O Festival de Cinema Acessível Kids vai exibir o filme 'Divertida Mente' na comunidade quilombolas dos Teixeiras, no município de Mostardas, no litoral do Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (7). Crianças cegas ou com baixa visão, surdas ou com deficiência auditiva ou com deficiência intelectual ou cognitiva e população de baixa renda são o público-alvo da iniciativa. O filme será exibido em dois horários e terá audiodescrição das cenas para quem não enxerga, janela de libras para quem não ouve e legendas descritivas para quem não sabe Libras.
Além do filme, o projeto também oferece uma oficina de capacitação para professores da rede municipal nesta terça-feira (6), no Auditório Municipal Mathias Azambuja Velho (rua Bento Gonçalves, 979).
A primeira sessão acontece às 9h, também no Auditório Municipal de Mostardas, para 200 alunos de três instituições de ensino: Escola Municipal Fundamental Dinarte Silveira, Escola Municipal Fundamental Marcelo Gama e Escola Municipal Fundamental Ruy Miguel. Às 14h, a sessão de cinema será no Salão Paroquial da Comunidade Nossa Senhora do Rosário, na Associação Comunitária Quilombola dos Teixeiras, para cerca de 150 alunos da Escola Municipal Fundamental Marcílio Dias e da Escola Municipal Fundamental Emílio Ferreira de Lemos. A entrada para as sessões de cinema é gratuita.
Segundo Sidnei Schames, idealizador do projeto, o projeto de inclusão educacional busca adaptar a programação de 2024 à realidade pós-cheias no estado. "Para muitas dessas crianças da comunidade dos Teixeiras, que tem cerca de 90 famílias, será a primeira experiência com cinema", afirma Sidnei.
Sobre o projeto
O Festival de Cinema Acessível Kids foi selecionado para a 38ª edição do 'Criança Esperança', no âmbito educacional, com a proposta de formação de educadores inclusivos. Tem como foco desencadear um processo de inclusão educacional e social das crianças, adolescentes e jovens com e sem deficiência; e outros grupos minorizados.
"O investimento na formação das crianças garante uma sociedade melhor no futuro. Ações como esta do Festival possibilitam que as crianças e jovens já cresçam em um contexto que acolhe e respeita as particularidades de cada indivíduo", diz Sidnei Schames, acrescentando que o projeto buscará chegar cada vez não apenas aos espaços urbanos, mas às diversas comunidades, como indígenas e quilombolas.
