O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta quinta-feira (17) que firmou um acordo com o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) para que o parlamentar encerre a greve de fome iniciada há nove dias, quando o Conselho de Ética da Câmara recomendou a cassação de seu mandato. Braga ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
“Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias, para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar”, assegurou Motta em publicação no X.
Em diálogo com a deputada @samiabomfim (PSOL/SP) e o líder do PT, @lindberghfarias (RJ), avançamos para o fim da greve de fome do deputado @Glauber_Braga (PSOL/RJ).
— Hugo Motta (@HugoMottaPB) April 17, 2025
Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da…
Ainda segundo o presidente da Câmara, as negociações foram feitas com a presença da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) e do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ).
Braga responde a um processo por quebra de decoro por ter se envolvido numa discussão que chegou ao embate físico com um militante de extrema direita ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL). Para casos de quebra de decoro, o Código de Ética da Câmara prevê quatro possíveis penalidades: censura, verbal ou escrita; suspensão de prerrogativas regimentais por até seis meses; suspensão do exercício do mandato por até seis meses; e perda de mandato.
A defesa do psolista deve apresentar na próxima terça-feira (22) à CCJ da Câmara dos Deputados um recurso que questiona o rito adotado no processo de cassação.