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Início Política

Mudanças climáticas

Plano de adaptação à emergência climática do DF foi elaborado sem participação social, dizem movimentos

Audiência Pública realizada nesta quarta (18) na CLDF avaliou instrumento que existe desde 2021

19.set.2024 às 15h08
Brasília (DF)
Rafaela Ferreira

Aduiência Pública avaliou que não há uma urgência por parte do Estado para que as metas e indicadores do Plano fossem colocados em prática. - Foto: Thamynny Santos

O atual Plano de Adaptação aos Efeitos Adversos da Mudança Global do Clima para Reduzir as Vulnerabilidades e Ampliar a Adaptação no Distrito Federal foi tema da audiência pública realizada, nesta quarta-feira (18), na Câmara Legislativa do DF (CLDF). Na ocasião, foi avaliado que o plano não inclui os movimentos sociais, além de não se apto para a realidade atual.

No encontro, presidido pelo deputado distrital Max Maciel (Psol), especialistas, pesquisadores, movimentos sociais e coletivos locais discutiram soluções para a crise climática no DF e entorno. Segundo o deputado, desde 2021, Brasília tem esse plano e, desde então, não há uma urgência por parte do Estado para que as metas e indicadores fossem colocados em prática.

“O problema aqui está listado: precisamos rever esse plano, ele não está apto e não serve para nossa realidade e é, sobretudo, um plano que precisa ser revisitado com os movimentos sociais, movimentos do campo, da cidade, da floresta, com a universidade. Precisamos dessa inteligência múltipla com indicadores e metas muito precisas e palpáveis”, destaca o deputado.

Também presente na ocasião, o agricultor e representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra DF e Entorno (MST), Flávio do Carmo, destacou que a reforma agrária pode ser uma solução para a crise climática, uma vez que ela vai funcionar como zonas de amortecimento nas áreas de proteção ambiental. Porém, segundo ele, o atual Plano de Adaptação não trata da reforma agraria, agricultura de regeneração e urbana.

“Nesse plano não tem agricultura urbana, não chamaram os movimentos sociais para fazê-lo. É preciso de um plano que esteja de acordo com nossa realidade. Nesse plano tem que ter a reforma agraria”, apresenta o agricultor.


Flávio do Carmo, o Flavão, é assentado da reforma agrária e já sofreu com os incêndios este ano. / Foto: Luan H. Bastos

Plano não inclui pessoas

O Plano de Adaptação foi elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema) com apoio de entidades como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o projeto CITinova, ele tem como foco analisar e planejar ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas no Distrito Federal. Ele aborda a implementação de estratégias de adaptação para garantir a resiliência da cidade, protegendo suas infraestruturas e populações vulneráveis dos efeitos das mudanças climáticas.

Para a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de Brasília (UnB) Liza Andrade, não é possível resolver as questões climáticas no DF sem resolver as questões habitacionais. Ela destaca que não é possível pensar em planejamento, uma vez que as ocupações estão avançando cada vez mais, onde as pessoas não são incluídas.  

“A formação popular é muito importante, as pessoas nas áreas em situação de risco sabem muito mais que a gente e elas sabem também sobre as soluções”, diz. “Eu acredito no plano comunitário, a solução vem de baixo para cima, cada região precisa fazer seu plano”, afirma a professora.


Professora da UnB, Liza Andrade, avalia Plano. / Foto: Luan H. Bastos

A deputa federal Érika Kokay (PT) ainda destaca sobre a importância de escutar as diferenças, uma vez que cada território é único. “Não há um plano de enfrentamento, apenas um relatório construído sem escutar cada território e suas populações. Em falar de plano, falamos de ações e prazos para termos um instrumento para balizar as ações do próprio governo”, informa.

Em resposta, o coordenador de Enfrentamento às Mudanças Climáticas da Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Distrito Federal (Sema), André Souza, destacou que, atualmente, existem Comissões de Meio Ambiente no DF voltadas a pensar soluções para a capital federal. Em relação ao atual Plano de Adaptação, o especialista afirma que, agora, "é muito fácil criticá-los, mas, quando foram elaborados, estávamos em pleno período de pandemia, a base de dados havia desaparecido, foi retirada do ar, e, mesmo quando a primeira versão foi colocada em consulta pública, a população não se manifestou", afirmou.

A representante do Conselho Indígena do DF e especialista em Educação, Potyra Terena, informou que não foram convidados para compor a elaboração do Plano e para falar sobre adequação do clima no DF. “O Cerrado é o berço das águas, com muitas bacias importantes. Então, precisamos de um plano que englobe a todos. Onde já se viu um plano que não tem nós e não pensa em todas as criaturas do Distrito Federal? Se não nos incluir, não há adaptação", explica.

Queimadas

A audiência pública desta quarta-feira foi realizada em meio a um cenário de queimadas no Cerrado e no Distrito Federal. Desde o final de agosto, a capital federal vem enfrentando queimadas nas unidades ambientais federais, como a Floresta Nacional e o Parque Nacional de Brasília, além de cortinas de fumaça, que afeta a rotina dos brasilienses. Apesar deste cenário, Maciel destaca a audiência pública não é sobre o que está acontecendo agora, mas sobre o que poderia vir e chegou, e o que pode vir depois disso porque vai começar o período de chuva.

“As queimadas no Distrito Federal, agravadas por mais de 146 dias de seca, evidenciam uma crise ambiental crescente, que pode se tornar irreversível. É necessário haver políticas públicas de proteção e respeito ao cerrado do DF, além de ações como investigações rigorosas e monitoramento para evitar queimadas criminosas”, detalha Max.

:: Papel de brigadas voluntárias e educação ambiental são destaque em reunião de emergência sobre incêndios florestais no DF ::

Segundo o representante do MST, Flávio do Carmo, o plano pontua áreas de imputações e seca, mas ele não pontua os incêndios florestais. "Não temos no plano a questão das brigadas de incêndio, não fortalece as brigadas. Nos territórios, estamos com brigadas voluntarias, sem apoio nenhum”, denuncia o agricultor.

“A gente tá combatendo incêndio com galhos, sem nenhuma condição de combate. Pega fogo nas áreas de acampamento, liga para os bombeiros e temos que entrar em uma fila de espera, enquanto isso os barracos e agroflorestas queimam”, finaliza.

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Editado por: Flavia Quirino
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