Você já deve ter ouvido algo como “alguma coisa errada não parece estar certa”. É a sensação que se tem para quem se senta nos novos bancos instalados na Avenida Erasto Gaertner, no Bacacheri. De frente para a nova ciclovia, o risco de acidentes é grande. Pensando nisso, a vereadora e urbanista Laís Leão (PDT) propôs ao executivo municipal duas possibilidades de correção no local.
Segundo a prefeitura, “foram 1,2 km de asfalto revitalizado e 1.600 metros de novas calçadas, garantindo mais segurança e conforto para pedestres, ciclistas e motoristas. Além disso, o comércio local ganha uma nova infraestrutura, tornando a região mais atrativa e valorizada”. No entanto, diversos bancos estão voltados para a ciclovia.
Na proposição encaminhada ao executivo no dia 11 de janeiro, Laís Leão argumenta que o modelo de banco utilizado ao longo da via, virados para a mesma, “obriga os usuários a posicionarem os pés diretamente na ciclovia ao se sentarem, o que representa posicionarem os pés diretamente na ciclovia ao se sentarem, representando um alto nível de risco de acidentes e compromete a fluidez da mobilidade cicloviária”, diz em ofício.
Para ela, a solução é simples: basta virar os bancos na direção dos estabelecimentos comerciais ou substituir por um modelo de concreto que ocupa menos espaço. “A substituição dos bancos por modelos de concreto, sem encosto e com menor profundidade, é uma solução que respeita o conceito de hierarquia dos espaços urbanos. Ao utilizar bancos mais compactos, a interferência com a ciclovia é mitigada, enquanto se preserva a função de descanso, estar e convivência dos pedestres”, diz.
Confira a proposta da vereadora no link https://www.instagram.com/reel/DExIqC3xblo/
Para a urbanista, além disso, o concreto, como material escolhido, apresenta durabilidade, baixo custo de manutenção e maior resistência às intempéries e ao uso constante, o que é essencial para a sustentabilidade financeira e ambiental do mobiliário urbano.
Reclamação dos moradores
Nas redes da Prefeitura de Curitiba, moradores da região reclamam da intervenção urbana. “As calçadas extremamente impermeabilizadas, os canteiros do tamanho de um cinzeiro e os bancos de frente para a ciclovia são um charme a parte. Nem aluno de arquitetura do segundo ano faz esse tipo de coisa. Parabéns aos envolvidos”, comentou uma internauta.
Já outro morador comentou: “Muito bom! Nota 2! Kkkkkk que projeto medonho! Banco virado pra ciclovia, redução de faixas de circulação, ciclovia toda irregular”.
Foto: Carlos Savzyn