Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Socioambiental

SEMANA DA ÁGUA

Campanha denuncia que privatizações do governo Zema podem gerar crise hídrica em MG

Mobilização destaca a importância da água e a necessidade de defender a Copasa

24.mar.2025 às 13h49
Atualizado em 24.jun.2025 às 13h58
Belo Horizonte (MG)
Flora Villela
Foto: Reprodução Sindágua - MG

“É preciso unificar a luta pela defesa da água e do saneamento público, visando garantir o acesso de todos à água”, defende Eduardo Pereira.

O Dia Mundial da Água, recurso fundamental para a manutenção da vida na Terra, foi comemorado no dia 22 de março. Embora ocupe grande parte da superfície do planeta, somente 2,5% do total de água disponível é adequado aos usos humanos. 

Diante desse contexto, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindágua-MG) promoveu mobilizações no estado, ao longo de toda a última semana. 

A iniciativa foi construída em conjunto com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT- MG), o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e o movimento SOS Vargem das Flores. 

A campanha, intitulada Água para quem tem sede de luta, denunciou  que o direito à água potável de qualidade para a população de Minas Gerais é ameaçado pelo governador Romeu Zema (Novo), que, na avaliação das entidades, “insiste em tirar do Estado a responsabilidade pelos serviços públicos essenciais e entregá-los às empresas privadas”.

No fim do ano passado, o governo estadual encaminhou à Assembleia Legislativa (ALMG) dois projetos de lei (PL) visando a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). O ataque às estatais tem sido frequente, como denunciam especialistas.

“É preciso unificar a luta pela defesa da água e do saneamento público, visando garantir o acesso de todos à água”, defende Eduardo Pereira, secretário de meio ambiente da CUT-MG e presidente do Sindágua -MG.

Pautando a democratização desse bem comum, sua preservação e o combate à privatização da gestão da água no estado, a mobilização ressaltou a importância da soberania popular na gestão dos recursos hídricos, principalmente frente às mudanças climáticas, que alteram bruscamente o ciclo de chuvas e secas em todo o planeta.

“O objetivo é alertar a população sobre o impacto negativo da possível entrega do setor ao capital privado, conscientizando acerca da importância desse recurso e criando uma corrente de unidade e respeito à vida”, destaca a campanha. 

A água e a emergência climática

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), atualmente, menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. A situação tende a se agravar com o passar do tempo. 

Ainda de acordo com o Unicef, cerca de 3 bilhões de pessoas que irão nascer no próximo século devem vir ao mundo sem acesso suficiente à água.

Do total de água doce do planeta, 69% é de difícil acesso, por estar contido nas geleiras, 30% é encontrado em reservas subterrâneas e apenas 1% está em rios. Desses, cerca de 73% são consumidos pela irrigação, 21% usados na indústria e apenas 6% é destinado ao consumo da população.

Para Larissa Rabelo Nunes, da coordenação estadual do MAM, a má gestão da água está diretamente relacionada à crise climática.

“As mudanças nos padrões de chuva, secas prolongadas e o aumento da demanda por água potável exigem políticas públicas que priorizem a sustentabilidade e a justiça social. A má gestão dos recursos hídricos, aliada à privatização e à  mercantilização da água, amplia as desigualdades e coloca em risco a soberania dos povos sobre esse bem comum”, destaca.

Nesse sentido, de acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), deter o controle da água significa deter poder, uma vez que “a escassez de água no mundo é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais”. 

Privatização é risco para a população

É o que também acredita a integrante da coordenação nacional do MAB Soniamara Maranho. Para ela, o Brasil, que detém atualmente 12% da água potável do mundo, está no foco da disputa a nível internacional de quase todos os recursos naturais. 

Essa realidade, de acordo com ela, torna a privatização um negócio muito vantajoso para as empresas e um risco para a população. “Esse processo torna a água uma mercadoria, assim como fizeram com a energia.”

Pereira indica que a privatização pode significar também o aumento no consumo desenfreado desse bem, justamente quando é mais necessário preservá-lo, uma vez que as empresas privadas têm como principal objetivo o lucro.

:: Leia também: Copasa é destaque global em sustentabilidade, enquanto parlamentares debatem sua privatização :: 

“Uma empresa privada de saneamento incentiva o uso desenfreado da água para aumentar a sua lucratividade e, no fim, todos nós perdemos”, explica.

Impactos da privatização 

Ainda de acordo com o presidente do Sindágua-MG, as ameaças de privatização do governo Zema contrariam o Pacto da Prosperidade e a Agenda 2030, que prevê que cada cidadão tenha acesso à água potável até 2030.

“A privatização significa limitar o acesso a quem pode pagar e precarizar o serviço, conforme demonstram diversos exemplos no Brasil e em outros países. A proposta de privatização do governo Zema garante aumento de tarifas e serviços precários, como o exemplo da privatização da Sabesp, em São Paulo, e do saneamento da cidade de Ouro Preto”, afirma Pereira.

:: Leia também: O que a tentativa de privatização da Copasa tem a ver com a falta de água em BH? :: 

Fatiamento

A mobilização também denunciou que o governo Zema tenta aprovar uma Parceria Público Privada (PPP) para operar todo o serviço de saneamento nas cidades das regiões do Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Norte de Minas, onde se concentram os menores índices de renda per capita e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado. 

“A privatização via ‘fatiamento’ ou concessão à iniciativa privada tende a priorizar o lucro, em detrimento do direito à água, aumentando tarifas e excluindo comunidades pobres e periféricas do acesso a esse recurso essencial”, afirma Larissa Nunes. 

Ao invés disso, Maranho defende o fortalecimento da Copasa e o investimento de seus lucros, de modo a garantir a água como um bem público para a humanidade.

“A privatização precariza, aumenta o preço, diminui a qualidade. Entendendo todos os crimes que nós já tivemos de contaminação da água em Minas, é preciso cuidar muito bem desse nosso recurso”, alerta. 

O outro lado

O Brasil de Fato MG entrou em contato com o governo de Minas Gerais para comentar sobre as denúncias. Não obtivemos respostas até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações. 

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Hostilidade

EUA anunciam novas sanções contra Cuba em meio a tensões diplomáticas crescentes

Contra a devastação

Domingo em Brasília será marcado com ato unificado contra o ‘PL da Devastação’

'Inimigo do povo'

Movimentos ocupam Rodoviária de Brasília em protesto por avanço de pautas trabalhistas no Congresso

assista

Grande Otelo: o ícone negro que revolucionou o cinema brasileiro

Prejuízo

Armazém do Campo DF é assaltado pela terceira vez em 2025 e prejuízo chega a R$ 4 mil

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.