Divulgar e prestigiar o trabalho científico é o objetivo do Prêmio Conhecimento, que vai contemplar cinco pesquisas sobre a realidade de Belo Horizonte com R$25 mil. As categorias são monografia, dissertação, tese, artigo e livro ou capítulo de livro. A iniciativa, proposta pelo vereador da capital mineira Bruno Pedralva (PT), foi decretada pela Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) na última quarta-feira (26).
Com início previsto para o próximo ano, a premiação acontecerá sempre no mês de março e também visa incentivar que novas pesquisas sobre a cidade sejam realizadas, utilizando a ciência como instrumento de transformação social.
O vereador Bruno Pedralva destaca as dificuldades enfrentadas pelos pesquisadores. O financiamento, por exemplo, é um dos desafios. Para ele, com o prêmio, a cidade passa a ter uma forma de valorizar o trabalho de pesquisadores que dedicam seus estudos a entender e contribuir com o município.
“Apoiar a ciência, os estudantes e os pesquisadores é uma prioridade para quem quer uma sociedade com justiça e com desenvolvimento. Nós vamos premiar pesquisadores que publicam artigos científicos, mas também o estudante de graduação que vai fazer sua monografia. O mestrando, fazendo a sua dissertação, o doutorando, fazendo sua tese. Todos podem participar, para que a gente consiga desenvolver a ciência na nossa cidade”, explica.
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A reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Goulart, afirma que a comunidade acadêmica vê o projeto como uma excelente iniciativa e destaca que a UFMG já tem uma grande quantidade de estudos sobre a capital mineira.
“A gente trabalha para a cidade. Eu acho que vai, sem dúvida alguma, incentivar as pessoas a se inscreverem para esse prêmio. E acredito que vai chamar atenção também para a importância de a gente ter mais estudos sobre Belo Horizonte e ajudar na construção de uma cidade que a gente quer que BH seja. É importante cada vez mais a gente levar a ciência para perto das pessoas e fazer com ela de fato resolva os problemas da cidade”, avaliou, ao Brasil de Fato MG.
No ano passado, a UFMG teve 64 cientistas entre os mais influentes do mundo, de acordo com um levantamento feito pela Stanford University, dos Estados Unidos, sendo a primeira federal brasileira a aparecer no ranqueamento.
Como vai funcionar?
Os trabalhos serão inscritos pelo site da CMBH. Produções de todas as áreas de conhecimento podem ser inscritas de forma gratuita.
Apesar de ser voltado para trabalhos que tenham Belo Horizonte como temática, também podem participar estudantes de outros municípios.
