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Opinião

O eixo do mal

A aliança de Musk, Zuckerberg e Bezos não deixa dúvidas de que a democracia no mundo estará sob ataque na era Trump

07.jan.2025 às 23h53
São Paulo (SP)
Luís Humberto Carrijo

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook - Bertand Guay/AFP

O anúncio de Mark Zuckerberg de que a Meta encerrará o sistema de checagem de fatos de suas plataformas digitais e de que vai trabalhar com Donald Trump "para pressionar os governos de todo o mundo" na remoção de qualquer tipo de restrição ao funcionamento das big techs é a pedra que faltava para dar significado ao arco de aliança entre Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg.

O restrito "Clube dos US$ 200 bilhões", criado informalmente em setembro de 2024, mostrou a que veio. Sob o manto da liberdade de expressão, a aliança entre eles visa fustigar a democracia, onde quer que ela esteja (o discurso da Folha se encaixa perfeitamente nessa pregação). Os primeiros movimentos dos membros desse clube não deixam dúvida sobre suas intenções e de como pretendem implementá-las.

Sob o auspício do recém-reconduzido Donald Trump à Casa Branca, a quem se alinharam, jogaram suas cartas na mesa e irão ao ataque com sangue nos olhos contra governos progressistas que ameacem seus interesses. O Brasil está na lista.

Embora esses magnatas da tecnologia tenham dissimuladamente se posicionado, no início, como disruptores e inovadores, suas ações e decisões sugerem cada vez mais a adesão explícita à agenda da extrema-direita.

Musk, outrora anunciado como uma figura progressista que impulsiona a humanidade em direção a um futuro mais verde, tirou a máscara e vem tentando interferir nas eleições de outros países, como a Alemanha.

Seu apoio aberto à extrema-direita alemã, afrontando seu presidente, a que chamou de tirânico, seu pedido para a deposição dos governos alemão e britânico, sua exigência para a libertação de um ultranacionalista preso no Reino Unido, entre outros insultos, provocaram reações dos líderes europeus Olaf Scholz, Emmanuel Macron e Keir Starmer.

O Brasil está na linha de tiro e sofrerá sério assédio nas eleições de 2026 tanto por parte de Musk como de Zuckerberg. Por trás desses ataques estão claros interesses econômicos.

O Brasil tem muito a oferecer ao império de Elon Musk em setores como mineração, serviços de internet via satélite e mídia social. A Tesla, empresa de veículos elétricos do bilionário, precisa do níquel, componente fundamental das baterias desse tipo de veículo, assim como o lítio, chamado de "ouro branco", vital para a produção dessas baterias. Musk demonstrou interesse nessas reservas brasileiras para apoiar as necessidades de fabricação da Tesla.

A Starlink, de Musk, pode perder dominância na prestação de serviço de fornecimento de conectividade à internet para áreas remotas e mal atendidas, incluindo a região amazônica. Os governos do Brasil e da China preparam um plano para o início das operações da empresa chinesa de satélites SpaceSail no Brasil, concorrente da Starlink.

A plataforma de mídia social X, ferramenta política de disseminação de fake News de Musk, ainda é fonte de tensão com as autoridades brasileiras. Em agosto de 2024, a Suprema Corte do Brasil ordenou a suspensão das operações da X no país devido à não conformidade com as regulamentações locais relativas à disseminação de desinformação. As críticas subsequentes de Musk às ações judiciais brasileiras complicaram ainda mais as relações.

Jeff Bezos, dono do The Washington Post, também mostrou sinais sutis de alinhamento político. Apesar da reputação do jornal de jornalismo contundente, os críticos apontaram casos em que a propriedade de Bezos pareceu influenciar decisões editoriais. Notavelmente, o Post foi acusado de censurar um cartum crítico de seu apoio financeiro à campanha de Trump e de ter quebrado uma tradição do influente conselho editorial de seu jornal de declarar apoio a candidatos durante grande parte das últimas quatro décadas — todos democratas — antes de decidir ficar de fora nestas eleições, as mais polarizadas da História recente dos EUA. A cartunista, Ann Telnaes, premiada com um Pulitzer, demitiu-se em protesto, assim como um terço do conselho editorial do WP, dentre os quais Molly Roberts, Mili Mitra e David E. Hoffman, que também ganhou o Prêmio Pulitzer.

Embora Bezos não tenha explicitado suas inclinações políticas, essas ações sugerem uma preservação cuidadosa dos laços com o poder, mesmo que isso signifique comprometer a independência jornalística.

Zuckerberg deu um passo mais aberto que Bezos ao anunciar planos para restringir as iniciativas de verificação de fatos do Facebook. Essa decisão segue anos de críticas de que a plataforma desempenhou um papel significativo na disseminação de desinformação durante a presidência de Trump. Ao limitar a verificação de fatos, a ação de Zuckerberg pode potencialmente amplificar narrativas não verificadas — uma ação que se alinha às críticas frequentes de Trump às "notícias falsas" e sua dependência das mídias sociais para contornar o escrutínio da mídia tradicional.

Juntos, Musk, Bezos e Zuckerberg representam uma força concentrada de riqueza e influência, capaz de moldar o discurso público e as políticas em escala global. A aliança recente, seja formal ou coincidente, levanta preocupações sobre o entrelaçamento do poder corporativo com agendas políticas. Cada uma dessas figuras demonstrou disposição para se envolver em ações que poderiam indiretamente reforçar a plataforma de Trump, como relaxar as salvaguardas contra desinformação.

O desdém vocal dessas figuras pela supervisão regulatória, combinado com seu impulso por menos intervenção governamental, alinha-se intimamente com as políticas desregulatórias do presidente estadunidense. Esse apoio ressalta uma sobreposição crescente entre os ideais libertários das elites do Vale do Silício e o populismo conservador de Trump.

A crescente influência desse clube bilionário destaca os riscos do poder corporativo descontrolado em sistemas democráticos. À medida que Musk, Bezos e Zuckerberg consolidam suas posições na encruzilhada da tecnologia, mídia e política, o público e as instituições democráticas devem questionar se suas decisões atendem ao bem comum — ou apenas aos seus próprios interesses. Se seu alinhamento com Trump continuar, isso pode sinalizar uma mudança preocupante em direção a um futuro em que bilionários exercem influência desproporcional sobre a governança e a opinião pública.

Em uma era de crescente desigualdade e polarização, a convergência desses titãs da tecnologia com a marca de política de Trump deve servir como um alerta. A democracia não pode prosperar na sombra do poder sem amarras, seja ele proveniente de figuras políticas ou de um eixo do mal, integrado por bilionários mal-intencionados.

* Luís Humberto Carrijo é jornalista e comunicador, fundador da agência Rapport Comunica e administrador das contas no Youtube e Instagram @imprensa_sem_disfarce

** Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Nicolau Soares
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