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Início Bem viver Cultura

MÚSICA GAÚCHA

Movimento Sul Universal reúne múltiplos artistas para celebrar a diversidade musical sul-rio-grandense

Lançamento será neste sábado (22), às 19h, com entrada franca e show de Kako Xavier e o Baile da Tamborada

21.fev.2025 às 18h15
Porto Alegre (RS)
Redação
Movimento Sul Universal reúne múltiplos artistas para celebrar a diversidade musical sul-rio-grandense

Kako Xavier e Baile da Tamborada irão se apresentar no Grezz Espaço Cultural, em Porto Alegre (RS), com entrada franca - Foto: Fernanda Tomiello

Artistas de todo o Rio Grande do Sul e de diferentes estilos musicais se unem para lançar o Movimento Sul Universal (MSU), um manifesto estético e artístico que celebra a diversidade musical do estado, unindo influências brasileiras e latino-americanas. Juntos, musicistas e grupos vão construir uma identidade cultural única, dialogando entre o regional e o universal da música.

A estreia será neste sábado (22), a partir das 19h, no Grezz Espaço Cultural, em Porto Alegre (RS), e com entrada franca. Na data, também serão apresentadas as primeiras ações do MSU: a associação, a escola, o podcast e o Festival Sul Universal, que vai circular, em sua primeira edição, pela capital do RS e pelas cidades de Encantado (RS), Lajeado (RS), Osório (RS) e Pelotas (RS).

A celebração de lançamento será com Kako Xavier e o Baile da Tamborada, diretamente de Pelotas e da Praia do Cassino (RS), e com a participação de músicos convidados.

A 1ª edição do Festival de Música Sul Universal foi contemplada no Edital Sedac nº 32/2024 PNAB RS – Música e conta com o financiamento da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), programa do Ministério da Cultura do Governo Federal.

Movimento Sul Universal

Os organizadores do movimento destacam que o Rio Grande do Sul é um estado que se nutre de todas as fontes de brasilidades e suas ricas vertentes rítmicas e estéticas, ao mesmo tempo, em que, devido à sua localização geográfica fronteiriça, também bebe das latinidades – especialmente das influências sonoras argentinas e uruguaias.

“Essa música regional, com fusão de ritmos brasileiros e latino-americanos, transita com naturalidade também, e desde sempre, entre milongas, chamamés, zambas e chacareras. Numa perspectiva artística regional e internacional, pode ser facilmente classificada como World Music (música universal) ou simplesmente Jazz, quando somente instrumental”, explicam.

Segundo eles, essa transversalidade de linguagens no contexto da música feita no RS, criou uma atmosfera, estética e sonoridade próprias, agora classificadas como Movimento Sul Universal – um coletivo de músicos e grupos constituído de forma organizada e atuante na cena cultural do estado, do país e do mundo, com o objetivo de fomentar essa produção musical.

Os organizadores explicam ainda que a ideia da sonoridade Sul Universal não é nova. Artistas como Geraldo Flach, Luiz Carlos Borges, Renato Borghetti, e mesmo Vitor Ramil, Raul Ellwanger já bebiam dessas influências. A novidade é que um grupo de pessoas percebeu que essa característica ajuda a construir um contexto de movimento artístico e estético.

O movimento surgiu após uma edição do Bento Jazz & Wine Festival que apresentou 15 grupos com esta sonoridade. Após o evento, cinco grupos se reuniram e criaram o Sul Universal. A ideia logo se expandiu e acabou encontrando também os estilos afro-gaúchos como a Tamborada e o Hip Hop do Rapajador – grupo de Caxias do Sul (RS) que mistura ritmos gaúchos com rap.

Após as enchentes de 2024, o MSU se estruturou definitivamente, inclusive para ampliar e diversificar sua composição. Em sua essência, o movimento valoriza a pluralidade e a coletividade na música.

Baile da Tamborada

Baile da Tamborada mistura o afro samba com o baile gaúcho, com repertório autoral – Foto: Fernanda Tomiello

O Baile da Tamborada é idealizado pelo músico, cantor, compositor e pesquisador da história dos tambores do RS Kako Xavier. O projeto leva ao público a mistura do afro samba com o baile gaúcho, com repertório autoral e uma diversidade de exemplares de tambores artesanais. O show tem como base rítmica as misturas da vaneira com o Ijexá e do vanerão com a batucada, dando protagonismo aos tambores ancestrais de Sopapo e o Praieiro, mostrando a fusão do violão de Kako com o acordeon, os metais e os convidados.

Sobem ao palco também os integrantes do projeto Tamborada, que é formado por pessoas de diferentes idades, etnias, gêneros e olhares profissionais. O repertório apresenta músicas e letras autorais, passando pela identificação do lugar de origem do projeto Tamborada – Praia do Laranjal (RS) – também canta as belezas do litoral, os pescadores, os orixás e a presença da mulher gaúcha, fortalecendo ações de respeito e cuidado.


Editado por: Katia Marko
Tags: porto alegre
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