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Levantamento

Alvo de Projeto de Lei do MBL, Oruam fez apenas um show financiado pela Prefeitura de SP na última década

Especialista afirma que escolha do trapper é 'simbólica e ideológica', apenas para 'gerar polêmica'

12.mar.2025 às 11h37
São Paulo (SP)
Igor Carvalho
Alvo de Projeto de Lei do MBL, Oruam fez apenas um show financiado pela Prefeitura de SP na última década

- O texto da lei quer impedir que a Prefeitura contrate artistas que, segundo a vereadora, promovem apologia ao crime - Foto: Arquivo Pessoal/Câmara dos Vereadores

Via Lei de Acesso à Informação (LAI), a Prefeitura de São Paulo informou ao Brasil de Fato que o artista Oruam, um dos principais nomes do trap nacional, realizou apenas um show na capital paulista, financiado por dinheiro público, nos últimos dez anos. Foi na Virada Cultural de 2023 e o músico recebeu um cachê de R$ 47 mil.

O trapper é o principal rosto da Lei anti-Oruam, protocolada na Câmara dos Vereadores de São Paulo pela vereadora Amanda Vetorazzo (UB), ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL), grupo de extrema direita de São Paulo. O texto da lei quer impedir que a Prefeitura contrate artistas que, segundo a vereadora, promovem apologia ao crime.

Ao saber que Oruam fez apenas um show na capital paulista com financiamento da Prefeitura, Vetorazzo afirmou que “a lei continua sendo necessária. O problema está no impacto dessas apresentações financiadas com dinheiro público. Não podemos permitir que recursos públicos sejam usados para promover letras que fazem apologia ao crime organizado, pois o combate do crime precisa ser feito não só na bala, mas no imaginário de cada um”.

A vereadora Luana Alves (Psol) contestou, mais uma vez, o projeto de Vetorazzo. “Mostra o quanto essa política anti-Oruam não tem nada a ver com a cidade de São Paulo. O valor pago mostra como é um falso problema, um fantasma para esconder os reais problemas da cidade, como a questão da segurança pública, que é um problema sério, a falta de espaço para fazer apresentações, que leva a incômodos como os pancadões e fluxos. Então essa lei é para esconder os reais problemas da cidade”.

Vetorazzo afirma que usou “o nome do Oruam no PL porque ele simboliza bem essa prática, fazendo apologia ao crime não apenas em suas músicas, mas também por meio de roupas, gestos e atitudes”.

Para Joselicio Júnior, Cientista Político e Doutorando em Mudanças Sociais pela Universidade de São Paulo, a escolha do MBL de colocar Oruam como alvo principal é “simbólica e ideológica” para “gerar polêmica”.

“Neste sentido, o Oruam é a tempestade perfeita, pois é um artista de grande repercussão com números enormes de seguidores nas redes sociais, grandes números de visualizações e reproduções nas plataformas digitais de música, além disso é filho de um famoso traficante do Rio de Janeiro e em suas músicas, assim como outros artistas do seu estilo, trazem relatos do cotidiano das comunidades, favelas, onde o crime organizado tem um papel relevante”.

Ainda de acordo com Júnior, “a estratégia desse setor da extrema direita está muito nítida, utilizar da criminalização do funk, pautada na cultura do medo, do combate a violência, para organizar e ampliar o seu campo de influência na sociedade e ampliando a sua base social”.

Os dados

O Brasil de Fato perguntou à Prefeitura de São Paulo quantos shows dos artistas mais escutados do trap e funk brasileiro foram contratados pelo poder público, entre os anos de 2014 e 2025.

Na resposta, via LAI, a Prefeitura informou que em dez anos contratou apenas 45 shows. MC Hariel e MC Davi puxam a fila, com seis shows cada, que lhes renderam R$ 760 mil e R$ 228 mil, respectivamente, entre 2016 e 2024.

Em seguida, aparece MC Dom Juan, que fez cinco shows pagos pela Prefeitura, que custaram R$ 360 mil. MC IG foi contratado em quatro oportunidades, que lhe renderam R$ 260 mil, sendo três delas apenas em 2023, na Virada Cultural, no Mês do Hip Hop (março) e no aniversário de São Paulo.

Veigh, MC Daniel e Kevin O Chris foram contratados em três oportunidades cada um. Os shows custaram, ao todo, R$ 526 mil, R$ 570 mil e R$ 543 mil, respectivamente. MC Ryan, KayBlack, L7ennon e Sidoka fizeram dois shows, cada, pagos pelo poder público.

Por fim, Matuê, MC Cabelinho e Oruam tiveram apenas um show pago pela Prefeitura de São Paulo desde 2015. Ao todo, os espetáculos custaram R$ 4,8 milhões aos cofres públicos, uma média de R$ 480 mil por ano.

Dos 45 shows contratados pela Prefeitura de São Paulo, 18 foram realizados nas Viradas Culturais de 2022, 2023 e 2024. Quatorze aconteceram em festivais ligados à cultura Hip Hop ou pelo mês da Consciência Negra.

Quem é Oruam

Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam, tem 23 anos e se tornou o principal nome do trap, estilo musical que é um apêndice da cultura Hip Hop. Ele nasceu na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e fez fama e fortuna com sua carreira musical.

Oruam é contratado da produtora Mainstreet, do rapper Orochi, e já tocou em alguns dos principais festivais de música do país, como Rock In Rio e Lollapaloza. O artista é filho de Marcinho VP, preso desde 1986 e uma das lideranças do Comando Vermelho, facção criminosa que nasce no Rio de Janeiro, mas que tem lastro em alguns outros estados do país.

Editado por: Nathallia Fonseca
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