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ENTREVISTA

‘Projeto sionista não é só sobre Palestina, é sobre dominação global’, afirma Thiago Ávila

Comunicador participará de missão internacional que levará ajuda para população em Gaza

10.jul.2024 às 19h35
Belo Horizonte (MG)
Natalia Andrade

Ato em defesa da Palestina - Rovena Rosa/Agência Brasil

O conflito entre Israel e Palestina, que se intensifica desde outubro de 2023, remonta à década de 1940 e é marcado por uma série de violações de direitos humanos por parte de Israel. 

Thiago Ávila, internacionalista e comunicador, relembra que o início das disputas tem interferência direta do governo britânico e, atualmente, está em curso o genocídio do povo palestino. Ele é organizador da Flotilha da Liberdade no Brasil, grupo que atravessará o mar Mediterrâneo para levar ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza.

Ávila esteve em Belo Horizonte na última semana para participar de uma audiência pública em defesa da Palestina e conversou com o Brasil de Fato MG. “É um projeto de limpeza étnica e de genocídio que dura 76 anos. Israel tem planos de anexar toda aquela região”, avaliou.

Confira a entrevista completa:

Brasil de Fato MG – Você poderia fazer um breve resumo para quem não conhece a história do conflito entre Israel e Palestina? 

Thiago Ávila – Menos de 100 anos atrás, os povos daquela região viviam em paz. Porém, a tranquilidade foi interrompida pela ação do imperialismo britânico e pela ideologia racista e supremacista do sionismo, formulada por “eurojudeus” que tinham a ideia de colonizar a região da Palestina. 

Depois da Segunda Guerra Mundial, Israel se aliou aos Estados Unidos e conseguiu na Organização das Nações Unidas (ONU), em 1947, o roubo de 56% daquela terra. 

Nos anos seguintes, a guerra já não era apenas contra o povo palestino, também atingia os países vizinhos. Em 1949, Israel já domina 78% da região. 

É um projeto de limpeza étnica 

Em 1967, Israel fez uma guerra de seis dias, tomando toda a Palestina histórica e tentando ocupar regiões do Líbano, da Síria e do Egito. Em 2006, começou o processo de cercamento total de Gaza, mantendo o povo no maior campo de concentração a céu aberto do mundo.

Agora, desde outubro do ano passado, há uma escalada do genocídio, com uma quantidade nunca vista de assassinatos de crianças. Estamos falando de um dos grandes genocídios da história da humanidade e que precisa ser combatido por todos que defendem a vida, a liberdade, as crianças, as mulheres e os idosos.

É algo que afeta o mundo inteiro, porque o projeto sionista não é só para colonizar a Palestina, mas para a dominação global. Os Estados Unidos querem manter o mundo todo sob dominação de um projeto que coloca o lucro acima da vida, explora, oprime e destrói a natureza, em detrimento dos povos.

Podemos dizer que não é uma guerra por motivos religiosos?

Não é uma guerra religiosa, e nem é um povo de uma religião ou origem étnica que vive sempre em guerra. Na verdade, os povos viviam em paz naquela região entre suas várias religiões.

Recentemente, o ex -presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Israel precisa “terminar o serviço”. A que ele se refere?

É o projeto de limpeza étnica e de genocídio que dura 76 anos. Israel tem planos de anexar toda aquela região. O plano dos sionistas é construir uma “Grande Israel”, que vai do Rio Nilo até o Rio Eufrates. Porém, o Rio Nilo fica no Egito e o Rio Eufrates está no Iraque, na Síria e na Arábia Saudita. Estamos falando de um projeto que envolve todos os países vizinhos.

O Líbano, a Jordânia, a Síria, o Egito, o Iraque e a Arábia Saudita sofrem a tentativa de dominação de uma entidade que tem planos que colocam o mundo inteiro em guerra. 

