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Multilateralismo

O que esperar do próximo Fórum Celac-China e da visita de Lula a Pequim 

Itamaraty anunciou que Brasil e China já têm 16 documentos fechados e que 32 estão em negociação

07.maio.2025 às 16h25
Pequim/China
Mauro Ramos
O que esperar do próximo Fórum Celac-China e da visita de Lula a Pequim 

Primeira Reunião Ministerial do Fórum da China e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (China-CELAC), na Casa de Hóspedes Diaoyutai, em Pequim, em 6 de janeiro de 2015. - ROLEX DELA PENA / POOL / AFP

Já foram negociados 16 protocolos, memorandos de entendimento e acordos entre os governos brasileiro e chinês para serem assinados na próxima visita de Estado do presidente Lula à China nos dias 12 e 13 de maio. A informação foi divulgada pelo secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, embaixador Eduardo Paes Saboia, que também afirmou ainda estão em negociação outros 32 documentos.

Saboia e a Secretária de América Latina e Caribe, a embaixadora Gisela Padovan, deram detalhes sobre a viagem de Lula, primeiro a Moscou, de 8 a 10 de maio, e a Pequim, em 12 e 13 de maio.

Na Rússia, Lula fará parte das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista, que colocaram fim à Segunda Guerra Mundial. A vinda à China de Lula será uma nova visita de Estado que contará com a participação do presidente do Quarto Fórum China-Celac.

Este ano o Fórum Ministerial entre Celac, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, e a China completa 10 anos. Além de Lula, confirmaram presença o presidente chileno Gabriel Boric e Gustavo Petro, o mandatário colombiano, que assumiu recentemente a presidência temporária da Celac.

Normalmente, os mandatários que participam da reunião do Fórum Ministerial são os que compõe a troika da Celac – as presidências anterior, atual e futura, além de um Estado-Membro da Comunidade do Caribe (Caricom), cuja presidência temporária está com Barbados este ano.

A reunião iniciará com falas do presidente chinês Xi Jinping e dos representantes da troika da Celac, de Barbados e do presidente Lula. 

Padovan destacou que o presidente Xi Jinping “fez questão de que Lula participasse – que não seria natural porque não é parte da troika, mas [o fez] reconhecendo essa posição, essa responsabilidade, essa capacidade de convocatória propositiva”. “E o presidente Lula por seu turno fez questão de ir”, disse a embaixadora. Boric por sua vez foi convidado por Lula, durante sua recente visita à Brasília.

Para a reunião dos ministros de Relações Exteriores em si, estão confirmados 17 dos 33 chanceleres. Está sendo elaborada uma declaração conjunta e um Plano de Ação 2025-2027.

O Fórum Ministerial China-Celac ocorre a cada três anos, diálogo de ministros da troika com a China, que costuma ocorrer às margens da Assembleia Geral da ONU, a Reunião de Coordenadores Nacionais e 43 subfóruns, que vão desde áreas como agricultura e redução da pobreza à Defesa e inovação científica e tecnológica.

As três reuniões anteriores aconteceram em janeiro de 2015 em Pequim, em janeiro de 2018 em Santiago, Chile, e em dezembro de 2021 online, mas com o México como anfitrião. Bolsonaro retirou o Brasil da Celac. O país não participou da instância durante 3 anos, de janeiro de 2020 a janeiro de 2023.  

Além da China, este ano haverá cúpulas da Celac com a União Europeia, União Africana, Conselho de Cooperação do Golfo, Índia e Turquia. 

Reunião em meio a crescentes tensões com EUA

O encontro em Pequim acontecerá sob a sombra da política de tarifaços iniciada por Trump no começo do ano que visa principalmente a China, mas que também se estende a todos os países da América Latina e do Caribe, com efeitos mais severos sobre as nações mais vulneráveis, como o Haiti, que tem nos EUA boa parte das exportações da indústria têxtil, a principal exportadora do país caribenho. 

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, Chile, Peru e Uruguai, e é o segundo para diversos outros países.

Em uma entrevista recente à Fox News, Donald Trump disse que talvez os países latino-americanos tivessem que escolher entre Estados Unidos e China. Ele usou como exemplo o anúncio recente do Panamá de não renovar sua participação na Iniciativa do Cinturão e Rota. 

No mesmo tom, seu secretário de Defesa, Pete Hegseth explicitou a relação que a administração quer com a América Latina: “Obama se distraiu e deixou a China entrar em toda a América do Sul e Central, com sua influência econômica e cultural, fechando acordos com governos locais para infraestrutura ‘precária’, vigilância e endividamento. O presidente Trump deu um basta: nós vamos retomar nosso quintal”, disse Hegseth ao mesmo canal.

Em entrevista com o Brasil de Fato, o Chefe da Missão dos Países Latino-Americanos e Caribenhos na China, e Embaixador do Uruguai no país, Fernando Lugris, disse que não há cenários de dicotomia mas sim de complementaridade.

“É um bom momento para continuar promovendo o multilateralismo, a cooperação e os espíritos que marcaram o avanço das relações internacionais depois da segunda guerra mundial, com o estabelecimento das Nações Unidas e da OMC, que tanto a China como a América Latina defendemos”, disse Lugris.

