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ARTE INDÍGENA

Mostra inédita une joalheria, escultura e artesanato Mbyá Guarani em Porto Alegre (RS)

Arte e tradição indígena estarão em destaque no Parque da Redenção a partir desse sábado (5)

04.abr.2025 às 18h09
Porto Alegre (RS)
Marcela Brandes
Mostra inédita une joalheria, escultura e artesanato Mbyá Guarani em Porto Alegre (RS)

O artesão guarani Jaime Valdir da Silva e o escultor Cesar Cony - Foto: Egídio Pandolfo

De 5 a 20 de abril, das 9h às 17h, o Parque Farroupilha (Redenção), em Porto Alegre (RS), recebe a exposição Mbyá Guarani – estamos aqui!. A iniciativa é fruto da parceria entre o joalheiro e escultor Cesar Cony e artesãos da aldeia Guarani Tekoá Jataí’ty, apresentando 33 obras que mesclam joalheria, escultura e artesanato indígena. ​

As peças incluem esculturas de animais como águias, onças, tucanos e tamanduás, esculpidas em madeiras de erva-mate e corticeira, adornadas com detalhes em prata e pedras preciosas como ametista, citrino, turquesa e rubi. Destaca-se também uma estrutura de ferro de três metros de comprimento, representando uma cobra, símbolo do bem e do mal, trançada com taquara pelos artesãos da aldeia. ​

O objetivo da exposição é valorizar a cosmologia e a espiritualidade do povo Guarani, ressaltando a importância de seu artesanato como forma de resistência e expressão cultural. A entrada é gratuita e o evento contará com visitas orientadas, rodas de conversa com lideranças indígenas e espaços acessíveis para pessoas com deficiência. A abertura oficial ocorre no dia 5 de abril, às 10h, com a apresentação do coral de crianças da aldeia Tekoá Jataí’ty. Em 19 de abril, dois dias antes do encerramento da mostra, celebra-se o Dia dos Povos Indígenas.

A joalheria como instrumento de memória e diálogo cultural

Ao longo dos anos, o joalheiro e escultor Cesar Cony construiu um trabalho autoral, marcado por uma forte influência escultórica e tridimensional. Sua trajetória, que teve início na cidade de Antônio Prado, o levou a desenvolver projetos que conectam arte, memória e identidade cultural.

Foi em Antônio Prado que ele começou a encontrar fragmentos de objetos antigos dos imigrantes locais. O que para muitos eram apenas pedaços de ferro sem valor, para ele eram vestígios de uma história rica e cheia de significado. “Comecei a desconstruir aquelas peças, tentando entender as técnicas utilizadas pelos artesãos da época”, conta. Assim nasceu o projeto Joias da Imigração, no qual ele utilizou metais e pedras preciosas para transformar esses fragmentos em esculturas que contam a história da imigração na região.

O sucesso do projeto levou às edições subsequentes, incluindo uma iniciativa voltada às artesãs locais, explorando o diálogo da joalheria com técnicas tradicionais como frivoletê, tricô e crochê. Contudo, durante esse processo, uma descoberta pessoal mudou sua trajetória. “Descobri que minha tataravó era Guarani das Missões. Isso mexeu muito comigo e me fez olhar com mais atenção para o artesanato indígena.”

Movido por essa conexão ancestral, ele decidiu levar sua experiência para a aldeia Tekoá Taitã. O início foi desafiador. “Eu nem sabia como chegar lá, como me comunicar. Me senti ignorante diante da cultura originária do nosso país.” Aos poucos, através do diálogo e da partilha de sua arte, construiu uma relação de confiança com os artesãos locais, especialmente com Verá Guirá, um talentoso escultor em madeira. “Através da expressão artística, conseguimos nos conectar e superar barreiras culturais.”

O projeto atual, financiado pela Lei Paulo Gustavo, busca dar visibilidade ao trabalho dos artesãos guaranis, promovendo uma experiência estética que mescla diferentes técnicas e narrativas. “Havia o receio da apropriação cultural, mas me enxerguei como um aliado, ajudando a amplificar a voz deles, e não falando por eles.”

Para fortalecer essa visibilidade, no dia 19, será realizada uma roda de conversa aberta, reunindo caciques e lideranças indígenas da região Metropolitana para discutir tanto a cultura quanto as dificuldades enfrentadas pelos povos originários. Além disso, no dia 12, ocorrerá uma visita tátil na exposição, promovida pela empresa Mil Palavras, garantindo acessibilidade para pessoas com deficiência visual. “Queremos ampliar o alcance da exposição, sensibilizar o público para a cultura, a história e a realidade concreta dessas comunidades.”

Através de sua arte, Cony transforma objetos e materiais em instrumentos de memória, conexão e reflexão, promovendo um diálogo entre o passado e o presente, entre diferentes culturas e olhares. “Mais do que uma exposição, espero que seja um caminho para a valorização e fortalecimento dessas histórias e identidades.”

Editado por: Katia Marko
Tags: povos indígenas
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