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Início Política

AÇO E ALUMÍNIO

Minas Gerais está na mira das tarifas de Trump? Economista explica

Medidas protecionistas dos EUA afetam o setor siderúrgico, mas Brasil pode se manter resiliente

11.fev.2025 às 20h32
Belo Horizonte (MG)
Lucas Wilker

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos - Foto: Eduardo Munoz Alvarez / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mais uma vez tomou decisões  econômicas controversas na aplicação de taxas adicionais a alguns países. Nessa segunda-feira (10), o presidente assinou ações executivas que taxam em 25% as importações de aço e alumínio e cancelou isenções e cotas para o Brasil e outros importantes fornecedores. 

Questionamentos sobre os impactos dessa e de outras possíveis taxações no Brasil tomaram conta das conversas entre brasileiros. E em Minas Gerais? Haveria algum impacto específico? O Brasil de Fato MG conversou com um economista para esclarecer as dúvidas e entender melhor o cenário.

:: Entenda melhor: Minas Gerais e a nova guerra comercial de Trump: o que esperar? ::

Ricardo Ruiz,  professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que o comércio exterior do Brasil, em termos de exportações, tem uma participação relativamente pequena dos Estados Unidos. 

“Por exemplo, considerando o período de 2020 a 2024, a participação dos Estados Unidos foi de pouco mais de 11% das nossas exportações”, detalha. 

A China, por outro lado, alcançou quase 30%, enquanto o Mercosul chegou a aproximadamente 11%. A Europa responde por cerca de 15% das exportações brasileiras. 

“Se combinarmos China, Estados Unidos, Mercosul e Europa, estamos falando de cerca de 60% das nossas exportações. Isso mostra que as exportações brasileiras são relativamente diversificadas, não concentradas em um único país, o que é positivo, pois eventos como este tendem a ter um impacto modesto na economia brasileira como um todo”, salienta. 

Brasil X Estados Unidos

No caso das relações Brasil-Estados Unidos, o item mais importante nas exportações para o período de 2024-2025 é o aço, que representa aproximadamente 17% de tudo que o país exporta para os Estados Unidos, segundo o economista. 

“Assim, a intervenção de Trump em relação ao Brasil tem relevância significativa. Esses 17% de exportações de ferro e aço para os Estados Unidos correspondem a 43% de toda a exportação de aço brasileira. Ou seja, quase metade do aço exportado pelo Brasil tem como destino os Estados Unidos”, pondera. 

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Quando o governo norte-americano impõe tarifas de importação de forma generalizada, isso afeta também o Brasil, mas de forma isonômica em relação a outros países exportadores, como México, Canadá, China e algumas nações europeias, como Alemanha e Bélgica, explica o professor. 

Dessa forma, a competitividade relativa desses países se mantém, embora haja favorecimento da produção doméstica nos Estados Unidos.

“A tendência é que os exportadores para os Estados Unidos percam espaço para a oferta doméstica norte-americana, o que pode impactar negativamente o Brasil nesse segmento específico de ferro e aço. Contudo, considerando o conjunto das exportações brasileiras, o impacto é pequeno, afetando apenas cerca de 1,9% do total das nossas exportações globais”, destaca. 

“Isso é positivo para o Brasil, pois o impacto não compromete significativamente a economia como um todo. No entanto, para o setor siderúrgico, o efeito é relevante”, continua. 

Minas Gerais na balança

No setor siderúrgico, os estados mais afetados são aqueles com grandes indústrias exportadoras de aço. O principal é o Rio de Janeiro, segundo Ricardo Ruiz, com usinas siderúrgicas em Volta Redonda, por exemplo, que vendem grandes volumes de aço para os Estados Unidos. Em seguida, vêm o Espírito Santo e Minas Gerais, com participação semelhante nas exportações de aço para os Estados Unidos.

“A produção siderúrgica de Minas Gerais é diversificada: parte das exportações vai para os Estados Unidos, outra parte para a China, o que reduz o impacto das tarifas norte-americanas. Minas Gerais também exporta para o Japão, Coreia do Sul, Singapura e outros mercados, diluindo ainda mais o impacto”, observa. 

Para ele, embora o impacto seja significativo para o setor siderúrgico, para o Brasil como um todo, o efeito é pequeno, devido à diversificação da pauta exportadora. 

“Países como México e Canadá, mais dependentes do mercado americano, são mais vulneráveis a essas medidas”, sinaliza. 

Segundo o economista, cerca de 25% da produção de aço de Minas Gerais é destinada aos Estados Unidos, enquanto os outros 75% são exportados para diversos países, como Argentina, Japão, Coreia do Sul e Singapura. 

“Embora o mercado americano seja importante, Minas Gerais está relativamente protegida de decisões radicais, como as do ex-presidente Donald Trump”, chama a atenção. 

O futuro é uma incógnita 

O Brasil, de forma geral, também se beneficia dessa diversificação, segundo ele, o que explica o impacto modesto nas variáveis macroeconômicas, como a taxa de câmbio.

O problema, no entanto, é que os efeitos não se limitam ao impacto direto. “Se a China, por exemplo, encontrar barreiras para exportar aço aos Estados Unidos, buscará outros mercados, o que pode aumentar a concorrência para o Brasil, tanto no mercado internacional quanto no doméstico”, alerta. 

“Assim, embora o impacto direto da medida de Trump afete apenas 1,9% das exportações brasileiras, os efeitos indiretos podem ser mais significativos, devido à busca de novos mercados por parte de outros países exportadores. Ainda veremos as consequências completas dessas mudanças no futuro”, afirma.

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos

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