Nesta terça-feira, 1º de abril, os servidores municipais de Porto Alegre (RS) deram início a uma greve por tempo indeterminado, reivindicando reposição salarial e melhores condições de trabalho. A mobilização começou às 7h com um ato em frente à Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap), localizada na Rua Siqueira Campos, 1300.
Por volta das 9h30, centenas de manifestantes seguiram em caminhada pela Avenida Mauá até o Centro Administrativo Municipal (CAM), na Rua João Manoel, 157, onde realizaram uma vigília exigindo negociações com a prefeitura. Durante o trajeto, os servidores dialogaram com a população, explicando as razões da paralisação e os impactos das políticas atuais na qualidade dos serviços públicos.
O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) destaca que a principal demanda da categoria é a reposição das perdas salariais acumuladas desde 2016, que já somam 33,40%. Além disso, os servidores cobram o cumprimento de compromissos assumidos pelo governo do prefeito Sebastião Melo (MDB) em 2023, como o pagamento das progressões de carreira e a parcela autônoma para aqueles que recebem abaixo do salário mínimo nacional.
A mobilização também critica projetos em pauta na Câmara de Vereadores que, segundo o Simpa, podem prejudicar o serviço público. Entre eles, a compra de vagas na Educação Infantil sem critérios claros de fiscalização, a criação de novos cargos em comissão que aumentam os custos da folha de pagamento e o Programa Alfabetiza+POA, que terceiriza serviços e exclui instituições públicas do processo.
Agenda de mobilização da categoria municipária
A programação da greve prevê, além das atividades já realizadas, visitas aos locais de trabalho a partir das 16h desta terça-feira. Para quarta-feira, 2 de abril, estão agendadas novas mobilizações, incluindo um ato no Centro Administrativo Municipal, às 10h, e uma assembleia geral, às 15h30, no Centro de Eventos Barros Cassal, onde a categoria avaliará os rumos da paralisação.
O Simpa reforça a importância da participação de todos os servidores nas atividades programadas e mantém a disposição para o diálogo com a administração municipal, visando atender às reivindicações da categoria e garantir a valorização do serviço público em Porto Alegre.
