeza étnica, ao praticar um genocídio (já foram assassinados mais de 35 mil palestinos, sendo 70% mulheres e crianças) e a completa destruição da base material de Gaza (imóveis residenciais, hospitais, escolas, mesquitas, centros administrativos, ruas, praças, estradas). 

Foi em reação a esse crime de lesa-humanidade que o povo do mundo inteiro se mobilizou, inclusive no coração do império. E também foi por essa razão que governos do mundo inteiro estão condenando o governo de Israel. A própria ONU, por meio de sua Corte Suprema de Justiça, acatou a denúncia da África do Sul que caracteriza como genocídio a ação sionista na Palestina. E, por último, três países europeus (Espanha, Irlanda e Noruega) se somam aos 142 países que já reconhecem a existência do Estado da Palestina.

 BdF/PB: Alguns comentários e posicionamentos denotam uma tentativa de difamação contra aqueles que defendem a Palestina, acusando-os de antissemitismo. O que acha disso?

N.A.: Os sionistas e seus benfeitores nos EUA acusam de antissemitismo aos que denunciam os crimes perpetrados pelo governo de Israel com o objetivo de intimidar os que fazem essa denúncia a fim de justificar e preservar esses crimes. Nesse sentido, a própria Câmara dos EUA aprovou que antissionismo é igual a antissemitismo. Nada mais longe da verdade. O sionismo é uma doutrina, fundada no final do século XIX, sob a liderança de Theodor Herzl, que pregava a criação de um “Estado Judeu”, título de seu livro, escrito em 1895.

Apesar de laico, o fundador do sionismo recorreu a um dogma religioso – a “terra prometida” para um “povo eleito” – a fim de engajar os religiosos na luta por um “lar judeu”. Mesmo assim, até a II Guerra e o holocausto, os sionistas eram minoria entre os judeus. Seu slogan era “uma terra sem povo para um povo sem terra”. E pretendia estabelecer esse “lar” na Palestina, a partir de onde recriariam a “Israel bíblica”, que se estenderia da Palestina ao rio Eufrates. 

Portanto, é uma doutrina racista (ao pregar que a Palestina era “uma terra sem povo”, quando lá já viviam há séculos centenas de milhares de palestinos, além de visar criar um estado étnico-racial), colonialista (ao pretender ocupar não apenas toda a Palestina, mas parte do mundo árabe), de apartheid (ao adotar a segregação racial, quando consideram como cidadãos de segunda categoria os árabes, os judeus da Europa Oriental e os judeus que viviam no Oriente Médio), teocrática (ao usar o dogma religioso e incluir os líderes religiosos no governo). 

Enfim, uma doutrina supremacista, que tem sido levada à prática nos últimos 76 anos pelo Estado de Israel. Nesse período, os sionistas abocanharam cerca de 85% do território da Palestina, além de manterem em Gaza a maior prisão a céu aberto do mundo e atacarem continuamente a Cisjordânia, desrespeitando a decisão da ONU, que em 1947 aprovou a criação de dois Estados, um palestino e um judeu, cabendo ao primeiro 47% do território e ao segundo 53%. Nem mesmo essa divisão injusta (pois na época a população judaica na região, depois de várias levas de imigração organizadas pelos sionistas, não passava da metade da população palestina) foi acatada pelos sionistas.

O colonialismo, o racismo e o supremacismo sionista estão na origem do genocídio dos palestinos. Ser contra essa excrescência não e ser antissemita, anti-judeu. Até porque os fundadores do antissionismo também eram judeus que, por não concordarem com essa doutrina nefasta, aparentada do nazi-fascismo, como alertou a filósofa judia Hannah Arendt, não migraram para Israel. Além do mais, os árabes também são semitas. Se alguém está sendo antissemita são os sionistas que estão massacrado o povo palestino, que também é semita.

 

BdF/PB: O que falta para a criação do estado da Palestina?

N.A.: Em resumo: 1) só existirá paz na região quando for criado o Estado Palestino e essa criação depende do isolamento e derrota do sionismo nazifascista de Benjamin Netanyahu; 2) essa batalha é centralmente dos palestinos e da massa de judeus também oprimida pelo sionismo; 3) mas é também uma batalha de toda a Humanidade, pois, parafraseando Che, o verdadeiro humanista é aquele que é capaz de se indignar contra qualquer injustiça praticada contra qualquer ser humano em qualquer parte do mundo.     


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Editado por: Cida Alves
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