A cooperação que nossa região e que a Celac realiza com a China não exclui os esforços que a nossa própria Celac faz para continuar avançando na cooperação com a União Europeia e muitos outros atores, complementou o diplomata uruguaio.  

Também em entrevista com o Brasil de Fato, o embaixador da Bolívia na China, Hugo Siles, destacou o crescimento das relações dos países da região latino-americana e caribenha com a China na última década do mecanismo do fórum, e afirma que esse crescimento é uma das características da demanda crescente por multilateralismo. 

“Chegamos a um momento de mudanças no mundo, mudanças inevitáveis. ​​As velhas estruturas do século 20, da era pós-Segunda Guerra Mundial se tornaram obsoletas,  

já não possuem nenhuma relação com o mundo do século 20, da Guerra Fria ou com a unipolaridade que os Estados Unidos têm promovido e fomentado durante décadas”, disse Siles. 

Oportunidade em Ciência e Tecnologia

Ambos representantes latino-americanos na China, participaram recentemente do Dia da Ciência China-América Latina e Caribe, organizado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia da China em Pequim.

Para Lugris, a Iniciativa do Cinturão e Rota – da qual fazem parte 21 dos 33 países da região latino-americana e caribenha –, pode abrir “mais portas para desenvolver pesquisa em ciência e tecnologia” na região e que investimentos em infraestrutura, “que não são apenas portos, rodovias e ferrovias mas também de infraestrutura em telecomunicações e interconexão energética”. 

O evento apresentou alguns dos avanços nas parcerias da região com a China. Entre as apresentações, esteve a do cientista cubano Pedro Valdés-Sosa do Laboratório Conjunto China-Cuba para Pesquisa de Fronteira em Neurotecnologia e a da professora Yang Minli da Universidade de Agricultura da China sobre os avanços na cooperação para a mecanização camponesa no Brasil. 

O embaixador boliviano destacou as parcerias com o gigante asiático para os avanços no acesso à tecnologia recentes no país andino, que incluem o lançamento do primeiro satélite boliviano, Tupac Katari, em 2013, até as plantas industriais com tecnologia de extração direta de lítio (EDL), que envolve um consumo menor de recursos hídricos e permitirão à Bolívia passar a produzir baterias para carros elétricos.

“E o mais importante é que a China assume e respeita a soberania absoluta que a Bolívia tem no controle da propriedade dos recursos naturais, então uma das questões estratégicas mais importantes que temos entre a Bolívia e a China tem a ver com a transferência de tecnologia”, diz Siles.

Fundação do Fórum China-Celac. (primeira fileira) O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Hector Timerman, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, o presidente do Equador, Rafael Correa, o presidente chinês, Xi Jinping, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solis, o presidente de Cuba, Raúl Castro, e o ministro da Economia da Bolívia, Luis Arce. (segunda fileira) o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, o presidente do Uruguai, José Mujica, o presidente da Guiana, Donald Ramotar, o primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, o presidente do Suriname, Desire Bouterse, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o ministro da Produção do Peru, Piero Solis – Brasília, em 17 de julho de 2014. | NELSON ALMEIDA / AFP

Terceira visita de Estado entre Brasil e China 

Esta será a quarta visita de Estado à China do presidente Lula e é a terceira visita de Estado entre os dois países em pouco mais de dois anos. 

O embaixador Eduardo Paes Saboia afirmou que a delegação brasileira será composta de “muitos ministros” e “muitos parlamentares” e que haverá a “assinatura de muitos atos”. 

“O que nós queremos é diversificar nossa relação, nossa pauta exportadora com a China, e diversificar os investimentos, procurando atraí-la para esses projetos de neo industrialização, de capacitação tecnológica, de transição energética”, disse Saboia sobre a visita de Estado do presidente Lula à China, a poucos meses da passagem de Xi Jinping por Brasília. 

O novo encontro entre os mandatários acontece sem haver novidades sobre o Plano de Cooperação para o estabelecimento de sinergias entre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica, o Programa Rotas da Integração Sul-americana e a Iniciativa Cinturão e Rota. 

Duas forças-tarefas entre os governos tinham o mandato de apresentar em janeiro deste ano uma proposta inicial de projetos prioritários para os eixos de “cooperação financeira” e outra sobre “infraestrutura, desenvolvimento de cadeias produtivas, transformação ecológica e tecnologia”. 

Até o momento, nenhuma informação foi divulgada em relação à conclusão dessas propostas. 

O plano deve ter duração de 10 anos e será operacionalizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo de investimento para cooperação industrial China-América Latina e Caribe.

Uma parte da força-tarefa é coordenada pelo Ministério da Casa Civil, de Rui Costa e outra pelo Banco Central e o Ministério da Fazenda sob Fernando Haddad, explicou Saboia.

 “Há uma mobilização de toda a Esplanada para intensificar essa relação com a China no campo da infraestrutura, das finanças, da ciência, tecnologia e inovação”, disse o embaixador sobre esse processo.

Embaixadora Gisela Padovan, Secretária de América Latina e Caribe afirmou que além da China, este ano haverá cúpulas da Celac com a União Europeia, União Africana, Conselho de Cooperação do Golfo, Índia e Turquia. 

Editado por: Rodrigo Durão Coelho
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