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Professor da USP

Queda de incêndios reflete retomada da fiscalização ambiental, mas demanda mais ação, diz geógrafo da USP

Brasil reduziu em 70% áreas queimadas no primeiro trimestre de 2025, mas monocultura e pecuária ameaçam biomas

16.abr.2025 às 20h55
São Paulo (SP)
Adele Robichez, José Eduardo Bernardes e Larissa Bohrer
Brigadistas do Prevfogo em ação

Esforços de fiscalização do governo federal, como o Prevfogo, contribuíram para queda no número de incêndios - Augusto Dauster/Ibama

O Brasil conseguiu reduzir em 70% a área atingida por incêndios no primeiro trimestre de 2025 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Para o geógrafo Wagner Ribeiro, professor do departamento de geografia e do programa de pós-graduação em ciência ambiental na Universidade de São Paulo (USP), a queda reflete a retomada do papel fiscalizador do Estado sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), especialmente com a atuação de Marina Silva (Rede) no Ministério do Meio Ambiente. Apesar do avanço, ele ainda vê desafios importantes no enfrentamento aos crimes ambientais.

“No governo anterior [do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)], houve negligência com a pauta ambiental. O desmonte de estruturas de fiscalização, a desqualificação de servidores do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e a falta de recursos para atuação em campo contribuíram diretamente para o avanço do desmatamento. Com Lula, passamos a ter outra interação com as questões socioambientais”, avalia o professor, em entrevista ao Conexão BdF, do Brasil de Fato.

Para ele, o resultado foi possível por meio de uma combinação de esforços de fiscalização, com equipes em campo, uso de monitoramento por satélite e articulação entre diferentes órgãos e níveis de governo. “Só com essa combinação é possível agir rapidamente diante de situações de risco”, afirma.

Mas, mesmo com a melhora dos índices, o desmatamento ainda é “muito elevado” e exige a intensificação dos esforços, segundo Ribeiro. Na Amazônia Legal, por exemplo, houve uma queda de 72% nos desmatamentos em relação ao primeiro trimestre do ano passado, mas o bioma ainda representa 84% das queimadas registradas no país.

Ele também chama atenção para a situação do Cerrado, único bioma que registrou avanço no desmatamento, com aumento de 12% de queimadas em comparação com o mesmo período do ano anterior. O professor atribui isso à expansão da monocultura, sobretudo da soja,na localidade.

“O bioma é o grande distribuidor de água das principais bacias [hidrográficas] nacionais e internacionais. É uma área que tem importância estratégica fundamental para o país. Há alguns anos, tivemos o desabastecimento em Brasília, que viveu uma crise de escassez de água muito aguda, e infelizmente isso pode se intensificar no Centro-Oeste.”

Para o pesquisador, o modelo atual de uso do solo é insustentável e exige alternativas que conciliem produção e preservação ambiental. “Esse modelo da monocultura projeta futuro bastante sombrio. O Cerrado é um sistema natural adaptado a situações extremas, secas e chuvas. Parte expressiva da sua vegetação está adaptada ao fogo, é extremamente resiliente. É importante termos essa vegetação em pé em um cenário de emergências climáticas”, frisou.

Ribeiro também alerta para o avanço do desmatamento em estados como Roraima, Pará e Maranhão, motivado por grilagem, pecuária e mineração. “Esses três estados têm uma importância grande. Perder isso tudo é perder biodiversidade, riqueza. Perder isso hoje em dia seria um tiro no pé, um erro estratégico muito importante porque outros países não têm essa biodiversidade; nós temos e estamos queimando. É como queimar uma biblioteca sem saber o que tem dentro”, compara.

O professor defende a retomada de ações educativas, como as promovidas pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) nos primeiros mandatos de Lula, e uma atuação coordenada entre governos, comunidades locais, universidades e organizações da sociedade civil. “O Brasil tem conhecimento acumulado, recursos e ferramentas eficazes para enfrentar o desmatamento. É preciso fortalecer essa articulação, inclusive junto aos povos originários, e garantir respostas rápidas aos crimes ambientais.”

Para ouvir e assistir

O jornal Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira, uma às 9h e outra às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

Editado por: Nicolau Soares
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