A partir desta terça-feira (27), o Museu de História Júlio de Castilhos abre a mostra DiversidArte, que faz homenagem às memórias de Fernando Baril e Sylvinha Brasil, artistas e personalidades atuantes no movimento da Diversidade Gaúcha.
A exposição pode ser visitada até 31 de agosto, das 10h às 17h. Ela traz a obra inédita de Fernando Baril, "Parada Gay, de Nova York – 1991”, cedida por seu sobrinho, Dr. Salomão Schames. A tela retrata, no estilo surrealista do considerado "Dali dos Pampas", momentos em que a AIDS precisava ser desconstruída, pois na época ainda era tratada como "peste gay".
Já os troféus "Sylvinha Brasil", que estarão presentes na exposição, contemplam 11 obras em cerâmica, produzidas coletivamente por Rodrigo Nuñez, mestre do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e seus alunos Rolila Tüz, Júlia Dolores, Pedro Stelmach e Camila Chaves.
Os troféus serão entregues a personalidades, simpatizantes, apoiadores e militantes que se destacaram no movimento da Diversidade Gaúcha. A cerimônia está prevista para 1º de setembro, na Parada LGBTQIAPN+, no Parque da Redenção, com início às 12h. Sylvinha foi apresentadora da Parada.
DiversidARTE
O trabalho de Baril e a homenagem a Sylvinha Brasil dialogam no momento em que a Parada de Luta, a terceira do país, avançou nas pautas para além do foco de combate ao estigma da AIDS e somou-se à comunidade LGBTQIAPN+ e às demais lutas contemporâneas por cidadania, casamento homoafetivo, adoção como direito aos casais da diversidade, criminalização da homotransfobia, entre outras importantes reflexões da atualidade.
Gaio Fontella assina a curadoria e produção da mostra e também é o coordenador do grupo de trabalho que direciona carta de demandas da diversidade RS ao ministro da Secretaria Extraordinária de Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, por conta da vulnerabilidade intensificada da comunidade LGBTQIAPN+ do estado. Gaio é psicólogo, psicanalista, graduado e pós-graduado em psicanálise pela UFRGS.
Tela retrata, no estilo surrealista do "Dali dos Pampas", momentos em que a AIDS precisava ser desconstruída, já que ainda era tratada como "peste gay" / Foto: Fernando Zago
Parada de Luta LGBTQIAPN+
A Parada de Luta LGBTQIAPN+, junto com a Feira Baile da Diversidade da Praça Brigadeiro Sampaio, serão palcos da campanha pela solidariedade à diversidade gaúcha que tem suas demandas intensificadas com a catástrofe ambiental. Esta comunidade soma-se aos organismos e coletivos que encaminharão carta ao ministro Paulo Pimenta. O evento acontece dia 1º de setembro, no Parque da Redenção, das 12h às 15h, seguido por trios que farão cortejo até a orla, próximo à Usina do Gasômetro.
Serviço
DiversidARTE
Mostra em homenagem a Fernando Baril e Sylvinha Brasil
Abertura em 27 de agosto, às 10h
Visitação de 27 a 31 de agosto, das 10h às 17h
Museu Histórico Júlio de Castilhos – Rua Duque de Caxias, 1205
Parada de Luta LGBTQIAPN+
1º de setembro, das 12h às 15h
Parque da Redenção
Haverá um cortejo do parque até a Usina do Gasômetro
Na ocasião, serão entregues os troféus Sylvinha Brasil
Outras programações paralelas
Feira baile da Diversidade – 25 de agosto, das 13h às 21h, na Praça Brigadeiro Sampaio (Praça do Tambor) com:
15h – Documentário: "A Praça da Diversidade e Simpatias" (Direção de Gaio Fontella);
16h – "Coloridas e Solidárias", show com a cantora Ilse Lampert, com abertura de Malu Benitez e participação da cantora Leny Barcellos;
17h – Concurso: Rei e Rainha da Feira Baile. Performers com drags. Jurados: Paulo Raymundo Gasparotto, a miss universo trans, Luanna Isabelly, a Miss Brasil Gay Plus Size, Jennifer Porto;
20h – Show de Hip Hop com a dupla Lil Lip Mc e OnlyF3R.