Belo Horizonte se junta ao movimento nacional “Criança não é mãe“, contra o Projeto de Lei 1904, nesta sexta-feira (14). O ato será realizado na Praça Sete, no centro da cidade, a partir das 17h.
O PL, que tramita no Congresso Nacional, quer criminalizar meninas e mulheres que abortam, mesmo em casos de estupro, ao igualar a pena do aborto feito após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples.
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A mobilização é organizada pela Frente Mineira de Legalização do Aborto e pelo grupo 8 de Março Unificado. A militante feminista Yany Mabel, que também é jornalista e mãe, alerta para os perigos do PL.
"Não podemos permitir esse retrocesso em nossos direitos já conquistados. Essa lei só fomenta o abuso sexual contra nossas crianças e, depois, a criminalização. Isso é um escárnio. O direito ao aborto em caso de estupro já é garantido por lei, e a Câmara dos Deputados não irá tirar nenhum direito das mulheres", sinaliza.
O ato em BH reforça a resistência contra o que muitos consideram um retrocesso nos direitos das mulheres e um incentivo à impunidade em casos de violência sexual, sobretudo em casos de gravidez infantil. A mobilização já ocorreu em outras cidades do país, como Brasília, São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro.
