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RECURSO E PODER

O Cristo e a Floresta da Tijuca pertencem ao povo brasileiro

O que está em jogo é o seguinte: é uma grande arrecadação. O Cristo é o monumento mais visitado do Brasil

16.abr.2025 às 09h42
Rio de Janeiro (RJ)
Carlos Minc
O Cristo e a Floresta da Tijuca pertencem ao povo brasileiro

O recurso obtido pelo Parque Nacional da Tijuca serve para ajudar a estruturação de 48 unidades de conservação federais - Arquivo/Agência Brasil

Há uma mobilização para retirar do Parque Nacional da Tijuca a área em torno do Corcovado. Lembrando que o monumento do Cristo e a capela já são da Cúria da Igreja Católica. Mas essa área do entorno é do parque da Tijuca, portanto, é patrimônio público do povo brasileiro.

Há disputas antigas. Uma parte pequena dessa arrecadação vai para a própria Cúria, que ali realiza vários eventos, alguns dos quais até fazem muito barulho, com muitos convidados, e que acabam afetando a fauna. Mas tudo bem, isso vai se arrumando. O que está em jogo é o seguinte: é uma grande arrecadação. O Cristo é o monumento mais visitado do Brasil.

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Os dois parques nacionais que têm grande visitação são o Parque Nacional Iguaçu, das Cataratas, e o parque da Tijuca. Nós temos mais de 100 unidades de conservação nacionais, entre parques, reservas extrativistas, parques marinhos, e vários outros tipos. Eu próprio criei e ampliei muitas dessas unidades, quando fui ministro do Meio Ambiente.

O recurso obtido pelo Parque Nacional da Tijuca serve para ajudar a estruturação de 48 unidades de conservação federais. Se esse recurso for suprimido do parque, várias unidades, muitas das quais na Amazônia, vão ficar desguarnecidas.

Foto: ICMBio | Foto: ICMBio

Um ponto importante a ser ressaltado é que um parque é um bem público, do povo, enquanto uma igreja, ainda que representativa, é particular, é de uma parte das pessoas. O que está em jogo é uma questão de recurso e de poder. É claro que, como todos os parques, esse também tem problemas de gestão.

Eu até defendo que a gente crie condições para ter muito mais turismo nos parques. Na Argentina, por exemplo, os grandes parques nacionais são muito visitados, arrecadam bastante, têm boa estrutura, boa acessibilidade e boa divulgação. Os nossos nem tanto, embora nossas belezas naturais sejam muito superiores.

Temos que melhorar a acessibilidade, a informação e a infraestrutura. Agora, usar esse pretexto para suprimir uma parte de um parque nacional e passá-lo para uma igreja é um retrocesso muito grande. Recentemente, inclusive, foi anunciado um investimento de R$ 75 milhões para melhorar toda a parte da acessibilidade do Corcovado, dos elevadores, dos banheiros e de várias outras questões.

Eu criei ou ampliei, entre parques e reservas extrativistas, cerca de 12 unidades federais e 16 estaduais aqui no Rio, quando fui secretário do Ambiente ou como deputado estadual. Inclusive, duplicamos o Parque Estadual da Ilha Grande, o parque dos Três Picos — o maior do estado, com 66 mil hectares —, e criamos vários outros, como o Parque Estadual da Pedra Selada, na área de Mauá, e o da Costa do Sol, na área de Búzios, Cabo Frio e Arraial.

Cada parque desses foi uma guerra para implantar, sempre enfrentando interesses da especulação imobiliária e de outros setores econômicos. Sempre foi um problema convencer os hoteleiros, fazer acordo com as prefeituras, fazer audiência pública. E mesmo depois de criados, há projetos para tirar pedacinhos desses parques.

Eu sou um defensor da gestão da Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, e apoio o trabalho do Ibama e do ICMBio. Acho que poderia haver mais transparência sobre quanto se arrecada e para quais unidades do país vão os recursos arrecadados no Parque Nacional da Tijuca. Essa informação ajuda a proteger o parque.

Área do entorno é do parque da Tijuca é patrimônio público do povo brasileiro – Tomaz Silva/ Agência Brasil

Recentemente, fiz um ato na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, com quatro representantes do Conselho da Floresta da Tijuca e do movimento em defesa da floresta. Juntamos 12 deputados estaduais em apoio a essa demanda.

Acho que a gente tem que fortalecer os parques, melhorar o ecoturismo, gerar emprego e arrecadação. Também temos que dar mais transparência às informações e divulgar melhor o que será feito com esses R$ 75 milhões.

E temos que resistir a essas tentativas de tirar pedaços do verde, que é do povo, e passar para uma igreja. Qual é a justificativa disso? Que é mal gerido? Pelo amor de Deus.

Sobre os projetos de lei que estão tramitando, para retirar do ICMBio o domínio da área que abriga o complexo do Cristo Redentor, passando-o para a Mitra, acho que vão ter dificuldade tanto na Câmara quanto no Senado. E seguramente o presidente Lula vai vetar esses projetos, se forem aprovados.

Devíamos sim trabalhar mais no apoio à melhoria da estrutura e da informação. A Prefeitura do Rio tem uma cogestão no parque, cuidando de limpeza e de parte da segurança, embora, claro, o ICMBio cuide das questões principais. E até o problema da violência melhorou.

Então, vamos continuar resistindo contra esses projetos que são contra o interesse nacional e contra o patrimônio público!

* Carlos Minc é deputado estadual pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

** Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Vivian Virissimo
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