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Artigo

Nadejda Konstantinovna Krupskaia: uma esperança vermelha

Revolucionária teórica da educação soviética, Krupskaia nasceu no dia 26 de fevereiro, há 156 anos, e foi companheira de Lenin

26.fev.2025 às 07h40
Rio de Janeiro (RJ)
Zoia Prestes
Nadejda Konstantinovna Krupskaia: uma esperança vermelha

nadezhda - Nadejda Konstantinovna Krupskaia, mulher inteligente e corajosa, se forjou, dedicando sua vida à Revolução Socialista/Domínio Público/Capire

“Educar é preparar pessoas integralmente desenvolvidas, com instintos sociais conscientes e organizados, possuidores de uma visão de mundo refletida e íntegra, que tenham clara compreensão de tudo que ocorre ao seu redor, na natureza e na vida social; pessoas preparadas na teoria e na prática para todo tipo de trabalho, tanto manual quanto intelectual, que saibam construir uma vida social racional, plena, bonita e alegre. Estas são as pessoas para construir a nova sociedade, socialista.” (Nadejda Krupskaia)

Nadejda, em russo, significa esperança. Em tempos de ascensão da extrema direita fascista no mundo, a esperança e a fé em dias melhores nos fortalecem. Mas sem luta não há esperança, nem conquistas e foi na luta que Nadejda Konstantinovna Krupskaia, mulher inteligente e corajosa, se forjou, dedicando sua vida à Revolução Socialista e à construção da sociedade soviética.

Krupskaia nasceu em Petersburgo, Rússia, no dia 26 de fevereiro de 1869 e faleceu em Moscou, no dia 27 de fevereiro de 1939, aos 70 anos. Seu pai, Konstantin Ignatievitch Krupski, era simpatizante de ideias revolucionárias e, em função disso, a família sofreu perseguição. Vivenciando e convivendo com a pobreza, Nadejda compreendeu muito cedo a posição do pai e ouvia frequentemente em sua casa a palavra “revolução”, fato que repercutiu na sua formação. Elizaveta Vassilievna, a mãe de Nadejda, era órfã e foi educada no Instituto de Moças Distintas. Era muito religiosa e não gostava de tratar de política, mas acompanhava com atenção os primeiros passos da filha na militância, que teve início aos 14 anos. É nessa idade que Nadejda perde o pai e começa a participar do círculo de estudantes marxistas em Petersburgo.

Ao frequentar, um pouco depois, o círculo revolucionário de Robert Klasson, Krupskaia teve acesso às obras de Karl Marx que definiram para sempre sua visão de mundo. Daí em diante dedicou-se à luta revolucionária por mudanças sociais em seu país. “O marxismo me deu uma enorme felicidade com a qual a pessoa pode apenas sonhar: me deu conhecimento, indicou o caminho, me deu uma certeza tranquila de que a luta à qual entreguei minha vida seria vitoriosa”, registrou em suas memórias.

Nadejda conhecia bem os lados sombrios da sociedade em que vivia, as injustiças sociais e econômicas que assolavam o povo russo sob o domínio do tsarismo. Por isso, traçou para si um destino diferente daquele reservado às moças de sua geração – casar, ter filhos e cuidar da casa. Com paixão, aprofundou os estudos das obras marxistas, trabalhou como professora em uma escola noturna e desenvolveu atividades de formação política da classe operária. As obras clássicas do marxismo lhe serviram de farol.

Nadejda conheceu Vladimir Lenin, seu futuro companheiro, em uma das reuniões do círculo de Klasson e, a partir de 1898, o amor recíproco e o ideário revolucionário acompanharam o casal, que vivenciou, em sua trajetória, prisões e exílios, mas também a certeza de que a revolução estava prestes a acontecer.

Com a vitória do movimento revolucionário liderado por Lenin em 1917, Krupskaia assumiu a tarefa de colaborar com a estruturação do sistema de educação que o novo governo de trabalhadores e camponeses almejava. A formação de um novo ser humano com base nos princípios comunistas era a tarefa principal e, para isso, era necessário criar uma escola popular, alfabetizar o povo e formar novas gerações de docentes.

Krupskaia participou ativamente do Comissariado do Povo para Instrução, escreveu inúmeros trabalhos sobre questões cruciais da educação, participou de Congressos de Professores, mas não deixou de lado, em momento algum, a atuação política mais ampla, sendo a primeira pessoa com quem Lenin compartilhava suas ideias e reflexões sobre os rumos do governo e as disputas internas do partido.

Um dos temas importantes tratados por Krupskaia em sua obra é a função social da educação pública no Estado Socialista que deveria libertar as mulheres das amarras do trabalho doméstico, e levar à participação voluntária e consciente do povo na construção da nova sociedade, ao aniquilamento de preconceitos de todos os matizes e ao reforço dos vínculos familiares.

Nenhum processo revolucionário é isento de polêmicas e dificuldades de implantação. Não foi diferente na estruturação do sistema soviético de Educação, em que Krupskaia desempenhou um papel fundamental.

Em 2017, na comemoração dos cem anos da revolução soviética, a editora Expressão Popular publicou uma coletânea de textos de Krupskaia, selecionados com base na concepção de educação com a qual o coletivo de pedagogos socialistas do período inicial da revolução trabalhava. O livro “A construção da Pedagogia Socialista” é uma amostra significativa da extensa obra produzida por essa autora, que se destacou na orientação do trabalho educacional no contexto da construção do socialismo.

Trata-se de leitura necessária para quem pretende se introduzir no estudo do pensamento e do legado de Krupskaia e, principalmente, para quem assume o compromisso de continuar a construção histórica do socialismo e aprofundar os estudos sobre as contradições explosivas de nossa época.

Apesar de algumas conquistas sociais, o Brasil de hoje ainda está muito distante do sonho de uma sociedade pautada na justiça e na igualdade social substantiva. Mas podemos encontrar na obra de Krupskaia caminhos de esperança, a esperança que ela carregava no nome.

*Zoia Prestes é professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil de Fato.

Editado por: Lucas Estanislau
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