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IMPERIALISMO

O poder global estadunidense posto em xeque no segundo governo Trump

Em artigo de opinião, cientista político avalia que atuação de Trump pode enfraquecer capacidade de influência dos EUA

26.abr.2025 às 20h26
Updated On 28.abr.2025 às 18h19
Recife (PE)
Redação

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos - Foto: Eduardo Munoz Alvarez / AFP

Por Rodrigo Vinícius Lima

O poder global é a capacidade que um Estado ou ator internacional possui de influenciar decisões, comportamentos e estruturas em escala mundial. Trata-se de um conceito dinâmico que ultrapassa a força militar e abrange dimensões econômicas, políticas, tecnológicas e culturais. Um país com poder global não apenas se impõe pela coerção (uma visão bem hobbesiana), mas também é capaz de moldar consensos, estabelecer padrões e definir os rumos de questões internacionais relevantes.

A globalização ampliou a complexidade dessa influência, ao mesmo tempo que intensificou a interdependência entre nações. Assim, o poder global não é mais exercido apenas pela supremacia direta, mas também pela capacidade de liderança simbólica, pela presença em redes transnacionais e pela articulação diplomática em espaços multilaterais.

Nesse contexto, os Estados Unidos consolidaram-se como a principal potência global do século 20, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, com a assinatura do famoso acordo de Bretton Woods, que redesenhou o cenário capitalista e o comércio internacional (padrão dólar-ouro). Sua influência estendeu-se por meio de alianças militares, instituições financeiras internacionais, inovação tecnológica e, sobretudo, pelo poder brando, que exportou valores culturais, políticos e ideológicos.

Contudo, nas primeiras décadas do século 21, o cenário geopolítico tornou-se mais fluido, com o surgimento de novas potências e a contestação crescente da ordem liberal internacional. O poder global, portanto, passou a ser disputado em múltiplas frentes, exigindo dos Estados não apenas recursos, mas também capacidade de articulação, legitimidade internacional e coerência em suas políticas externas.

A partir da posse de Donald Trump em seu segundo mandato presidencial, iniciado em janeiro de 2025, percebemos que o governo não teve uma lua de mel digna e, logo, o poder global dos Estados Unidos passou a sofrer impactos significativos.

A continuidade da agenda “America First” e o famoso “dia da libertação” (uma enxurrada de tarifas contra uma grande parcela de países), com o objetivo de melhorar a balança comercial dos Estados Unidos, tem levado a uma postura mais isolacionista, com o país se afastando de organismos multilaterais e de acordos internacionais.

Essa retração da presença diplomática norte-americana tem gerado um enfraquecimento da influência tradicional dos EUA e tem, em primeiro lugar, colocado em xeque se aquela teoria da estabilidade hegemônica da década de 1970 é passível de críticas; e em segundo lugar, o protagonismo chinês nos demonstra que o poder global não necessita de um poder supranacional como condição de manter a ordem mundial estável.

No campo econômico, a adoção de medidas protecionistas e a tentativa de renegociar acordos sob termos unilaterais provocaram tensões com aliados históricos e minaram a previsibilidade das relações comerciais, algo que para a economia e para o tal mercado, custa muito caro. Isso contribui para um ambiente de incerteza global, afetando até as margens de lucro das empresas, ao mesmo tempo em que estimula outros blocos regionais a desenvolverem alternativas à liderança norte-americana.

O reposicionamento do país como uma potência mais voltada aos seus próprios interesses imediatos, em detrimento da estabilidade da ordem internacional, pode comprometer sua influência de longo prazo.

O segundo governo de Donald Trump está alterando significativamente o papel dos Estados Unidos no cenário global, típico de um imperialismo autoritário. Ao optar por uma política externa de retração e confronto, em vez de cooperação e liderança, o país corre o risco de perder seu status de potência central na governança mundial.

A manutenção do poder global exige mais do que força militar ou tamanho econômico – exige também credibilidade, coerência e responsabilidade no exercício da influência. Ao enfraquecer esses pilares, os Estados Unidos podem acelerar o processo de redistribuição do poder internacional e abrir caminho para uma nova configuração geopolítica em que sua centralidade não será mais garantida.

*Rodrigo Vinícius Lima é historiador ,cientista político e professor.

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Vinicius Sobreira
Tags: donald trumpeuaTrump
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