Estamos falando de um dos grandes genocídios da história da humanidade 

Quando o Trump fala em “terminar o serviço”, ele está dizendo sobre expulsar todo o povo palestino. Quem não for expulso ou morto será submetido a uma terrível e cruel ditadura racista, que trata o povo palestino como inferior.

Por que o mundo continua aceitando essas violações?

Desde 2004, a Corte Internacional de Justiça condena as colônias sionistas na Cisjordânia ocupada. A ocupação e a expulsão, entre 1947 e 1949, de 750 mil pessoas da região também é condenada pelo direito internacional. Mas não importa quantas resoluções tenham sido aprovadas, Israel não as segue. 

Infelizmente, Israel é aliado da pior, mais perigosa e mais destrutiva potência imperial do nosso tempo, os Estados Unidos. São eles que garantem que Israel não seja sancionado com medidas concretas, para além das condenações nas palavras. 

Israel tem planos que colocam o mundo inteiro em guerra

Também são eles que garantem que Israel não seja banido de determinados espaços. A máquina de guerra está funcionando e mandando, anualmente, US$ 3 bilhões de dólares para Israel, enviando ajuda militar e mantendo aquela estrutura de guerra. 

A união entre Estados Unidos e Israel deixa o resto do mundo de mãos atadas?

Por mais que os organismos multilaterais condenem e que exista uma maioria social favorável à Palestina, que já compreendeu que Israel é uma colônia genocida, o mundo ainda não conseguiu ter força material para deter o mais destrutivo império do nosso tempo. Precisamos intensificar os esforços para deter os Estados Unidos e Israel no seu plano genocida.

Você irá para a Palestina com um grupo de ajuda internacional, a Flotilha. O que exatamente é essa iniciativa?

A Flotilha é uma iniciativa que reúne mais de mil pessoas comuns, de aproximadamente 30 países do mundo, que sairão em três grandes barcos para romper o cerco ilegal de Israel em Gaza.

Estamos levando 5,5 mil toneladas de alimentos e medicamentos. Queremos ajudar a salvar vidas, para que não tenhamos mais mil crianças amputadas sem anestesia, como ocorreu recentemente, nem dezenas de crianças morrendo de fome e de sede. 

Israel é aliado da pior, mais perigosa e mais destrutiva potência imperial do nosso tempo, os Estados Unidos

Apesar de Israel ameaçar e já ter nos atacado em outras edições da Flotilha, nós entraremos novamente no mar Mediterrâneo, em águas internacionais, rumo à Gaza, para mostrar que Israel não tem o direito de governar naquelas águas, que são águas do povo palestino. Estamos indo em uma missão não violenta, de paz, mas que desafia poderes muito cruéis.

Não existe garantia de que vocês conseguirão chegar ou que não serão atacados?

Não. Na verdade, em 2010, Israel assassinou dez de nossos participantes e todas as últimas edições, desde 2008, foram atacadas. A carga foi roubada e os barcos foram sequestrados. As pessoas sequestradas e levadas presas para Israel foram deportadas.

Existe a possibilidade de Israel fazer isso de novo, o que é um crime de guerra, porque são águas internacionais. Estamos fazendo um chamado para o mundo, para que fique de olho na Flotilha, porque esses alimentos e medicamentos são mais necessários do que nunca. Pedimos para que impeçam que Israel nos ataque.

Estamos levando 5,5 mil toneladas de alimentos e medicamentos

Você gostaria de deixar mais algum recado?

Queria destacar a necessidade de construirmos uma cultura que não aceite o genocídio. A paz naquela região é necessária, mas a paz verdadeira para o povo palestino só virá com a libertação, com o fim dessa lógica colonial e racista. 

Falamos em “Palestina livre do rio ao mar”, porque existem 7 milhões de palestinos naquela região, do Rio Jordão ao mar Mediterrâneo, que já vivem 76 anos de genocídio e de limpeza ética. Eles merecem viver em paz, em liberdade, buscando sua felicidade, como todos os povos. 

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
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