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Desinformação

Contrafogo político e o discurso do absurdo: como as fake news sobre combate a incêndios afetam o país

'A construção das notícias falsas ou, no mais popular, mentiras, não se baseia no desconhecimento'

01.out.2024 às 13h00
Brasília (DF)
André Café

Hoje senadora, Damares Alves foi ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro - Valter Campanato/Agência Brasil

Não há como iniciar este texto sem saudar o espinhoso e corajoso trabalho de todos os brigadistas que se colocam no fronte do enfrentamento dos grandes incêndios. Este fato é o que deveria povoar as manchetes na mídia e as falas de parlamentares não tão desavisados assim.

Infelizmente, este gigantesco e pouco valorizado trabalho ainda sofre com fake news, que ousam apontar como a causa dos incêndios que devastam o país o uso do fogo prescrito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Nunca é exagero lembrar que a construção das notícias falsas ou, no mais popular, mentiras, não se baseia no desconhecimento. É um organizado lógico, intencional e político, que desvirtua o cerne de todo e qualquer debate, e não se propõe a pensar soluções ou contribuir para qualquer tema, exceto para atender demandas privativas de um nicho ou grupo.

É desta maneira que compreendemos e repudiamos a fala da senadora Damares Alves (Republicanos/DF) em relação aos trabalhos dos brigadistas. A Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Pecma (Ascoma Nacional) e o Sindicato dos Bombeiros do Distrito Federal (SindBombeiros/DF) já se pronunciaram em relação às lamentáveis declarações da parlamentar, fazendo o papel correto de informar inclusive quando e como se utilizam técnicas de contrafogo para combater fogo.

Neste bojo, o debate se desloca para um lado nada propositivo. Sai do foco a urgência e importância dos trabalhos dos brigadistas e, por consequência, todo trabalho de monitoramento, controle e proteção ambiental que evitariam potenciais focos de incêndios criminosos e demais ilícitos ambientais. Então, como retórica, por quais razões a senadora não subiu à tribuna para tratar dos direitos e das condições destes trabalhadores?

A fala da parlamentar até traz a greve de 2024 na Carreira de Especialista em Meio Ambiente e no Plano Especial de Cargos do MMA (Cema) e do Ibama (Pecma) à tona, mas com nenhuma intenção de problematizar a situação de trabalho desta carreira. Na verdade, o que foi dito serviu apenas como um recurso de difamação dos trabalhadores ambientais e dos órgãos como Ibama e ICMBio, porque seriam estes os sujeitos que "querem acusar a direita e o agro de incendiários" (sic).

:: A greve dos servidores ambientais federais terminou, mas luta pela valorização continua ::

Segundo o professor Gilberto de Souza, da Universidade Federal do Pará (UFPA), os incêndios que consomem o bioma amazônico são uma etapa da exploração econômica da floresta. A prática barateia custos para o agronegócio e socializa prejuízos incalculáveis para a sociedade.

O retrato do caos climático se consolida no país e a prioridade de alguns parlamentares é endossar a marcha da devastação. Pelo óbvio, uma série de estudos apontam para relação incêndios e modo de produção e modelo econômico atual.

Então, o que fazer?

Nos limites e contradições dos poderes da República, a máxima passa pelo fortalecimento dos órgãos ambientais, como Ibama, ICMBio e Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que enfrentam os desafios dos incêndios diuturnamente, não só com o objetivo da execução plena da política pública, mas pela garantia de recursos e biomas pensando as gerações futuras. Para isso, a valorização da categoria e as condições de trabalho são viscerais.

No limite do possível, a subversão deste modo de vida e produção é o único caminho. É encarar a retificação de desinformações como ponto de partida e seguir o combate, sem temer qualquer força destruidora dos biomas, dos territórios e dos povos, para mitigarmos ou revertermos o processo cumulativo de desordem climática. Ou isso, ou pereceremos no próximo discurso do absurdo.

*André Café é presidente da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Pecma, no Distrito Federal (Asibama-DF).

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato – DF.

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Editado por: Flavia Quirino
Tags: distrito federaleleições 2024
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