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Subiu o tom

China condena EUA por impor tarifas ao Haiti em meio a agravamento da crise no país caribenho

Durante reunião no Conselho de Segurança da ONU, representante chinês chamou as medidas de Trump de 'cruéis e absurdas'

22.abr.2025 às 09h25
Pequim (China)
Mauro Ramos
China condena EUA por impor tarifas ao Haiti em meio a agravamento da crise no país caribenho

Marco Rubio-CHINA-EUA-TRUMP-HAITI - Nathan Howard / AFP

“Embora afirmem apoiar o povo haitiano, [os Estados Unidos] cortaram significativamente a ajuda externa e continuaram deportando imigrantes haitianos sob o pretexto de prioridades nacionais, justamente quando o Haiti precisa urgentemente de apoio”, disse Geng Shuang, representante permanente adjunto da China na Organização das Nações Unidas (ONU), na noite da segunda-feira (21), no Conselho de Segurança.  

“O que é ainda mais chocante é que (…) há pouco também estenderam sua chamada tarifa básica de 10% ao Haiti, um dos países menos desenvolvidos do mundo”, continuou o embaixador chinês. 

Geng afirmou que a China está profundamente preocupada com o “agravamento da crise no Haiti e com a violência desenfreada de gangues, o quase colapso do Estado e a situação desesperadora da população”.

A fala foi feita durante uma sessão especial sobre o país caribenho, onde a representante especial da Secretaria-Geral para o Haiti, María Isabel Salvador, apresentou um informe sobre o país, que desde janeiro sofre uma expansão territorial de grupos armados.

A imposição de tarifas foi uma das denúncias da China contra os EUA no Conselho de Segurança. Junto a ela, o representante chinês criticou o corte de ajudas externas e a deportação de imigrantes haitianos da administração Trump.

“Essa demonstração de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica não visa apenas os chamados concorrentes, como a China (….) mas também inflige danos a uma nação à beira do colapso, como o Haiti, onde a população se encontra em apuros”, disse.

“Isso não é apenas cruel e absurdo, mas também profundamente comovente”, finalizou Shuang.

Relatório sobre o Haiti 

De acordo com María Isabel Salvador, em fevereiro e março, 1.086 pessoas foram mortas, 383 ficaram feridas, e mais de 60 mil foram deslocadas à força nos últimos dois meses. Desde dezembro do ano passado, já são 1 milhão de pessoas deslocadas. 

“A crise humanitária no Haiti atingiu níveis críticos” disse Salvador, que também é Chefa do Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti (BINUH, na sigla em francês). 

“Surtos de cólera e violência de gênero – especialmente em locais de deslocamento – são generalizados; a insegurança fechou 39 unidades de saúde e mais de 900 escolas em Porto Príncipe”, relatou a representante. 

Ela alertou que o Haiti se aproxima de “um ponto sem retorno”. “À medida que a violência de gangues continua a se espalhar para novas áreas do país, os haitianos vivenciam níveis crescentes de vulnerabilidade e crescente ceticismo quanto à capacidade do Estado de responder às suas necessidades”, lamentou.

O papel dos EUA na crise

A maior parte da fala do representante permanente adjunto da China na ONU foi dedicada a denunciar a responsabilidade dos Estados Unidos na crise haitiana. Dos três pontos, elencados por Geng, o último foi que “o instigador da crise deve assumir sua responsabilidade”, em referência ao país norte-americano. 

“Os Estados Unidos foram o maior fator externo que afetou a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento do Haiti”, na história do país, disse Geng.  

“Por mais de um século, eles [os EUA] descaradamente mobilizaram tropas, instalaram governos fantoches e manipularam a constituição haitiana, intrometendo-se nos assuntos políticos do país”, denunciou o representante chinês.

A China denunciou ainda que os norte-americanos sempre foram a “principal fonte de armas para o Haiti”.  

Segundo o relatório de 2024 sobre o comércio ilegal de armas no Haiti do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), as gangues no país estão com maior poder de fogo que as forças policiais, com presença de AR-15 fabricados nos Estados Unidos, fuzis de assalto Galil, israelenses e AK-47 russos.

Ainda segundo o relatório, houve um aumento no tráfico de armas cada vez mais sofisticadas desde 2021.

Outra crítica da China foi a escassa contribuição dos EUA com a Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MMS) no Haiti. “Em outubro de 2023, lideraram a formação da missão MMS, prometendo apoio financeiro. No entanto, no último ano e nos seguintes, suas contribuições reais foram relativamente limitadas”. 

Em fevereiro deste ano, Trump congelou mais 13 milhões de dólares com a decisão de pausar durante 90 dias toda ajuda externa. “Em certo momento, chegaram a tentar converter a missão em uma OMP [Operação de Manutenção da Paz da ONU], alegando falta de fundos, um ato aparente para transferir o ônus para a ONU e seus Estados-membros, tratando-os como pouco mais do que um caixa eletrônico”. 

Isso porque, por não ser uma operação da ONU, a MMS depende de contribuições voluntárias.   

Outros destaques sobre a situação no Haiti 

O representante chinês avaliou de forma crítica o papel da Organização das Nações Unidas, que tem atuação no país há mais de três décadas, mas cujos resultados “frequentemente ficaram aquém da escala dos esforços”.

“É essencial aprender com a experiência passada e abordar a causa raiz da crise, prestando assistência mais direcionada, prática e orientada a resultados”, continuou Geng. 

Ele também defendeu apoiar a CARICOM e a BINUH na continuidade de seus “bons ofícios para acelerar a implementação de um acordo transitório alinhado às realidades do Haiti e amplamente reconhecido”.

“Esperamos que os EUA reflitam sobre tudo isso”, pediu Geng.

“O futuro do Haiti não deve ser sacrificado em nome dos EUA em busca de seus próprios interesses estratégicos, nem ‘estar muito próximo dos EUA’ deve se tornar uma maldição para o Haiti”, concluiu. 

Editado por: Nathallia Fonseca
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