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DISPUTA NO LITORAL

Com apoio de deputado bolsonarista, empresário reconstrói muro considerado ilegal em praia de Pernambuco

Tribunal de Justiça de Pernambuco havia determinado a demolição do muro em outubro de 2024

15.jan.2025 às 23h32
Recife (PE)
Afonso Bezerra

Muro que cerca terreno no Pontal de Maracaípe contém placa com avisos em defesa da propriedade privada - Rebeca Martins

Menos de 24 horas após a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) demolir um muro considerado ilegal na praia de Maracaípe, no litoral sul de Pernambuco, a estrutura foi reconstruída pelo proprietário do terreno, João Vita Fragoso. A ação contou com a participação de um grupo de jangadeiros da região e do deputado federal Coronel Meira (PL-PE), que criticou a demolição e defendeu a reconstrução como legal.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o deputado acusou o diretor da CPRH, José Anchieta, de realizar a demolição sem respaldo legal. "A comunidade se uniu aos jangadeiros e, juntos, conseguimos reconstruir, em tempo recorde, o muro de contenção no Pontal de Maracaípe, devidamente autorizado pela Justiça. Infelizmente, o secretário de Meio Ambiente utilizou meios ilegais para depredar parte do muro, colocando em risco o manguezal. Estamos replantando as áreas afetadas e vamos cobrar na Justiça o prejuízo causado", disse Meira no vídeo.

Em outra publicação, o parlamentar afirmou que "a ação foi realizada sem a presença de um oficial de justiça e sem comunicação às autoridades locais, desrespeitando uma decisão do TRF-5, que determinou uma perícia no local, para que fosse comprovada a necessidade da contenção".

No entanto, a decisão judicial que determina a retirada do muro permanece em vigor. Em outubro de 2024, o Tribunal de Justiça de Pernambuco declarou que o muro é ilegal e deveria ser demolido pelo proprietário. A decisão também estipulou uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. Como Fragoso não cumpriu a ordem, a CPRH assumiu o poder de polícia e iniciou a demolição na terça-feira (14).

Reconstrução na madrugada

De acordo com a comerciante Ana Paula, uma das trabalhadoras do local que lutam contra a construção do muro, a reconstrução ocorreu na madrugada após uma pausa na ação da CPRH. "Eles começaram pela parte da manhã e retiraram cerca de 30 metros do muro, mas não conseguiram organizar o transporte dos coqueiros. Nesse intervalo, por volta das 22h, 23h, a família Fragoso e alguns jangadeiros se juntaram com caminhão e trator e recolocaram os coqueiros", relatou Ana Paula.

A disputa sobre o muro em Maracaípe já se arrasta há dois anos. Inicialmente, João Vita Fragoso obteve autorização da CPRH para erguer a estrutura, alegando que ela era necessária para conter a erosão provocada pelo mar. Posteriormente, a CPRH revogou a autorização, com base em relatórios do Ibama e da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), que concluíram que não há erosão na área e que o muro causa graves impactos ambientais, além de estar em desacordo com a legislação ambiental.

Repercussão e posicionamentos

A deputada estadual Rosa Amorim (PT-PE) também se manifestou sobre o caso. Segundo ela, o muro representa uma tentativa de privatizar o acesso à praia. "A temática central que envolve o muro de Maracaípe é exatamente isso: alguém que se diz dono daquele território contra trabalhadores, jangadeiros, turistas e banhistas, que querem ter o direito de acessar a praia e hoje não conseguem porque tem um muro impedindo o acesso do público." 

Ela também destacou a importância da atuação da CPRH em cumprir a decisão judicial. "Esse processo foi federalizado e a Justiça Federal reconheceu a validade da decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Então, a CPRH cumpriu essa definição", concluiu.

Resposta da CPRH

Em nota, a CPRH reafirmou a legalidade da demolição do muro, realizada com base no regular exercício do poder de polícia. A agência informou que, diante da resistência ao cumprimento da ordem judicial, tomará medidas para responsabilizar os envolvidos e garantir a proteção ambiental e o livre acesso à praia.

"A decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco que determina a retirada do muro permanece em vigor. A manutenção dos efeitos dessa decisão foi reconhecida pela Justiça Federal. A CPRH, por intermédio da Procuradoria Geral do Estado, adotou as medidas necessárias para salvaguardar o meio ambiente e o direito da população", afirmou a agência.

O Brasil de Fato tentou contato, por e-mail, com o proprietário do terreno, João Fragoso, e até o momento não obtivemos resposta. O espaço permanece aberto para manifestações e defesa.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: privatizaçao
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