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Início Direitos Direitos Humanos

CRIME VIRTUAL

Miss São Paulo é alvo de racismo nas redes após vencer concurso: ‘Desde que ganhei, não tive paz’

Eleita para representar o estado no Miss Brasil, modelo Milla Vieira relata comentários agressivos

29.jul.2024 às 01h05
Updated On 30.jul.2024 às 01h05
São Paulo (SP)
Carolina Bataier

Modelo há dez anos, Milla Vieira lamenta violências: "é 24 horas por dia" - Arquivo pessoal

Poucas horas após vencer o concurso Miss São Paulo, representando a cidade de São Bernardo do Campo, a modelo Milla Vieira viu suas redes sociais serem invadidas por comentários racistas. "Vc não tem beleza pra ser miss! E vc sabe disso!", escreveu um usuário do Instagram identificado como Natan Silva, cujo perfil é privado. Sem nenhuma publicação, ele usa no avatar uma foto de personagem de desenho animado. Um perfil comercial escreveu: "Vc é a MISSericórdia só se for kkkkkk".  

O caso chegou até a organização do concurso, que publicou um vídeo de repúdio aos ataques. "Não existe lugar na organização Miss Universe Brasil, como não deve existir lugar no mundo, a pessoas que defendem o racismo", disse Gerson Antonelli, CEO do concurso. No vídeo, ele ressalta que a modelo vai participar da disputa nacional e sugere que ela bloqueie os ofensores. "Nós estamos com você", disse ele, em recado à Milla.

Antonelli ressalta que o caso pode ser enquadrado na lei 7.716, já que, desde janeiro de 2024, o crime de injúria racial é equiparado ao crime de racismo.  Além de penas mais severas, a mudança na legislação exclui a necessidade de representação da vítima, ou seja, qualquer pessoa pode fazer a denúncia. 

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No caso de Milla, por se tratar de um crime virtual, os nomes de usuário e prints dos comentários são informações importantes para que os criminosos sejam localizados. Os rastros digitais dessas contas ficam armazenados nos provedores de internet por seis meses e as autoridades policiais podem exigir o rastreamento desses dados.

"Quando o autor é desconhecido, em São Paulo tem a Decradi, que é a Delegacia de Crimes de Raça e Intolerância Religiosa", explica o advogado criminalista Flávio Campos, membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Eu acho bastante importante utilizar a Decradi, principalmente nesses casos de autor desconhecido, justamente para serem requeridos os endereços de IP e o acesso às pessoas". O Internet Protocol (IP) é um código que permite identificar o computador ou celular de origem dos comentários. 

Além dos xingamentos no Instagram de Milla, perfis de extrema direita publicaram um vídeo questionando o resultado do concurso e comparando uma foto da vencedora com imagens de outras candidatas, todas brancas. Milla juntou os prints e pretende levar o caso adiante. "Eu não tenho sossego, eu não tenho paz. É 24 horas por dia as pessoas ali no meu perfil me xingando, me difamando", desabafa.  

Leia também: 'Questão do racismo tem a ver com a sobrevivência do capitalismo', diz Diva Moreira, intelectual negra de MG
 
A modelo estreou nas competições de miss há dez anos, no concurso Miss Brasil Supernational e pisou na passarela com o pé direito. Vencedora do concurso, ela chegou a representar o Brasil na Polônia e deu seus primeiros passos nas disputas internacionais. Quando soube da possibilidade de disputar o Miss São Paulo em 2024, fez aulas de oratória e passarela, entre outros trabalhos preparatórios, visando chegar ao Miss Universo. "Eu estava empenhada, não estava nem saindo de casa. A partir do momento que decidi participar, fiquei ali focada", conta.

Nos dez anos de carreira, Milla foi somando conquistas. Atualmente, ela é contratada de uma das agências mais famosas do mundo e já fez trabalhos para grandes marcas nacionais e internacionais. No entanto, desde que teve seu nome divulgado como vencedora do concurso, no dia 24 de julho, os comentários violentos se multiplicaram em fotos atuais e antigas no seu perfil do Instagram. Além dos xingamentos, alguns dizem que ela conquistou o primeiro lugar por meio de cota e outros falam que ela não mereceu o prêmio. 

"Eu não acredito que vai parar. Quando eu for para o Miss Brasil, vai continuar, senão ficar mais forte", lamenta. Por isso, ela acredita que é importante fazer a denúncia e transformar o caso público. "Talvez um dia a gente consiga mudar essa história. Talvez um dia a gente não precise provar mil vezes que a gente merece estar onde a gente está", diz.   

Editado por: Thalita Pires
Tags: injúria racial
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