Os servidores do serviço técnico e administrativo das universidades federais realizaram uma paralisação nesta segunda-feira (5) para cobrar do governo federal o cumprimento integral do acordo firmado com a categoria para encerramento da greve realizada em 2024.
A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) acusa o governo de descumprir compromissos firmados em junho do ano passado. Representantes da entidade estiveram em uma reunião no Ministério da Educação (MEC) também na segunda. Informaram ao governo que, caso as cláusulas não sejam cumpridas até o próximo dia 31, uma nova paralisação de servidores deve ocorrer.
“Caso o termo não seja respeitado, a categoria está preparada para construir uma nova greve em resposta ao descumprimento do que foi pactuado”, declarou a Fasubra, em nota publicada após a reunião no MEC.
Entre os pontos não cumpridos do acordo estão a implementação das regras de transição na carreira dos servidores das universidades, a mudança na contagem da jornada de trabalho durante o período noturno e a discussão sobre a jornada de 30 horas.
“A Fasubra reforça a necessidade de que o ministro da Educação, Camilo Santana, assuma um posicionamento político firme em favor da categoria, defendendo os avanços pactuados e priorizando o diálogo com as representações dos servidores”, disse a entidade.
A Fasubra coordenou, em 2024, a greve dos servidores das universidades federais, que durou 113 dias. A paralisação também mobilizou professores das instituições, assim como servidores e professores dos institutos federais de educação.
Por conta da greve, o governo concordou em reajustar o salário de todos os servidores federais em 9% no início deste ano. Isso não ocorreu por conta de um atraso na votação do Orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional. O pagamento só ocorreu em maio, com os devidos reajustes retroativos.
Procurados pelo Brasil de Fato, o MEC e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MIG) não se pronunciaram sobre o assunto.