Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Crise

O impacto do Caso Americanas e uma reação possível: garantir a presença de trabalhadores no Conselho

A trama montada para fraudar os balanços da Americanas é digna de série de alguma plataforma de streaming

12.ago.2024 às 19h08
São Paulo
Rafael Marques

Fundada em 1929, em Niterói (RJ), as Lojas Americanas têm hoje mais de 3.600 lojas físicas e cerca de 40 mil funcionários - Mauro Pimentel/AFP

A fraude nos balanços das Lojas Americanas, que causou a demissão de cerca de 5,5 mil trabalhadores, o fechamento de quase 100 lojas da marca no ano passado e deixou uma dívida de R$ 50,1 bilhões aos credores, entre eles acionistas minoritários, segundo a proposta de recuperação judicial, representa a maior crise do capitalismo brasileiro.  

A denúncia foi feita em janeiro de 2023 pelo então CEO (diretor-executivo) das Americanas, Sergio Rial, que ocupou o cargo por apenas nove dias até encontrar o que chamou de ‘inconsistências contábeis’. Depois disso, Rial passou a defender a 3G – empresa do corpo acionário da companhia, composto pelos bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. A denúncia vem sendo apurado há mais de um ano e é aterrorizante para o mundo dos negócios. 

Apesar disso, o estardalhaço da imprensa comercial no caso é bem diferente do que aconteceu com o caso da Petrobras, durante a operação Lava-Jato, o que deixa claro que o envolvimento político é o fator gerador do interesse da mídia, já que o caso Americanas, com um rombo três vezes maior do que se apurou no caso da Petrobras – cerca de R$ 12 bilhões – passa quase que invisível pelo noticiário nacional.

Outra diferença está no tratamento dado pelo então juiz e hoje senador Sérgio Moro ao caso da Petrobras em relação ao que propõe agora para o caso Americanas.  

A trama montada para fraudar os balanços da Americanas é digna de série de alguma plataforma de streaming, um escândalo ao qual a opinião pública tem que reagir melhor, de forma mais enérgica, seguir de perto essa história. Para isso é importante acompanhar as apurações que o jornalista Luís Nassif vem publicando no portal GGN. 

Aparentemente, as investigações policiais e empresariais continuam muito frágeis. Apesar da importância de haver uma apuração, já se passaram quase dois anos e nenhuma medida de punição foi tomada. 

O caso é complexo, é verdade, mas como ficam os trabalhadores que perderam o sustento de suas famílias? Ou aqueles que tinham ações e perderam o seu patrimônio, com a derrocada do valor da empresa? Isso enquanto aqueles que participaram da fraude vendiam suas ações milionárias e preservavam seus ganhos. 

Até agora, não está claro o envolvimento da 3G na participação no esquema de fraude, porém essa hipótese tem que ser devidamente apurada, já que são capitalistas importantes do Brasil e expoentes do chamado mercado financeiro.
Tudo tem que ser minuciosamente acompanhado, mas, em princípio, é impossível que um país como o Brasil, que está aperfeiçoando a sua democracia, passando várias questões a limpo, não atue de maneira muito firme e consistente com o caso das Lojas Americanas e todos os seus envolvidos. 

Um desdobramento possível para esse caso poderia ser a obrigatoriedade de trabalhadores participarem do Conselho Administrativo em todas as empresas de capital aberto. 

E que o processo eleitoral desses representantes seja realizado de forma transparente pelo sindicato representativo que atua na empresa, já que a mesma empresa pode ter várias unidades. 

Para isso, é necessária a criação de uma legislação, com aprovação na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), como projeto de lei, amplamente debatida pela sociedade civil organizada, o movimento sindical, no parlamento brasileiro.

Dentre as normas para cumprir-se essa nova exigência de participação, os trabalhadores precisam ser preparados, com o acompanhamento do sindicato, para que eles estejam prontos para contribuir na transparência da gestão empresarial e evitar fraudes como a ocorrida nas Lojas Americanas. 

A estrutura toda pode falhar, mas a chance de o trabalhador falhar nas suas obrigações de fiscalizar é infinitamente menor. 

* Rafael Marques é presidente do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, o TID-Brasil e presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, de 2012 a 2017, e a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, em 2013 e 2014. Ingressou na Ford, em São Bernardo do Campo, em 1986 e representou os trabalhadores e trabalhadoras na montadora do ABC Paulista por quase três décadas. É conselheiro do Instituto Lula.

** **Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Nathallia Fonseca
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Comida Saudável

Centro Ecológico celebra 40 anos de agroecologia no RS: ‘É uma agricultura que esfria o planeta’

CULTURA VIVA

Projeto de educação tradicional fortalece quilombo urbano e comunidade em Porto Alegre

CERCO A GAZA

‘Israel testa limites da lei internacional há décadas’, diz historiadora sobre ‘captura ilegal’ da Flotilha da Liberdade

SEGUE O JOGO

Negociações comerciais entre EUA e China se estenderão pelo segundo dia

Arte e vida

‘Ecologia sem luta de classes é jardinagem’: cinedebate conecta Chico Mendes à crise climática no Sul

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.