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VISÃO ÚNICA

Conselho Federal de Medicina leva ao Senado posições sem evidências científicas e defende PL da Gravidez Infantil

Sem governo ou campo progressista, debate sobre aborto vira palco para conservadores

17.jun.2024 às 21h12
Brasília (DF)
Leonardo Fernandes

Performance grotesca foi apresentada no começo da sessão de debate temático no Senado Federal, nesta segunda (17) - Geraldo Magela/Agência Senado

Em debate realizado no plenário do Senado Federal nesta segunda-feira (17), sob presidência do senador bolsonarista Eduardo Girão (Novo-CE), membros do Conselho Federal de Medicina (CFM) defenderam a proibição da realização de aborto após 22 semanas de gestão, mesmo nos casos permitidos por lei.  

O evento serviu para a defesa do PL 1904/2024, batizado de PL da Gravidez Infantil, que busca equiparar o aborto de um feto viável ao crime de homicídio, mesmo nos casos em que a interrupção da gravidez está prevista em lei. O texto causou a revolta de movimentos de mulheres e da sociedade em geral nos últimos dias, após a aprovação do regime de urgência da tramitação da matéria.  

O Ministério da Saúde foi convidado para o debate, mas não compareceu. Todos os outros movimentos convidados para a sessão se identificavam contrários à prática do aborto.    

Ao Brasil de Fato, o Ministério da Saúde informou que, "devido a incompatibilidades na agenda, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, não pôde comparecer, nesta segunda-feira (17), à sessão de debates temáticos sobre assistolia fetal no Senado Federal". De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, a "ausência foi comunicada formalmente no dia 13 de junho à Casa Legislativa" e ressaltou que a Assessoria Especial de Assuntos Parlamentares do Ministério da Saúde acompanhou o debate, "dada a relevância do tema para a pasta".

No início da sessão, foi apresentada uma performance que narrava supostas "súplicas" de bebês a ponto de serem abortados, com gritos, choros e expressões religiosas de condenação à prática do aborto. O senador Girão levou ao plenário réplicas de fetos e chegou a ser impedido pela direção da TV Senado de reproduzir imagens apelativas com o detalhamento do procedimento de interrupção da gravidez.  

Convidado a subir na tribuna, presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, fez uma defesa da resolução 2.378/2024, questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 1141), movida pelo Psol. Alexandre de Moraes, ministro da corte, suspendeu a resolução do conselho. 

Em seu discurso, Gallo usou termos como "banalização da vida", "crueldade", "proteção da vida", citou estudos científicos sobre a viabilidade fetal sem mencionar fontes e proferiu frases de efeito emocional.  Colocou a culpa por uma suposta "insensibilidade" na "modernidade", atacou a autonomia da mulher, afirmou que fetos na 22ª semana de gravidez são "seres humanos formados" e se autodenominou "médico, marido, pai, avô".  

Diversos outros oradores se referiram ao aborto legal como "assassinato".  

Posição não representa o conjunto dos médicos 

Com eleição de conselheiros marcada para agosto deste ano, médicos articulam o movimento "Muda CFM", em contraponto às posições conservadoras da atual gestão. 

"As últimas gestões do CFM se caracterizaram por posições e iniciativas em defesa de uma suposta 'autonomia' médica, endossando medidas distanciadas das evidências científicas, baseadas em crenças propagadas no meio digital e alienadas da segurança dos pacientes, dos princípios éticos e das próprias bases da medicina", diz um trecho do manifesto público de criação do movimento. 

Especificamente sobre o tema do PL 1904, o movimento divulgou nota em que defende que o tema da interrupção da gravidez deve "ser tratado como uma política de saúde pública", com acolhimento às vítimas "em tempo oportuno". O grupo também critica as posições ideológicas tomadas pela atual gestão do Conselho.   

"O CFM não pode ser uma linha auxiliar para grupos políticos do Congresso, sobretudo contra o interesse coletivo. Vimos o quão desastroso foi este alinhamento acrítico e, muitas vezes, oportunista durante a pandemia de covid-19", diz o texto. 

Banalização da gravidez adolescente 

Lenise Garcia, representante de um dos grupos contrários ao aborto, chegou a naturalizar a gravidez na adolescência. Em seu discurso, afirmou que meninas estão preparadas para serem mães quando se tornam férteis. Em anedota pessoal, elogiou a família de sua bisavó, que teria se casado aos 14 anos e tido "uma família feliz, de muitos filhos". Não houve, no entanto, informação sobre a idade em que a representante do grupo começou a planejar em ter filhos.

Ao contrário do que diz Garcia, os dados mostram que gravidezes precoces são um perigo para a saúde. Na Nota informativa aos tocoginecologistas brasileiros sobre o aborto legal na gestação decorrente de estupro de vulnerável, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) informa que gestações em crianças e adolescentes apresentam maior risco de complicações como "anemia, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, diabetes gestacional, parto prematuro e partos distócicos". O documento também diz que "as taxas de mortalidade materna entre as gestantes menores do que 14 anos chegam a ser 5 vezes maiores do que entre gestantes entre 20-24 anos".

Bolsonarista de carteirinha 

Em fevereiro de 2023, o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, criticou medidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que determinam a obrigatoriedade do uso de máscaras durante a pandemia da covid-19 e afirmou que a medida "jamais pode ser imposta a pessoas que não compartilham de tais ideologias ou comportamentos". 

Ainda no contexto da pandemia de covid-19, o Ministério Público Federal (MPF), provocado pela deputada Luciene Cavalcanti (Psol-SP), chegou a pedir explicações ao CFM, em janeiro de 2024, após o conselho realizar uma pesquisa com os médicos associados sobre a obrigatoriedade da vacinação infantil contra a covid-19 na faixa etária de 6 meses a 4 anos de idade.  

Na ocasião, o conselho questionou os profissionais da saúde se os pais e responsáveis teriam o direito de não optar pela imunização de suas crianças, em direção contrária às recomendações do Ministério da Saúde e da Anvisa.  

Antes disso, em 2018, Gallo publicou artigo no site do Conselho Regional de Medicina de Rondônia, seu estado de origem, comemorando a vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições daquele ano. No texto, o médico afirmou: 

"O recado do eleitorado é um só: o medo diante dos poderosos de plantão deu lugar à esperança de que um novo país seja construído com base na ética, na justiça e na escuta de todos os brasileiros, livres para expressar seu pensamento sem temer ameaças de retaliação. Esse é o novo Brasil que o cidadão espera ver de agora em diante."

Editado por: Thalita Pires
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