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7 MORTOS

Chacina no Amapá: práticas abusivas da polícia levantam preocupações sobre legalidade e ética, diz cientista social

Para Juliana Rocha, forças de segurança justificam violência com discurso que culpabiliza vítimas

06.maio.2025 às 22h28
Atualizado em 07.maio.2025 às 15h57
São Paulo (SP)
Martina Medina e Thalita Pires
Chacina no Amapá: práticas abusivas da polícia levantam preocupações sobre legalidade e ética, diz cientista social

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o carro alvejado - Reprodução

A Polícia Militar do Amapá foi responsável pela morte de sete pessoas em uma ação realizada no bairro do Pantanal, na zona Norte da capital Macapá. A chacina, que aconteceu na madrugada deste domingo (4), causou comoção entre familiares das vítimas e cidadãos e é investigada pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

A Polícia Civil abriu inquérito sobre o caso e os agentes policiais foram afastados. A Sejusp verifica o possível cometimento de excessos durante a operação. De acordo com o órgão, três das sete vítimas não possuíam histórico criminal.

Segundo o boletim de ocorrência, a ação aconteceu em resposta a uma denúncia sobre o envolvimento de um grupo armado com tráfico de drogas. Ao abordarem um carro branco, veículo alvo da denúncia, os policiais afirmaram que tiveram sua viatura atingida e foram recebidos a tiros, revidando ao ataque em seguida.

Testemunhas e familiares, porém, contestam a versão policial e dizem que as vítimas voltavam de uma partida de futebol. De acordo com a polícia, foram apreendidos armamentos ilegais, munições, drogas e dinheiro com o grupo.

“Os familiares, os amigos e inclusive o próprio clube de futebol Bragantino, que era onde um dos jovens jogava, e até as próprias gravações que mostram como esses jovens foram mortos dentro de um carro fechado, voltando de uma partida de futebol, contestam essa narrativa oficial”, afirma a cientista social Juliana Rocha, militante do Levante Popular da Juventude no Amapá.

“Os familiares estão exigindo esclarecimentos sobre essas circunstâncias da operação. O caso ainda segue sendo investigado, até porque ganhou uma repercussão nacional”, diz.

Márcio Kayorrare, morador do bairro, conhecia Wendel Cristian Conceição, uma das vítimas. Ele afirma que o jovem não tinha qualquer envolvimento com o crime. “Nessa chacina a mídia hegemônica coloca ele até como faccionado, coisa que ele nunca foi. É um moleque que fazia estudo, estudava muito, tinha um sonho de ser profissional. Ter acontecido essa fatalidade com ele e a mídia ainda em cima colocando ele como faccionado é algo inacreditável”, denuncia.

O secretário de Justiça e Segurança Pública do Amapá, José Neto, em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (5), negou que as armas encontradas teriam sido “plantadas” pela polícia, conforme suspeitas levantadas nas redes sociais.

“Todas as circunstâncias nesse caso estão sendo apuradas. Se for constatado que os policiais agiram com excesso, abusos ou que tenham praticado qualquer atividade ilícita, serão responsabilizados”, afirmou o secretário.

Estado com maior proporção de mortes causadas por policiais

A chacina deste domingo não é um caso isolado no estado. O Amapá é a unidade da federação com a polícia mais letal, em termos proporcionais. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o estado teve uma taxa de 23,6 mortes por policiais por 100 mil habitantes em 2023.

“A Polícia Militar do Amapá merece atenção, porque, desde o ano de 2015, o Amapá é o Estado com uma das maiores taxas de letalidade policial do país em números proporcionais. E nos últimos quatro anos o Estado está em primeiro lugar”, lembra Rocha.

Por outro lado, a militante destaca que o estado apresenta também a menor taxa de agentes mortos em situações descritas como de confronto armado. “Quando a gente tem uma alta proporção de mortes causadas pela polícia em relação ao total de mortes de agentes da instituição, que é quase zero no caso no caso aqui do estado, isso indica práticas abusivas que levantam sérias preocupações sobre a legalidade e a ética das ações policiais do estado”, denuncia.

A cientista social lamenta, ainda, a dificuldade de os casos de violência policial no estado gerarem comoção, local ou nacionalmente. “São fatos que não geram protestos, não geram campanhas de justiça ou qualquer outra forma de repercussão pública duradoura. Ou também nenhuma repercussão pública, na verdade.”

“A polícia, em suas declarações, frequentemente alega que os mortos eram suspeitos de crimes, que estavam armados, que resistiram à prisão, que iniciaram uma troca de tiros, ou que eles [policiais] mataram porque houve uma situação de confronto. Então, essas categorias discursivas, elas acabam sustentando sustentando a ideia de que a ação policial foi uma medida de autodefesa, esforço necessário que a polícia fez para se proteger e garantir também a segurança pública”, explica Rocha.

“Em muitos desses casos, esse discurso é apoiado por dados como antecedentes criminais. Como estão fazendo com esses sete jovens, inclusive um menino de 14 anos que estava dentro do carro. Eles estão alegando que essas pessoas têm ligações com facções criminosas, que eles apreenderam armas e drogas dentro do carro. E o que é que isso causa? Reforça a criminalidade da vítima e contribui para aceitação pública da letalidade policial”, completa.

As vítimas da chacina são Erick Marlon Pimentel Ferreira, identificado pela polícia como chefe do tráfico de drogas na região; o vigilante Cleiton Ramon da Silva Ferreira, de 22 anos; o militar Emanuel Braya Pimentel Ferreira; o estudante Max Dias Tolosa, de 14 anjos; o jovem Thiago Cardoso da Fonseca; o jogador de futebol e acadêmico de educação física Wendel Cristian Conceição, de 22 anos; e o jovem jogador de futebol Wesley Jhonata Monteiro Ribeiro.

Editado por: Nicolau Soares
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