Nesta terça-feira (10), o Brasil será palco de manifestações em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), movimentos sociais, sindicais, estudantis e de mulheres organizam o 'Ato Unificado no Dia Nacional de Luta contra a Anistia' e pela prisão dos responsáveis pelos ataques às instituições democráticas em 8 de janeiro, dentre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os atos acontecerão em Campina Grande, às 9h, na Praça da Bandeira, e em João Pessoa, às 16h, no Parque da Lagoa – Sólon de Lucena.
Segundo Tião Santos, presidente da CUT Paraíba, o momento exige união e resistência. “Neste dia nacional de luta, iremos para as ruas reforçar o pedido de prisão para os golpistas que atentaram contra a nossa democracia, tentaram destruir instituições democráticas. Essas ações, lideradas pelo ex-presidente Bolsonaro, merecem uma punição exemplar. Além disso, também lutamos pelo fim da jornada 6×1, uma reivindicação histórica da classe trabalhadora”, destacou.
A escala 6×1, que determina seis dias consecutivos de trabalho com apenas um de descanso, tem sido alvo de críticas há décadas. Segundo Graça Costa, secretária nacional de Relações de Trabalho da CUT, o modelo atual prejudica a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores. “Defendemos a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial, como forma de combater o desemprego, melhorar a produtividade e permitir mais tempo para a convivência familiar e social”, afirmou.
Já Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT, reforça que a luta pelo fim da 6×1 está alinhada à construção de um país mais justo. “Não podemos admitir que os trabalhadores sigam sendo explorados dessa forma. A redução da jornada é essencial para garantir dignidade e distribuir melhor as oportunidades de emprego”, declarou.
Outro ponto central dos atos é a exigência de punição rigorosa para os envolvidos nos ataques de janeiro e a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. “O relatório da Polícia Federal deixa claro o papel de Bolsonaro na tentativa de golpe. É inadmissível que ele siga impune enquanto nossa democracia foi colocada em risco de forma tão grave”, enfatizou Tião Santos.
Os organizadores convidam toda a população comprometida com a justiça social e a democracia a participarem dos atos. “A força popular é essencial para barrarmos retrocessos e reafirmarmos que os direitos da classe trabalhadora não são negociáveis”, concluiu Tião.
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